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A Filosofia e Educação

Por:   •  26/4/2018  •  Resenha  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  1.418 Visualizações

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Rahyane Moraes Teixeira¹

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 2 ed.  São Paulo: Editora Moderna, 1996. Cap. 1, p. 14-18.

        Arruda Aranha inicia o livro “Filosofia da educação” com uma epígrafe de Brandão, que relata o tratado de paz de Virgínia e Marylands com os índios das Seis Nações, logo os seus governantes mandaram cartas aos índios para que mandassem alguns dos seus jovens para que estudassem nos Estados Unidos. Porém, o índio não aceita, pois ele diz que alguns dos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e quando voltaram, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome.

        Em seguida, a autora Aranha começa a falar do primeiro conceito “Noção de cultura”, e diz que o indivíduo que é considerado “culto” é aquele que tem instrução, teve acesso à produção intelectual da civilização a que faz parte. Ora, resultando em uma sociedade hierarquizada, que separa o trabalho humano em atividades intelectuais e manuais, sendo que as primeiras são as mais valorizadas. Assim, é perceptível reconhecer que na epígrafe é colocada justamente essa questão, pois os americanos consideram um bem universal o que oferecem em suas escolas, portanto desejam estendê-lo aos indígenas. Mas, não percebendo que eles possuem outra cultura.

Logo, a autora defini a palavra cultura como resultado de tudo o que o homem produz para construir a sua existência, e estabelecem relações entre si e com a natureza. Desse modo, esse contato é intermediado pelos símbolos (signos), arbitrários e convencionais, por meio dos quais o homem representa o mundo, ou seja, ao criar um sistema de representações aceitas por todo um sistema de representações aceitas por todo o grupo social, os homens se comunicam de forma cada vez mais elaborada.

Tendo assim, Aranha distingue os animais dos homens. Para ela, o comportamento de cada animal é idêntico, devido as condições biológicas que ele vive, salvo aqueles que se alteram, por causa das modificações que o homem faz no planeta, e os animais também possuem uma inteligência concreta, permanecem inserido na natureza, faz pelo instinto e são idênticos na espécie.  Diferente dos humanos que são abstratos, capazes de lembrar a ação feita no passado, projetar a ação futura, de transformar (trabalho), fazendo-se cultura.

        No processo de humanização, a autora afirma que esse processo ocorre quando convive com outras pessoas. E, o mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros, ou seja, ocorre uma assimilação de modelos sociais. Aceitar as diferenças entre as culturas é também algo muito importante de acordo com Aranha, pois evita o etnocentrismo, que é um julgamento de outros padrões a partir de valores do seu próprio grupo. Ainda, esse comportamento pode levar à xenofobia e que leva a dominação de um grupo sobre outro, a superioridade e inferioridade.

        Ainda convém mencionar, de acordo com a autora existem três esferas de cultura, que são relações que os homens estabelecem entre si para produzir a cultura. A primeira são as relações de trabalho, que são matérias, produtivas e caracterizadas pelo desenvolvimento das técnicas e atividades econômicas. A segunda são relações políticas, relacionada as relações de poder. E, a terceira as relações culturais ou comunicativas que resultam da produção e difusão do saber.

        Entrando no conceito “Cultura e educação”, a autora afirma novamente, que a cultura é uma criação humana e por meio do trabalho instaura relações sociais, cria modelos de comportamento, instituições e saberes. Entretanto, ela diz que a educação é fundamental para a socialização do homem e sua humanização. E, finalizando, no final do capítulo, a autora menciona o vocabulário, pois é algo muito importante, ele distingue o homem na sociedade. Em outro ponto, diz também sobre os diversos movimentos que eclodiram na década de 60, reunindo pessoas de diversas ideologias, voltadas para a contestação dos valores da sociedade industrial, centrada na tecnocracia e no consumo, ou seja, a contracultura. E por ultimo, Aranha finaliza falando da transformação das pessoas em animais como castigo, estar encantado no corpo de um animal equivale a uma condenação.  

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