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ANÁLISE DA INTERTEXTUALIDADE PRESENTE NAS CANÇÕES CÁLICE, FLOR DA IDADE, DOZE ANOS E BOM CONSELHO DE CHICO BUARQUE.

Por:   •  9/8/2018  •  Artigo  •  5.748 Palavras (23 Páginas)  •  462 Visualizações

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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE LETRAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CLAUDETE TERESINHA DORIGO

SARA THULER

SHAYENNE PEREIRA GALDINO

SILVIO JOSÉ PEDRO

SIMONE CRISTINA DA SILVA

ORIENTADORA: Deise Maria Biazon

Santos – 2017


ANÁLISE DA INTERTEXTUALIDADE PRESENTE NAS CANÇÕES CÁLICE, FLOR DA IDADE, DOZE ANOS E BOM CONSELHO DE CHICO BUARQUE.

Claudete Teresinha DORIGO [1]

Sara THULER [2]

Shayenne Pereira GALDINO [3]

Silvio José PEDRO [4]

Simone Cristina da SILVA [5]

RESUMO

        Este artigo pretende analisar a intertextualidade presente nas canções Cálice, Flor da Idade, Doze Anos e Bom Conselho de Chico Buarque de Hollanda, além de mostrar a importância deste fenômeno na produção textual e apontar as vozes existentes nas intertextualidades encontradas. Baseando-nos nas concepções de Goldstein, Louzada, Ivamoto (2009, p. 47-56) e Koch (2015, p. 142-151) apresentamos a origem e a definição do termo intertextualidade assim como os tipos existentes, esclarecendo que a intertextualidade ocorre em certos casos de forma explicita e em outros de maneira implícita ou velada. Concluímos que as composições analisadas de Chico Buarque dialogam com várias formas de textos já existentes seja na literatura ou no meio popular, bem como a influência do contexto histórico em suas canções.

PALAVRAS CHAVES: Intertextualidade. Música. Texto. Diálogo. Leitor.

INTRODUÇÃO

           Vivemos em uma realidade marcada por mudanças que se reconstroem a cada segundo: novas tecnologias, redes sociais, bombardeio de imagens por meio da televisão, internet, víde-

_______________________

[1] Licenciada em Ciências pela Universidade de Caxias do Sul e Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Castelo Branco. Aluna do 6º Semestre de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Metropolitana de Santos – Polo Caxias do Sul/RS. dorigo@via-rs.net 

[2] Licenciada em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos. Aluna do 6º Semestre de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Metropolitana de Santos – Polo Mogi das Cruzes/SP. sarathuler@yahoo.com

[3] Aluna do 6º Semestre de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Metropolitana de Santos – Polo Ibatiba/ES. shayennegaldino001@hotmail.com 

[4] Graduado em Design Gráfico pela FMU e Pós Graduado em Formação de Escritores e Especialistas em Produção de Textos - ISE Vera Cruz. Aluno do 6º Semestre de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Metropolitana de Santos – Polo Santo Amaro/SP.  silvio_pedro@icloud.com

[5] Aluna do 6º Semestre de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Metropolitana de Santos – Polo Catanduva/SP.  simone27371@hotmail.com 

ogame, novos valores culturais, sociais e econômicos. A forma de adquirir conhecimento e o conhecimento em si está inserida nessa realidade.

           Assim a leitura e o domínio da linguagem são caminhos indispensáveis para a apropriação do conhecimento, pois é responsável por contribuir, de forma significativa, na formação do indivíduo, influenciando-o a analisar a sociedade, seu dia a dia e, de modo particular, ampliando e diversificando visões e interpretações sobre o mundo, com relação à vida em si mesma.

        A intertextualidade, tema estudado pela Linguística Textual, é um elemento recorrente na escrita de textos. Faz-se presente na maioria das produções textuais e no nosso cotidiano.  

        Segundo Kristeva (2005, p. 68), todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de outro texto. Portanto um texto não é um sistema fechado, pois vem carregado de muitas influências, de múltiplas citações. Autores e leitores são resultados de diversas leituras. Portanto:

“Num sentido amplo, a intertextualidade pode ser considerada uma característica de todos os textos. Em sentido restrito, compreende um conjunto de procedimentos textuais que indicam a existência de um diálogo com outro texto. Localizados em algumas passagens textuais, esses procedimentos funcionam como pistas que remetem o leitor para outro texto com o qual o autor estabelece diálogo. Desse modo o leitor tem condições de compreender melhor o que lê.” (Goldstein; Louzada; Ivamoto, 2009, p.47).

            As relações dialógicas entre textos é um conceito inerente à intertextualidade e está presente em diversas manifestações artísticas. Um texto pode apresentar diversas vozes, para as quais damos o nome de polifonia, que nada mais é do que as referências presentes nas entrelinhas do texto.

        Este artigo quer apontar como o fator intertextualidade ligado à música contribui nesse sentido, uma vez que entendemos que a música, como qualquer outro texto, busca de alguma forma transmitir informações ao receptor.

            As composições que serão analisadas evidenciam a situação social, política e a valorização cultural da época. Para além do contexto histórico social é preciso entender que uma produção textual não se apega somente às formas, definições, estilos, gêneros, a épocas, mas à diversidade, pois cada obra traz um olhar, uma perspectiva, um modo de ver e representar o mundo.

        Propomos encontrar nas canções Cálice, Flor da Idade, Doze Anos e Bom Conselho todas compostas por Chico Buarque de Hollanda elementos que comprovem a presença de intertextualidades, assim como classificá-las nos tipos de intertextualidades, ressaltando a importância deste recurso textual numa obra, especificamente nas referidas canções.

        Goldstein, Louzada, Ivamoto (2009) e Koch (2015) assim como a escritora francesa Tiphaine Samoyault em sua obra “A intertextualidade” de 2008, defendem que a intertextualidade é um fenômeno encontrado em todos os textos. Assim um texto está inserido em outro texto (intertexto) anteriormente produzido. Portanto, entende-se que faz parte da memória social de uma coletividade.

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