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As Estratégias de Leitura

Por:   •  28/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  771 Palavras (4 Páginas)  •  344 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

TRABALHO EM GRUPO (TG)

ALUNO:

CLARA GUILLARDI MORAES R.A.: 1412070

PÓLO

PRAIA GRANDE

2014


TRABALHO EM GRUPO II (TG)

Curso: Letras

Bimestre: 2º

Turma: 2014


CONSTRUINDO SIGNIFICADOS

Ler é muito mais do que simplesmente decodificar sinais, é ir além, entender o texto como um todo, descobrir significados ocultos, mensagens subliminares. A leitura, para ser completa deve ser ativa, ou seja, o leitor participa da construção do sentido do texto, esmiuçando-o e extraindo todo o seu conteúdo. Conforme Solé (1998), poder ler é compreender e interpretar textos escritos de diversos tipos com diferentes intenções e objetivos, o que contribui de forma decisiva para autonomia das pessoas, ao passo que a leitura nos traz segurança e clareza na comunicação dentro da sociedade.

O indivíduo lê com toda sua bagagem social, cultural, ativando seu conhecimento de mundo e extraindo novas informações, construindo novos significados, modificando ou ratificando seus conhecimentos prévios.

Algumas estratégias de leitura auxiliam no início do aprendizado para uma leitura proficiente. Usando como base a música “O Sol e a Peneira”, do grupo Teatro Mágico, exemplificaremos algumas dessas estratégias.

Teatro Mágico - "O Sol e a Peneira"
A conduta tá toda curiosa
Outro dia era um bando de sem causa
Causando caos por alguns centavos de réis
Invertendo os papéis

A repressão levou pra rua
Nosso tom, nossa amargura
E a justiça, onde vai?
D'onde vem? Quem a escreve?
É a favor de quem?

Querem tapar
O sol com a peneira
Querem tapar
O sol com a peneira
Querem calar a nossa maneira
De brincadeira
Aqui ninguém tá

A cocaína, o craque, a copa
A coca, a desocupação da oca
D'aldeia Maracanã!

Morre a juventude à luz do dia
Já não dorme a periferia
A perícia constata:
É polícia quem mata também à revelia!

Querem tapar
O pó com a peneira
Querem tapar
O pó com a peneira
Querem calar nossa bandeira
De que maneira?
Sabe-se lá!

O preconceito eleito
A culpa imoral
A violência descabida
Orientação sexual
Falta de respeito
No púlpito, no pleito
Homofobia, quem diria!
Amplificada pela ma-fé!
Homem, mulher
Somos todos bichos
Nichos de mercado
Datados!
Dotados de amor e querência
Por isso não esqueça:
Onde sobra intolerância, falta inteligência!

Querem tapar
O sol com a peneira
Querem tapar
O sol com a peneira
Querem calar a nossa maneira
De brincadeira
Aqui ninguém tá!

De brincadeira aqui ninguém tá
De brincadeira aqui ninguém tá
De brincadeira aqui ninguém tá

(Composição de Daniel Santiago Fernando Anitelli )

No momento que precede a leitura, há o levantamento de hipóteses. Induzir o aluno a pensar que informações podem ser extraídas a partir do título, subtítulo do texto. Questioná-lo em relação às suas expectativas acerca do texto, analisando a formatação do gênero, o suporte onde está contido, o autor, para que seja feita a pré-leitura.

No caso da música escolhida para análise, identificamos no título, uma possível referência a frase “tapar o sol com a peneira”, camuflar o que já não pode mais ser escondido. Através da bagagem cultural, de quem já teve contato com as obras dos autores, espera-se uma crítica no âmbito social ou político.

Durante a leitura:

  • Confirmação, retificação ou rejeição das expectativas ou antecipações feitas anteriormente;
  • Identificação da ideia principal do texto;
  • Consulta ao significado de palavras desconhecidas;
  • Conclusões implícitas no texto, baseando-se em outras leituras, bagagem cultural;
  • Busca de informações complementares;
  • Construção do sentido do texto;
  • Relação de novas informações ao conhecimento prévio

Os alunos devem procurar no texto o sentido global, identificando novas informações, ativando seus conhecimentos prévios, para interpretar o texto.

  • Quem está “causando o caos”?
  • Quais papéis estão sendo invertidos?
  • Quem quer tapar o sol com a peneira?

Buscar o significado implícito em cada verso, como por exemplo, na estrofe:

“A cocaína, o craque, a copa
A coca, a desocupação da oca
D'aldeia Maracanã!”

Camuflagem da região da capital paulista, conhecida como “cracolância”, para que o espetáculo da Copa do Mundo não seja ofuscado. O povo brasileiro (visto por muitos estrangeiros, somente como um povo indígena) foi “desalojado” da sua “aldeia”, para que a bola possa rolar, desalojado, pois a maioria da população brasileira não tem condições financeiras de comprar ingressos para um jogo de copa do mundo de futebol.

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