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LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA: O BOM USO FAZ A DIFERENÇA

Por:   •  1/7/2020  •  Dissertação  •  2.448 Palavras (10 Páginas)  •  183 Visualizações

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LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA:

O BOM USO FAZ A DIFERENÇA.

AGRADECIMENTOS

Prof. Maria Sofia S.Corrêa, diretora geral, Prof. Luana M.P. Penteado diretora de turno e ao entrevistado Prof. Marcio Janner , do Colégio Estadual São Sepé.

RESUMO

           Este artigo tem por objetivo mostrar o valor do Livro Didático de Língua Portuguesa no auxilio para o ensino/aprendizagem, seu uso por professores e alunos. Dentre os fatores destacados como mais importantes pelos professores prevalece  a interdisciplinaridade, aspecto muito valorizado. Tendo ficado bastante claro que quando bem usado o livro didático é ferramenta importantíssima em sala de aula. Sendo o Brasil um país de vasta diversidade cultural e regional, para suprir algumas lacunas, especialmente neste sentido, são usados materiais paradidáticos.

Palavras-chave: Livro didático, material paradidático, Língua Portuguesa.

1- INTRODUÇÃO

           Para falarmos sobre o Livro Didático de Língua Portuguesa começamos buscando pela história do Material Didático, suas variações de forma e material até chegarmos aos tempos atuais.

Através da nossa pesquisa e da entrevista com um professor, percebemos que o Livro Didático, apesar de ser importante e muito utilizado, não basta para que o professor exponha a seus alunos todo ensino que é  proposto pela escola e ao qual ele se propõe a cada ano letivo. Muito em virtude da realidade cultural muito diversificada no território brasileiro. Por conta disso os professores buscam complementos em materiais paradidáticos.

*ambas alunas do IV semestre de Letras/Português – EAD- UNIPAMPA Polo São Sepé

            Analisando a história do livro didático, percebemos tratar-se de um problema recorrente. O espaço que as escolas destinam à leitura e o tempo que os alunos tem para  tal, no ambiente escolar, geralmente são pequenos, o que faz com que os alunos leiam apenas o estritamente necessário.

Outro fato relevante observado foi em relação ao estudo de gêneros e as relações étnico-raciais nos livros didáticos, tornando a escola ambiente inclusivo.

2- HISTÓRIA DO MATERIAL DIDÁTICO

           Segundo Mello Jr. (2000), “o livro como nós conhecemos hoje, surgiu no ocidente por volta do Século II D.C.”, porém no século VX, com a invenção da imprensa com os tipos móveis de Gutemberg foi que os livros deixaram de ser produzidos à mão e começaram a ser produzidos em série, estabelecendo uma nova dimensão para a humanidade, os povos passaram a ter a chamada cultura letrada.

           Os primeiros livros didáticos foram as gramáticas, a primeira indicação de aluno com direito a ter a posse de um livro para estudar sem ajuda do professor ocorre em 1578, quando o Cardeal Bellarmine lançou uma gramática de hebraico.

           Haviam os que defendiam o uso do livro, como Comenius, e os que eram contrários. Segundo Kelly (1969, p.261), Lambert Sauveur, em seu livro Introduction to the teaching of living languages without grammar or dictionary, publicado em 1875, aconselhava os professores a proibirem que os alunos usassem o livro na escolar, pois a sala de aula era para ouvir ensinamentos. O livro deveria ser usado apenas em casa.

2.1 – A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO

           Segundo alguns autores o Livro Didático surgiu no século XIX como complemento aos ensinamentos que não constavam na Bíblia. “Somente por volta de 1847, os livros didáticos passaram a assumir um papel de grande importância na aprendizagem e na política educacional”. (OLIVEIRA et al, 1997, p.26).

           No Brasil, com a criação do Instituto Nacional do Livro – INL, em 1929, surgiram as primeiras ideias sobre o livro didático. Este instituto foi criado com a finalidade de legitimar o livro didático nacional e auxiliar na sua produção. Porém ficou apenas no âmbito da discussão até 1934, quando então passou à prática elaborando um dicionário nacional e uma enciclopédia, também aumentando o número de bibliotecas públicas.

           Em 1938, o Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema sugere a criação de um decreto-lei que determine a fiscalização da criação do livro didático, passando desta forma ao governo o controle das informações que circulariam nas escolas.

          Várias formas, para que os livros didáticos chegassem às salas de aula, foram experimentadas durante o período de 1929 a 1969, mas somente com a extinção da  Fundação de Assistência ao Estudante – FAE, em 1997, e com a transferência integral do Programa Nacional do Livro Didático -  PNLD,  para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, é que se iniciou a produção massiva e contínua dos livros didáticos.

2.2- LIVRO DIDÁTICO DA LINGUA PORTUGUESA

           É importante destacar que o Livro Didático – LD, é uma ferramenta de ensino amplamente utilizada nas escolas, sendo um gênero constituído de outros gêneros, formando sua própria identidade por meio dessa miscelânea; não deve ser considerado um simples suporte, pois não é um conjunto de textos  sem autoria e estilo (BUNZEN, 2005).

           Língua e leitura estão literalmente associadas, sendo a língua empregada com a finalidade de atingir determinado objetivo e um determinado contexto (WALLACE, 2003). Brow (2001) lembra que, nos anos 1970, Kenneth Goodman modificou a visão sobre o ensino de leitura e apontou diferentes abordagens que buscavam investigar esta habilidade.

            Para tornar possível a análise da interação entre o leitor e o texto, foram elaborados modelos de leitura para melhor expor o que acontece quando alguém lê (AEBERSOLD; FIELD, 1997). Foi considerado como modelo mais bem sucedido a leitura interativa, por ser a combinação de dois outros modelos: o ascendente e o descendente (BROWN, 2001).

           Optamos em ter como objetivo principal neste trabalho o estudo sobre as concepções de aprendizagem implícitas em um LD de Língua Portuguesa utilizado no ensino médio, sob três perspectivas de aprendizagem: benhavorista, cognitivista e sociocultural.

            Ao manusearmos os LD do acervo da biblioteca do Colégio Estadual São Sepé, foram três volumes da coleção Ser Protagonista 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, Edições SM, 3.ª edição São Paulo, 2016 percebemos que em sua organização os conteúdos de  literatura, linguagem e produção de texto estão interligadas, apresentam contextualização e interdisciplinaridade, relacionam o conteúdo apresentado a aspectos ligados à vida em sociedade, despertando no aluno a consciência de cidadania.

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