Morte e Vida Severina

MORTE VIDA SEVERINA

1 – AUTOR

João Cabral de Mello Neto, poeta foi diplomata Brasileiro, nasceu em 1920 , Recife, Pernambuco e morreu em 1999 no Rio de Janeiro.  De uma família da classe média alta, primo do poeta Manoel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freire e irmão do historiador Evaldo Cabral de Mello, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, e recebeu vários prêmios literários.

Em 1942 publicou a sua primeira coletânea de poemas com o livro “pedra do sono”

Em 1947 ingressa na carreira diplomata, onde trabalhou em varias cidades do mundo.

Em 1956 escreveu “ Morte e Vida Severina” responsável pela sua popularidade.

2 - PORQUE ESCREVEU ESSA OBRA

Nos anos de 1950 se caracterizavam na história brasileira pelo desenvolvimento do governo de Juscelino Kubitcheck, foi um período de grande entusiasmo  cultura e intelectual , por outro lado temos o descaso dos governantes quanto a situação vivida por nordestinos que perpetua até os dias de hoje, como a seca, miséria, saúde, educação e outros problemas sociais.

Uma das preocupações do autor nessa obra e uma crítica à dura realidade sertaneja e a divulgação religiosa, que são dois focos muito fortes no nordeste. Levando em consideração que o autor por ser do Recife, viveu o drama dos retirantes do nordeste e a sua luta pela sobrevivência.

Entre 1954 e 1955, Maria Clara Machado que dirigia o teatro Tablado, no Rio de Janeiro, pediria à João que escrevesse algo sobre os retirantes; assim o poeta escreveu um grupo de poemas dramáticos para serem lidos em voz alta com o subtítulo de “Auto de Natal Pernambucano” que tem como inspiração a cultura popular nordestina e dentre eles está a obra ‘"Morte e Vida Severina”.

O título promove uma prosperidade de vida e de morte (onde o personagem desesperado pensava na morte, ou suicídio, mas com o nascimento do filho do carpinteiro que simboliza o nascimento de Jesus), assim classificou o autor da obra.

3 – ANALISE DA OBRA

Elementos principais:  Rio Capibaribe, seca,  morte, fome, religião, vida

Espaço: Sertão nordestino, rio, cidade de recife, cemitério

Tempo:  Indeterminado

Linguagem: Coloquial em poesia rimada, sertaneja nordestina

Personagens principais: Severino e José

4- DENÚNCIAS DAS INJUSTIÇAS SOCIAIS

É  um poema onde narra a vida de um retirante nordestino, que sai do sertão para Recife em busca de uma vida melhor.

Sua direção é o rio Capibaribe que a certo ponto seca, onde mostra a falta de água e comida na vida desses retirantes.

Pela sua trajetória ele só encontra morte e miséria, um reflexo da sua fome e vontade de morrer, até mesmo trabalho está relacionado com ela, médicos, farmacêuticos e coveiros.

Ao chegar no Recife, também encontra miséria, onde as pessoas vivem em favelas no meio do barro, e a pobreza é um contraste com os grandes prédios da cidade onde vive os médicos, arquitetos, etc.. o que deixa claro que a vida dos retirantes não muda muito na cidade grande.

Como já foi dito anteriormente, o autor deixa claro essa crítica em Morte e Vida Severina, onde o governo dá pouca importância aos problemas sociais do povo do sertão nordestino.