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O FONOAUDIÓLOGO NA ESCOLA

Por:   •  5/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  665 Palavras (3 Páginas)  •  216 Visualizações

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O FONOAUDIÓLOGO NA ESCOLA

Apesar de as práticas fonoaudiológicas terem sido iniciadas já na década de 20, co-

mo foi visto anteriormente, foi na década de 60 que os primeiros cursos se institucionaliza-ram no Brasil. Nos anos 70, o fonoaudiólogo buscou o reconhecimento e oficialização de seus cursos, bem como a definição e a ampliação de seu campo de trabalho, fazendo com que o fonoaudiólogo conquistasse mais espaços de atuação, dentre eles, a escola. Nessa época, a clínica era apenas substituída pela escola e o fonoaudiólogo atuava diagnosticando e tratando as crianças com alterações de fala/linguagem dentro da instituição escolar. A prática desse profissional era bastante técnica, visando apenas corrigir alterações, sem levar em conside-ração o sujeito e seu contexto sócio-histórico.

A partir da década de 80 começa a haver uma reformulação na atuação desse profissio-

nal junto às escolas, que não estava mais voltado somente para a identificação e correção de problemas, mas também para a sua prevenção. O fonoaudiólogo, que antes se restringia a identificar crianças com alterações fonoaudiológicas nas escolas e a atendê-las dentro da própria escola ou encaminhá-las para uma clínica, passa a se preocupar também em desen-volver ações que impedissem o surgimento e/ou agravamento de tais alterações, ou seja, ini-cia um trabalho mais preventivo e menos curativo.Vários são os estudos que relatam ou tra-zem alguma contribuição sobre a atuação da fonoaudiologia na escola e, dentre os que pude-mos analisar (Ferreira, 1991; Girotto, 1999), parece constante o enfoque que esse profissional, mesmo quando voltado mais para a prevenção, ainda tem sobre o binômio saúde, distancian-do-se dos objetivos pedagógicos da instituição escolar.

As discussões dos trabalhos seguem sempre na linha de que o fonoaudiólogo não deve se restringir a executar triagens nas escolas e encaminhá-las para serviços de atendimento especializado, mas deve também se empenhar para que esses problemas não se instalem, atuando junto aos professores e auxiliando na estrutura do plano pedagógico da escola. No entanto, percebemos que, mesmo quando pautado em ações mais coletivas do que individuais,

procurando atuar sobre os educadores e não somente sobre as crianças, esse profissional acaba

correndo o risco de transformar a escola em um espaço de patologização dos alunos. A atitude de instrumentalizar os professores para detectar, tratar e encaminhar crianças com alterações

acabou reiterando a idéia de alunos doentes, reforçou a rotulação das crianças pelos professo-res e atribuiu à fonoaudiologia o poder científico de controle de tais alterações.

Não negamos que existam crianças com comprometimentos orgânicos que necessitem de cuidados especiais; no entanto, questionamos se a função do fonoaudiólogo é detectar esses problemas como se a escola pudesse ser um “grande ambulatório”. Será a escola o local adequado para identificar crianças que necessitam de atendimento precoce? Será que, em todos os casos, detectar precocemente uma alteração e encaminhar a criança para um serviço especializado contribui, essencialmente, para uma melhora

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