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O Letramento Na Educação Infantil

Por:   •  7/10/2023  •  Monografia  •  2.443 Palavras (10 Páginas)  •  24 Visualizações

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LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL[1]

Débora Laís de Deus Carmelo

06202955

Juliana Medina de Paula Santos

06106082

Resumo

Uma pessoa alfabetizada conhece o código alfabético, sabe o que os sons e as letras representam, é capaz de ler palavras e textos simples, mas não necessariamente é usuário da leitura e da escrita na vida social. Pessoas alfabetizadas podem eventualmente ter pouca ou nenhuma familiaridade com a escrita dos jornais, livros, revistas, documentos e muitos outros tipos de textos; podem também encontrar dificuldades em se expressarem por escrito. Tornar-se letrado, ou formar-se leitor pleno, é apropriar-se da escrita e da leitura de textos em situações autênticas de circulação social; ser capaz de interagir com o texto, expressar opiniões. Letrar, portanto, é familiarizar o aluno com diversos usos sociais da leitura e da escrita, permitindo a ele ter acesso à informação e a expandir novos conhecimentos. Assim, as práticas de sala de aula na educação infantil devem estar orientadas de modo a que se facilite o processo de alfabetização na perspectiva do letramento, oferecendo ao aluno um ambiente letrado repleto de materiais como jornais, revistas, livros diversificados, rótulos, blocão, músicas, fichas, correio entre turmas, contação de histórias.

Palavras-chave: letramento; alfabetização; leitura; escrita

Introdução

A leitura é algo fundamental para todos os cidadãos que desejam ter sucesso em todas as áreas da vida. Como exercerão sua cidadania, se não aprenderem hoje a ser amantes de bons livros? Aqui entra o nosso papel como educadores: incentivar os estudantes a criarem o hábito da leitura, procurando ler bons livros, mostrando pelo exemplo que nós também exercemos esta prática maravilhosa, tendo a leitura como uma companheira inseparável.

 Por outro lado, no mundo moderno há um apelo, não só à escrita, mas, principalmente, aos recursos gráficos, às imagens, por isso, podemos afirmar que, mesmo antes de entrar na escola, nossos alunos têm larga experiência com o mundo letrado, pois é diário o contato com letreiros, outdoors, embalagens de produtos industrializados, sem falar da presença massificada da televisão e do computador em muitos lares brasileiros.

 Letrado - palavra de derivação latina litteratu pode ser adjetivada como homem versado em letras; erudito, individuo letrado; literato (Profissional da literatura; escritor). Outra definição para o letramento, que é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado.

Mas, se estão expostos a essas formas de letramento, por que para a maioria das crianças, ler é uma tarefa difícil e monótona? Estas questões vêm sendo amplamente discutidas e merecem reflexão profunda por parte da sociedade em geral, principalmente de pais, professores e outros profissionais do ensino. Queremos, por isso, destacar alguns pontos, que acreditamos merecer atenção especial. É necessário pensar no profissional do ensino que tem a tarefa de ensinar a ler e a gostar de ler.

Entendemos que para formar leitores, devemos ter paixão pela boa leitura, como fonte de prazer e sabedoria. Está aí, um grande desafio, que temos de encarar como sendo primordial e que deve ser motivo de luta por aqueles que, por razões diversas, não tiveram a oportunidade de vencê-lo. Por outro lado, devemos pensar que as atividades escolares, de modo geral e em especial a leitura, estão distantes da realidade da vida de nossos alunos. Para que a aprendizagem da leitura e da escrita não se torne algo mecânico e sem significado para o educando, necessita partir de algo conhecido, palpável, ligado à sua vivência e também a outras áreas do conhecimento que usada somente à Língua Portuguesa. E qual é o papel da leitura em tudo isso? É lendo que adquirimos novos conhecimentos.

É lendo que desafiamos nossa imaginação e descobrimos o prazer de pensar e sonhar. O aluno com dificuldade de compreensão daquilo que lê, tem seu aprendizado comprometido em todas as áreas do conhecimento. Para que se desenvolva a leitura de forma mais efetiva, cabe ao professor explorar uma pluralidade de textos com os alunos. Trabalhar com diferentes textos possibilita ao professor fazer uma abordagem mais consciente das variadas formas de uso da língua.

Assim, o professor pode transformar a sua sala de aula num espaço de descobertas e construção de conhecimentos. Trabalhar com gêneros textuais variados nos permite entender que a sua escolha leva em conta o lugar social e os papéis dos participantes. Daí decorre a detecção do que é adequado ou inadequado em cada uma das práticas sociais.

Diante dessas sugestões, na medida em que o educador tomar consciência de sua posição política, articulando conteúdos significativos a uma prática também significativa, desvinculando-se da função tradicional de mero transmissor de conteúdos e, conseqüentemente, de mero repetidor de exercícios do livro didático, estará transformando o ensino da leitura e da escrita. Uma prática escolar significativa depende do interesse do professor em planejar as suas aulas com coerência, visando à pluralidade de experiências com textos a que submete seus alunos.

O educador que se atualiza se aperfeiçoa, ele precisa focar suas práticas na realidade social do seu aluno, nem sempre considerando o que deseja a classe dominante, em direção a uma prática libertadora. Assim, o ensino deixará de ser um martírio, para se tornar num processo de construção permanente de conhecimentos. O educador deve estimular no aluno o pensamento crítico, de modo que ele possa atuar na sociedade como um indivíduo pensante, questionador.

           Letrado, nesse caso, mais do que simplesmente alfabetizado, é aquele que sabe ler e produzir textos, dos mais variados gêneros e temas. Hoje não basta que pessoa saiba assinar o nome, porque dela não se pode ou se deve mais, como antes, esperar apenas que vote.

Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos. A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento com o desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. Alfabetizar letrando é, portanto, ensinar a ler e escrever o mundo, ou seja, no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, tendo em vista que a linguagem é um fenômeno social. O processo de ensino-aprendizagem de leitura e escrita na escola não pode ser configurado como um mundo à parte e não ter a finalidade de preparar o sujeito para a realidade na qual se insere.

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