O Processo De Produção De Textos Produzidos Na Historia Adriane Sartori
Por: Luanavvv • 4/9/2025 • Trabalho acadêmico • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 29 Visualizações
Universidade Federal de Lavras-UFLA
Departamento de Estudos da Linguagem-DEL
Disciplina: GEL 198 - Leitura e Produção de Textos
Profa. Sibely Oliveira Silva
Discentes: Luana Vitória da Silveira, Flavia Oliveira Henrique, Milena Vilela Hilário, Davi Delessandro Firmino Silva
Avaliação 2
Produção de resenha acadêmica
Data: 09/07/2025
O livro “O processo de produção de textos produzidos na escola” , publicado em 2019, escrito pela autora Adriane Teresinha Sartori, no capítulo um “A redação na escola” é abordado sobre as mudanças que ocorreram ao longo dos anos no ensino da produção de texto. A autora mostra que, antigamente, a maneira de ensinar os alunos a fazerem redação era bem diferente. Ela era composta por um tema específico, que era acompanhado de um sumário descrevendo os assuntos principais. O aluno deveria contemplar todas as informações citadas no sumário, além de ter a presença de uma espécie de modelo pronto. Sartori afirma que acreditava-se que o aluno aprenderia a dissertação através da exposição à boa linguagem, além de contribuir para ter uma língua unificada.
Ao longo do texto, a autora retrata as mudanças ocorridas no decorrer das décadas. Ela começa abordando a década de 1980, que foi marcada pela criação das expressões: produção de texto e análise linguística. Essas idéias são colocadas em evidência pela primeira vez pelo especialista João Wanderley Geraldi, que através de pesquisas organizadas pela Universidade Estadual de Campinas, chegou a esse resultado. O autor cria o termo produção de texto para fugir da ideia de modelo pronto de redação que até então era seguida, e tinha o objetivo de tornar a escrita autêntica na sociedade. Outro ponto é a análise linguística que vai além da ideia de saber um formato pronto e concreto, e trabalha com algo mais prático, segundo o livro. Esses assuntos começaram nos anos de 1960, quando os estudos foram sobre a língua realmente falada e não o sistema linguístico.
Durante muito tempo escrever na escola era algo repetitivo e mais mecânico, segundo a autora. Os alunos faziam textos sobre temas como “minhas férias” ou datas comemorativas só para entregar ao professor, que era o único a ler. De acordo com Adriane Sartori, partindo das pesquisas de Geraldi, esse tipo de atividade deixava a escrita meio forçada, porque não tinha um objetivo de verdade nem um leitor real.
Com base nas ideias de João Wanderley Geraldi, Sartori acredita que escrever deve ser visto como uma prática social, ou seja, o aluno precisa escrever porque tem algo a dizer, e também saber por que está escrevendo e para quem. Para ela, é muito importante que a escola incentive a leitura, a escrita e a análise da linguagem em situações que façam sentido no dia a dia. A autora reconhece que muitas escolas ainda não conseguiram aplicar tudo isso como deveriam. Na maioria dos casos, só mudaram um pouco os temas, mas sem repensar de verdade como ensinar a escrever. Mas ela aponta que algumas experiências produtivas começaram a aparecer, como jornais feitos pela turma ou textos com um propósito real de serem lidos, o que ajuda a dar um novo significado ao ato de escrever dentro da escola.
Após isso, ela cita os anos 2000, quando foi feita a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), criou-se o conceito de gêneros textuais, refletido nos livros didáticos e transformando a maneira como a língua e a escrita são ensinadas na escola, ficando cada vez mais próxima dos alunos, além de ajudá-los a compreender mais facilmente os diferentes tipos textuais. Depois desse conceito, houve a separação de textos que retratam temas e assuntos diferentes. Como exemplo, o texto traz o gênero notícia, que retrata assuntos vivenciados frequentemente pela sociedade.
De acordo com a autora, os textos retratados e feitos em sala de aula estavam diretamente relacionados com a realidade, não somente para entrega de algo pressuposto. Ocasionando uma aproximação maior entre o conteúdo ensinado e o contexto social dos alunos. O objetivo era simular situações reais para que os estudantes pudessem vivenciar e praticar a escrita de gêneros textuais de forma mais concreta e significativa.
O texto mostra-se muito coerente e detalhado no assunto tratado, com perspectivas de outras especialistas, exemplos reais dos períodos retratados e um esclarecimento das transformações ocorridas no ensinar redação. É interessante que a autora deixa claro que em épocas passadas, o ensino era considerado eficiente daquela maneira, o que demonstra a constante mudança que tem-se na educação, porque atualmente a maneira de apresentar para os alunos a escrita é totalmente diferente e inovadora .
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