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PRÁTICAS DE LEITURA: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO LEITOR

Por:   •  21/9/2015  •  Artigo  •  3.937 Palavras (16 Páginas)  •  379 Visualizações

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 PRÁTICAS DE LEITURA: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO LEITOR

Godoy, Amir Nunes Godoy 1

Fernandes, Nohad Mouhanna 2

RESUMO: O processo de ensino/aprendizagem envolve um percurso coletivo de troca de experiências e idéias que influencia no despertar do aluno para o hábito da leitura. Desse modo, o simples ato de ler pode mudar os rumos da própria história de vida, pois esta modalidade proporciona ao aluno a oportunidade de adquirir novos conhecimentos que podem ser utilizados nas diferentes relações cotidianas. Nesse sentido, nossa busca será em torno da questão de como despertar o habito da leitura em nossos alunos e como a prática docente pode influenciar na formação de um perfil de leitores do educando que valorize a diversidade na leitura dos alunos, com objetivo de verificar quais as concepções do aprender, e quais práticas são utilizadas pelos professores em sala e também a diversidades da leitura na prática. O ato de ler é entendido como uma das formas mais eficazes de desenvolvimento dos indivíduos. Tendo-se essa noção por pressuposto, com esta pesquisa, objetiva-se averiguar as concepções de leitura que alunos da escola 25 de junho e também a relação dessas concepções com as experiências de leitura dos alunos investigados. A fim de atingirem-se os objetivos, utilizou-se a pesquisa-ação como metodologia de trabalho. Como resultados, constataram-se concepções de leitura ora restritas a decodificação de signos, ora mais amplas, comportando percepções de elementos multimodais em diálogos. Ainda, é possível considerar que os resultados decorrem das experiências vivenciadas na Educação Básica.  

PALAVRAS CHAVES: concepções, percepções, experiências, as práticas, estará contemplando, implícito na idéia, leitor experiente, receitas infalíveis, Ensino Recíproco.

KEYWORDS: conceptions, perceptions, experiences, practices, be contemplating, implicit in the idea, experienced player, foolproof recipes, Reciprocal Teaching.

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como objetivo verificar como o despertar e o habito da leitura em nossos alunos e quais as concepções no processo de ensino/aprendizagem dessa prática e que valorizem a diversidade cultural dos alunos. Nesse sentido, o educador que trabalha com as fases iniciais precisa também buscar uma prática pedagógica crítico-reflexiva para com os seus educandos, analisando a necessidade de se proporem aos alunos atividades de leitura em que os mesmos possam evidenciar a idéia de que o significado do texto a ser construído depende tanto dos objetivos e das perguntas do leitor como da natureza do texto e de sua macro e superestrutura. Com essas concepções identificadas e inter-relacionadas às experiências vivenciadas na vida escolar, buscaram-se sugestões de estratégias para o ensino de leitura, que serão discutidas ao longo desta reflexão. Uma prática leitora adequada fornece ao leitor o pleno desenvolvimento das competências discursivo-pragmáticas da linguagem. Justifica-se, assim, maior atenção à concepção de leitura que professores estão adotando em sala de aula e de que maneira estão realizando as práticas leitoras na aula de língua materna. O ensinar e o aprender envolvem um processo coletivo de troca de experiências e ideias. Assim, o professor precisa despertar no aluno o gosto pela leitura, desse modo à educação mudará os rumos da própria história de vida de todos os envolvidos, demonstrando com isso que, não só na teoria, mas também na prática com possibilidade de mudar os rumos sociais através da leitura.

Nesse sentido, entendemos que seja papel do educador auxiliar o aluno a pensar e a ser crítico, acreditando na sua capacidade de integração nos grupo sociais, consciente dos direitos e deveres como cidadão. Se assim acontecer a prática da leitura de fato estará contemplando o que preconiza

Paulo Reglus Neves Freire (1997), que o individuo adquira a autonomia e conquista seu espaço mediante a educação libertadora precedia do desenvolvimento da capacidade do indivíduo de criar suas próprias representações do mundo, pensar estratégias para resolução de problemas e aprender a compreender-se como sujeito da história.

AS ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO

         O ensino de estratégias leitoras deve privilegiar o desenvolvimento de estratégias que possam ser generalizadas a outras situações e não se atenham a técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas. Deve-se ensinar com ênfase na capacidade de metacognição: avaliação, controle e flexibilidade de ações que podem ser mudadas em decorrência das situações de leitura. Isto implica dizer que conhecer um vasto repertório de estratégias é menos importante do que saber utilizá-las. Conhecê-las não é o suficiente. A criança precisa saber mobilizá-las e utilizá-las em face da variedade de situações de leitura. O bom ensino não é apenas o que se situa um pouco acima do nível atual do aluno, mas o que garante a interiorização do que foi ensinado e seu uso autônomo por parte daquele.

O que parece implícito na idéia de bom ensino  é que a conquista da autonomia permite a verificação da interiorização, que é favorecida pelo modelo adulto e autônomo de leitura. Porém, o como a criança se apropria disto não fica evidente,  questão, aliás, que ainda se mostra como um impasse dentro dos grandes sistemas teóricos da Psicologia que abordam o processo de aprendizagem. A criança precisa aprender que o leitor experiente se utiliza de estratégias que favorecem o controle e avaliação de sua compreensão leitora e, para que isto ocorra, é necessário que se diga o que precisa fazer demonstrando para ela e fazendo com ela as atividades de leitura, até que não precise mais do auxílio do adulto. Apesar de não acreditar no ensino da leitura, esta postura solícita do professor, diferentemente do que se pensa, não favorece o desenvolvimento de um comportamento de dependência ou espera por parte da criança, já que esta é capaz de negar a ajuda de outro mais experiente quando se sente segura e com domínio sobre o conteúdo ou tarefa explorada. Elas verificaram que o treinamento para o uso de estratégias de compreensão mostra-se mais efetivo quando ocorre em situação de reciprocidade entre uma criança com problemas de leitura e um adulto leitor competente. Ao empregar o procedimento Ensino Recíproco caracterizado pela atuação de um adulto-modelo que guiava o estudante na interação mais sofisticada com o texto e com o qual revezava a responsabilidade de explorá-lo, estas autoras perceberam que as crianças paulatinamente adotavam as estratégias do adulto de maneira cada vez mais sofisticada e independente, tornando-se cada vez mais capazes de assumir a liderança do diálogo, demonstrando um papel ativo. a habilidade para usar regras de condensação para sumarizar, habilidade para prever questões que um professor poderia fazer em relação a um segmento de um texto e habilidade para detectar sentenças incongruentes encravadas em passagens de prosas. O sucesso do procedimento Ensino Recíproco pode ser atribuído, primeiramente, ao fato de o aprendiz ter acesso às estratégias utilizadas pelo leitor maduro, no momento em que este realiza a leitura, oferecendo ao primeiro um modelo eficiente de atuação frente ao texto. E em segundo lugar, por ser uma situação interativa, este tipo de procedimento permite que o aprendiz revele o seu nível de a troca de linguagem entre adulto/criança na situação de mediação favorece a construção conjunta de significado textual, permitindo a construção posterior do sentido individual do texto. Deste modo, atenção para o papel crucial do professor enquanto elemento essencial na aprendizagem e superação das dificuldades de compreensão de leitura, em sala de aula.

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