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RESENHA SOBRE O TEXTO DE ANGELA B. KLEIMAN

Por:   •  28/4/2015  •  Resenha  •  1.008 Palavras (5 Páginas)  •  2.523 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

  1. CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

RESENHA SOBRE O TEXTO DE ANGELA B. KLEIMAN

Trabalho acadêmico apresentado por THAÍS BERNARDES COSTA como requisito parcial de avaliação da disciplina Linguística VI, ministrada pela professora Jauranice Rodrigues Cavalcanti.

UBERABA – MG

Dezembro de 2011

KLEIMAN, A. B. Processos identitários na formação profissional: o professor como agente de letramento. In: CORRÉA, M. L. G. Ensino de língua: representação e letramento. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2006, p. 75-91.

Angela Kleiman graduou-se como professora de inglês na Universidad del Chile, possui mestrado em TESL (Teaching of English as a Second Language) na University of Illinois, EUA, e Ph.D. em Linguística na mesma universidade. No Brasil, foi professora de Semântica e Linguística Aplicada na PUCCAMP. Atualmente é professora titular da Unicamp e pesquisadora do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL/UNICAMP), onde atua no Departamento de Línguística Aplicada. Possui numerosos trabalhos sobre letramento, leitura e alfabetização de adultos[1].

O capítulo “Processos identitários na formação profissional: o professor como agente de letramento”, inserido no livro “Ensino de língua: representação e letramento”, faz parte de uma pesquisa desenvolvida com financiamento da Fapesp e CNPq dentro do projeto temático “Formação do professor: processo de retextualização e prática de letramento”. O artigo é divido em três partes: “Linguística Aplicada e formação do professor”, “o professor como mediador” e “o professor como agente de letramento”, além de introdução e considerações finais.

Logo no início do texto, afirma que seu objetivo é “analisar dois modos de representar o professor que circulam nos cursos de formação, um hegemônico, informado teoricamente pelo socioconstrutivismo, e um outro emergente, informado pelos estudos do letramento.” (KLEIMAN, 2006, p. 76) Dessa forma, analisa o professor de língua materna, objeto de pesquisa relativamente novo para a Linguística Aplicada. Segundo a autora, um analista aplicado deve levar em consideração uma perspectiva interdisciplinar, ou seja, admitir teorias advindas de diferentes campos do conhecimento como, nesse artigo, a Semântica Cognitiva. Sendo assim, o principal objetivo desse tipo de pesquisador é diagnosticar problemas que impedem o sucesso no ensino e aprendizagem em um determinado contexto, ou apontar pontos positivos observados.

Para nortear teoricamente seu estudo Kleiman (2006), utiliza conceitos do campo da Semântica Cognitiva. A respeito do estudo de formação de imagens ou representações do professor, parte do conceito de frame, de acordo com Paltridge (1997), “que corresponde ao domínio semântico de um conceito associado ao evento comunicativo, capaz de evitar um conjunto de associações lexicais relevantes para a interpretação” (KLEIMAN, 2006, p. 78). Ainda, também utiliza o conceito de memória semântica, ou seja, a enciclopédia mental de cada um, formada por redes associativas que formam imagens de determinados objetos.

Através disso, teoriza as descrições metonímicas, referentes ao eixo combinatório da linguagem, de associações, do professor mediador e do professor agente de letramento, a essa teorização associa o conceito de representação social. A representação social é definida com um conjunto de conhecimentos sobre pessoas, objetos e ideias partilhados pelos indivíduos ou grupos que se representam a si mesmos através dele, determinando seu comportamento e relações com outros conjuntos de conhecimentos (KLEIMAN, 2006, p. 78-79).

Partindo para a análise das representações, afirma que o conceito de professor enquanto mediador foi baseado, originalmente, do conceito “mediação semiótica” de Vigotsky (1984), concebendo o sujeito como uma construção social das/nas interações, assim associando ao professor o papel de co-construtor do saber. No contexto escolar atual, em que predominam as ações individuais, essa definição é incompatível com noções de colaboração da mediação semiótica, daí a importância de um professor mediador que estabelece a relação entre o aprendiz com o conhecimento privilegiado.

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