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Resenha Crítica: O Que é Educação

Por:   •  10/2/2019  •  Resenha  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  852 Visualizações

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Resenha Crítica: O Que é Educação

O Que é Educação 

Brandão, Carlos Rodrigues. 
O Que é Educação. (33ª Ed.) SP: Brasiliense 1995. (Coleção Primeiros Passos) 116 páginas.

O livro 
O que é educação, escrito por Carlos Rodrigues Brandão, foi divulgado pela primeira vez em 1981 chegando à sua 43ª edição em 2003. Carlos Rodrigues Brandão é  doutor em Ciências Sociais pela USP- Universidade de São Paulo (1980) e pós-doutor em Antropologia pela UNPER- Itália (1992). Atualmente é educador visitante no Instituto de Geografia, como formador e orientador de mestrandos na Pós- graduação.
Mestrado/Doutorado em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia. Possui numerosas publicações nas áreas da Educação, Antropologia, e Psicologia.

Essa obra apresenta o tema “
educação”. Relata sobre seus principais atributos, o significado social, sua história, sua finalidade. Este livro  se divide em 10 capítulos, sendo o último formado por indicações de leitura.

No primeiro capítulo, Brandão faz uma análise, que todos nós vivemos em situações que envolvem conhecimentos, sendo: na rua, no lar, na tribo, enfim na vida social. O escritor fala sobre a educação indígena, que as crianças aprendem com ensinamentos dos adultos, realiza diversas argumentações sobre as forma de aprendizagens de um povo, de cada povo e entre os povos, sendo definida de diversas maneiras.

Assim, a educação é um meio de atender as necessidades reais do homem.

No segundo capítulo, o autor nos mostra que a educação pode acontecer onde não há escola e por toda parte pode haver redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi ao menos criada à sombra de algum modelo de ensino formal e centralizada. A evolução e a subjetividade de cultura conduziram o homem à transmissão do conhecimento, inserido em prática social, de ensinar-aprender- ensinar.

Nesse mesmo capitulo, o sociólogo mostra a educação nas aldeias dos grupos tribais, os pequenos aprendem imitando com o gesto de quem ensina fazer as coisas.

Conforme Brandão, a civilização é responsável pela transmissão do conhecimento, ou seja, ninguém aprende sozinho. O saber que cada sujeito aprende, depende do seu meio social. O professor desempenha um papel importante nesta interação, quando ele acreditar que a educação é capaz de transformar o ser humano.

No terceiro capítulo, o literato discute entre o “trabalho” e o “poder” se dividem mesmos nas sociedades primitivas. O “saber” se separa do “fazer”, passando a ser utilizado como forma de controle de uns sobre os outros. Com essas diferenças surgem novas categorias de estudos com saberes especializados, dentre elas, a “pedagogia” e a escola. Assim, com o surgimento do educandário o ensino tornou-se diferente para a sociedade daquele período.

No quarto capítulo, Brandão traz a argumentação, sobre a educação na idade clássica, representa sobre a educação na Grécia que preparava o homem à vida na cidade através da formação do “bom cidadão”, visando sua atuação política e social. Esse sistema educacional centrava-se na busca da verdade e da graça por meio do estudo da doutrina, da oratória, das virtudes, das artes e da ginástica, e o pedagogo era o sujeito que conduzia os pequenos até as escolas para serem ensinadas.

No quinto capítulo, o literato fala sobre a educação de Roma antiga, faz atributos entre a educação romana e a grega. O segundo gênero era destinado aos cidadãos nobres livres, enquanto o primeiro gênero era destinado para todos os romanos. No conjunto educacional romano, quando algum nobiliário abandona a terra para dedicar-se a política, surgem às primeiras dependências de educação, começa a haver um padrão de educação para cada um, e um limite entre um modelo e outro.


No sexto capítulo, o escritor busca entender o conceito de conhecimento, como também as discussões sobre o assunto em estudo e faz críticas severas ao ensino brasileiro, sobre as finalidades da própria, embora haja críticas pelos docentes, pelos estudantes e pela sociedade em geral, questiona “a que e a quem serve a educação”. São questões norteadoras para um pensamento crítico sobre a atuação da ação pedagógica no sistema instrutivo brasileiro. Com relação ao questionamento sobre a opinião do que é o fim da educação é “perfeição”. Mas, que perfeição é esta? Quem a define? Ela é mundial para todas as culturas? Dessa forma, o autor parte das
hipóteses de Durkheim “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamos pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que aquela criança, particularmente se destina”.

Assim, a educação se concebe uma prática social que inculca todo tipo de saber, seja científica, cultural ou no dia a dia.

No sétimo capítulo, Brandão faz uma observação, que o ensino é uma prática social (como á saúde pública, a comunicação social, o serviço militar) cujo o fim é o desenvolvimento do que na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber existentes em uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as necessidades e exigências de sua sociedade, um momento da história de seu próprio desenvolvimento.         “A educação é, assim, o resultado da consciência viva duma norma que rege uma comunidade humana, quer se trate da família, duma classe ou duma profissão, quer se trate dum agregado mais vasto, como um grupo étnico ou um Estado.” A pedagogia atua sobre a vida e o crescimento da sociedade em dois sentidos: 1) No desenvolvimento de suas forças produtivas. 2) No desenvolvimento de seus valores culturais.


No oitavo capítulo, o escritor questiona sobre a educação universal. Segundo o mesmo, a didática é uma prática social, que tem por efeito desenvolver aprendizagens nos seres humanos, Brandão reflete sobre “a educação permanente”, um tipo de educação em que o homem deve acompanhar as transformações do mundo, os sujeitos sociais devem estudar continuamente, para atender às exigências do mercado de trabalho. O Autor denuncia o “utopismo pedagógico” que significa a educação capaz de modificar o mundo. Com base nos pensamentos freirianos, diz a educação não é suficiente para transformar um corpo social, mas sem ela essa transformação é improvável.

Continuando com as discussões, no nono capítulo, o autor mostra à realidade da educação no Brasil, como ela se concedeu, diferente de outros países. No método educacional brasileiro por ele referido é dito como um sistema onde a classe dominante política é quem controla e faz questionamentos, “porque a educação é inevitável”. Outra questão “porque a educação existe de mais modos do que se acredita e, aqui mesmo alguns deles servir ao ofício outro tipo de mundo”. No mesmo capítulo, o domínio sobre o saber se faz em boa medida por meio do controle sobre o que se ensina e a quem se ensina. A reflexão sobre a educação nessa situação e de que ela é essencial para qualquer sujeito, a forma de aprendizagem é que depende da maneira de como o saber é divulgado.

Assim sendo, encontramos nesse trabalho formas diferentes de educar, restar-nos saber qual será a melhor maneira de ensinar e compreender.


A obra mostrou a educação de maneira neutra, diferente dos pensadores em educação que tomam partido para conflito ou acordo sobre o tema, enquanto Brandão mostrou a educação como ela acontece, críticas e reflexões para um repensar sobre a educação.

Possui uma abordagem sociológica e aberta, dirigido para corpo docente, educando, escritores, leitores, ou para quem tiver interesse pelo conteúdo “O que é educação”.

Todas as opiniões narradas neles trazem observações acerca do que é educação, desde a antiguidade até os dias atuais. Suas contribuições para o desenvolvimento de um sistema educacional, onde valoriza a realização humana.

Brandão faz uma análise detalhada e histórica sobre o conteúdo à educação.

Sua maior contribuição nessa obra é indicar a educação como uma prática social em durável processo de transformação, para isso é necessário um compromisso maior por parte dos professores, que são os dirigentes transformadores nesse método.

No décimo capítulo temos indicações para dados sobre livros e artigos, Livro Livre, em WWW.sitiodasrosasdosventos.com.br; WWW.folhasavento-

 

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