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Resenha Crítica do texto “Teleco, o Coelhinho” de Murilo Rubião

Por:   •  5/11/2017  •  Resenha  •  610 Palavras (3 Páginas)  •  4.430 Visualizações

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Resenha Crítica do texto “Teleco, o Coelhinho” de Murilo Rubião

O conto “Teleco, o coelhinho” de Murilo Rubião, publicado no ano de 1965, no livro Os Dragões e Outros Contos, fala sobre as várias transformações do coelhinho Teleco em outros animais, na tentativa de se adaptar ao mundo em que vivemos onde alguns valores que o coelhinho preza bastante, não são tão comuns nas pessoas, com destaque para valores como a bondade e a pureza.

No começo do texto, o autor nos traz um provérbio bíblico que fala de alguns símbolos que o mesmo usa dentro de seu texto como a figura do carneiro e a criança, tratando assim da pureza e ingenuidade de ambos. Ao escolher esse provérbio, o autor nos dá pistas sobre o que realmente quer tratar no texto, que no caso é não reconhecimento do homem em frente a coisas que não têm explicação.

No começo, o conto parece ser apenas uma história boba e simples, mas, com as transformações do personagem Teleco, o autor busca tratar de algumas questões consideradas por ele como extremamente profundas e importantes a respeito da existência humana como a animalização do homem, as injustiças e a hipocrisia da humanidade.

Dentro do texto, o narrador fala que o primeiro contato que teve com o coelhinho Teleco foi em uma praia onde o coelhinho lhe pedia um cigarro. A priori o narrador incomodou-se com a situação, mas, ao perceber que se tratava do coelhinho Teleco, deu uma abertura maior a um possível dialogo que o acabou fazendo convidar o coelhinho a residir com ele em sua casa.

Em um primeiro momento frente ao convite, Teleco não vê o convite com bons olhos, mas ao perceber a real intenção do narrador, aceita o convite e ambos tornam-se grandes e bons amigos. O autor fala que Teleco usava sabiamente o seu poder de se transformar em outros animais buscando sempre agradar e divertir as pessoas, entretanto, quando não gostava de alguém, transformava-se em animais como leões e tigres, pelo simples prazer de se divertir.

O grande desejo de Teleco era o de um dia tornar-se um homem, o autor deixa isso bem claro ao narrar o fato dele acreditar ter conseguido se tornar um homem, ao transformar-se em um Canguru, pelo simples fato de andar em pé. Por conta disso, apaixona-se por uma mulher chamada Teresa, que também o trata como um homem, entretanto, essa paixão de Teleco pela moça, o leva a conhecer valores do ser humano que nunca tinha visto antes como a hipocrisia e a ambição humana.

Quando Teleco entra em contato com esses valores jamais vistos antes por ele, o mesmo perde o controle sobre o seu poder de se transformar em animais, por se sentir enganado e traído enquanto esteve longe da casa de seu amigo. Com isso, as várias e sucessivas transformações de Teleco mostram ao leitor que mesmo que ele tente, nunca conseguirá absorver a natureza do ser humano.

Por fim, Teleco assume a forma de um pequeno carneiro e é tomado e acolhido pelos braços de seu amigo que o consolava, porém, também exausto com a situação, acaba dormindo com Teleco em seus braços. Ao acordar, o narrador percebe que, outrora o carneiro que tinha em seus brações transformou-se em uma criança morta, encardida e sem dentes.

O desejo de Teleco em tornar-se um ser humano era tão grande que, ao final de sua vida, o mesmo consegue tornar-se um, sem dentes e encardido. Com isso, o narrador quer nos passar a intenção de que a imperfeição do homem é que rege a sua vida.

RUBIÃO, Murilo. Teleco, o coelhinho. In: O Pirotécnico Zacarias. 6ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1980. Coleção nosso tempo.

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