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Resenha do Texto: Introdução à Linguística Domínios e Fronteiras

Por:   •  29/11/2016  •  Resenha  •  901 Palavras (4 Páginas)  •  3.145 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB[pic 1]

Pós-graduação Latu Sensu em Alfabetização e Letramentos (POSALE)

Disciplina: Teorias do Discurso e Ensino

Docente: Dra Adriana Maria Barbosa

Discente: Carine Silva Souza

MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (orgs.) Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v. 2.- 4. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

O texto Análise do discurso da autora Fernanda Mussalim trata-se da elucidação sobre da análise do discurso francesa, de suas fases e as condições de produção do discurso.

O texto é constituído de trinta e oito páginas e de nove tópicos que servem como um norte para a compreensão da AD. Para isso, no primeiro tópico as autoras elaboram um mapeamento histórico cujo título é gênese da disciplina e que aborda também o terreno em que se funda a análise do discurso, terreno esse em que se relaciona a Linguistica e as Ciências Sociais.

 A linguista cita sobre a especificidade da AD e as maneiras de interpretar um texto, sua ambiguidade e os efeitos de sentido que um determinado texto pode gerar. Explicam que o que garante a especificidade da análise do discurso é uma pergunta que se faz depois que é: qual o efeito dessa ambiguidade? A resposta tem a ver com o discurso e suas condições de produção que lhe permitiram ser feito e gerado determinado efeitos de sentido e, portanto poder ser compreendido.

Outro ponto destacado pela autora foi às contribuições de Harris e Chomsky. O método de Harris seguia o rumo das análises estruturalistas, onde se restringe a uma concepção de discurso como uma sequência de enunciados. No entanto, Chomsky, aluno de Harris propõe o método estruturalista americano, onde ele postula a existência de um sistema de regras internalizadas que é responsável pela geração das sentenças. Então, este procedimento da análise que será produtivo para AD, pois é a partir dele que ela formulará e reformulará seus procedimentos de análise e seu objeto de estudo que definirão as fases da AD.

No segundo tópico cujo título é As fases da AD a autora esclarece que estas são subdivididas em três, na primeira delas a AD-1 cada processo discursivo é gerado por uma “máquina” discursiva, diferente da AD-2 que a formação discursiva determina o que pode/deve ser dito a partir de um determinado lugar social, nesta fase o objeto de análise passará a ser a as relações entre as “máquinas” discursivas. Já na AD- 3 ocorre a desconstrução da maquinaria discursiva elucidando, portanto que os diversos discursos que atravessam a formação discursiva não se constituem independentemente uns dos outros, mas se formam de maneira regulada no interior de um interdiscurso.

A autora aborda também o conceito de discurso e exemplificam com uma crônica que nos esclarece mais uma vez que a AD considera como parte constitutiva do sentido, o contexto histórico-social. Fala-se sobre o conflito entre o discurso religioso e cientifico e que este acaba sendo um confronto entre forças ideológicas. Assim o texto não é um ou outro discurso, mas é a relação entre eles. Deste modo, existe na formação discursiva, sempre a presença do Outro, sendo que é essa presença que confere ao discurso o caráter de ser heterogêneo. E nesse sentido que Maingueneau (1997) explica que a formação discursiva não pode ser compreendida como um bloco compacto e fechado, mas que ela é definida a partir de uma incessante relação com o Outro.

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