Resenha do artigo Linguística Aplicada e Vida Contemporânea: Problematização dos Construtos que Têm Orientado a Pesquisa Aplicada Interdisciplinar

Resenhado por Raissa Pantoja Zaqueu^[1] 

MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Linguística aplicada e vida contemporânea: Problematização dos Construtos que Têm Orientado a Pesquisa Aplicada Interdisciplinar.  In: Por uma Linguística Aplicada Interdisciplinar. (Org.)”. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 85-104.

O artigo Linguística Aplicada e Vida Contemporânea: Problematização dos Construtos que Têm Orientado a Pesquisa Aplicada Interdisciplinar é o terceiro capítulo da obra Por uma Linguística Aplicada Interdisciplina, organizada pelo autor Luiz Paulo da Moita Lopes, Professor Titular do Programa Interdisciplinar de Linguística Aplicada da UFRJ e Pesquisador do CNPq. O referido artigo é introduzido por uma referência feita pelo autor aos autores Venn (2000) e Martin-Barbero (2003), seguida de oito subtópicos. Os subtópicos são: Outras vozes e outros conhecimentos, Preparando uma agenda para a linguística aplicada contemporânea: Renarrar a vida social, Uma linguista aplicada contemporânea, A imprescindibilidade de uma linguística aplicada hibrida ou mestiça, A linguística aplicada como uma área que explode a reação entre teoria e prática, Um outro sujeito para a linguística aplicada: as vozes do sul, A linguística aplicada como área em que ética e poder são os novos pilares e a A linguística aplicada como lugar de ensaio de esperança.[pic 2]

O subtópico Outras vozes e outros conhecimentos, Moita Lopes apresenta a preocupação de muitos pesquisadores de como criar inteligibilidades inserida na vida contemporânea na produção de conhecimento, e ao mesmo tempo, colaborar para que abram alternativas sociais com base nas e com as vozes dos que estão à margem da sociedade. O autor conclui este subtópico afirmando que deve haver uma problematização aos modos de se produzir conhecimento ligado às mudanças da vida contemporânea, para que seja possível questionar a construção da pesquisa na tradição da LA.

No subtópico Preparando uma agenda para a linguística aplicada contemporânea: Renarrar a vida social, o autor apresenta um projeto que integra uma agenda ética de investigação para a LA, envolvendo um processo de renarração ou redescrição da vida social, como se apresenta e como está relacionada à necessidade de aprendê-la.  

No subtópico Uma linguista aplicada contemporânea, o autor traça um quadro como implicações de percepção a vida social atual e os modos de produção de conhecimento para uma LA contemporânea, no qual segue com base quatro pontos principais, a imprescindibilidade de uma LA híbrida ou mestiça, a LA como uma área que explode a relação entre teoria e prática, a necessidade de um outro sujeito para a LA e a LA como área em que ética e poder são os novos pilares.

 No quarto subtópico A imprescindibilidade de uma linguística aplicada hibrida ou mestiça, o teórico apresenta uma problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. O autor afirma que se faz necessário que haja um entendimento da Linguística Aplicada não como disciplina, mas como área de conhecimento e ainda, faz uma distinção entre e LA normal e uma LA indisciplinar híbrida, mestiça, que estabelece diálogo com outras áreas do saber, mudando à forma de construção ao objeto da pesquisa e dessa forma a se pensar em um LA com algo a dizer a vida social contemporânea.

No quinto subtópico A linguística aplicada como uma área que explode a reação entre teoria e prática, Lopes propõe um posicionamento que rompa as barreiras entre teoria e prática, além da necessidade de se considerar a vozes para aqueles que ele denomina “vozes do sul”. Segundo ele, deve ainda haver um interesse por parte dos pesquisadores em compreender que o indivíduo está diretamente ligado ao conhecimento produzido. No final desta seção o autor, aponta que para uma LA adequada à vida contemporânea, se faz necessário uma teorização conjunta entre teoria e prática,onde se realize um trabalho mútuo.

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