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A CONTRIBUIÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Por:   •  4/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  5.048 Palavras (21 Páginas)  •  279 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS

FACULDADE DE EDUCAÇÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

MEIRE BORGES DA SILVA RODRIGUES

A CONTRIBUIÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA INCLUSÃO ESCOLAR DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

GOIÂNIA 2018

MEIRE BORGES DA SILVA RODRIGUES

A CONTRIBUIÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade de Educação da Universidade federal de Goiás, como requisito para obtenção de nota para o primeiro bimestre de 2018.

Orientador (a): Prof. Dra. Ana Flávia Teodoro de Mendonça Oliveira.

GOIÂNIA 2018


SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO        4

2. OBJETIVOS        6

2.1. OBJETIVO GERAL        6

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS        6

3. REFERENCIAL TEÓRICO        6

4.Metodologia        14

A) Tipo de pesquisa        14

b) Sujeitos da pesquisa        15

c) Instrumentos de pesquisa        16

5. REFERÊNCIAS        17

1.INTRODUÇÃO

Dentre os inúmeros desafios vividos pela escola do Século XXI a educação inclusiva é sem dúvida um deles. Para termos uma compreensão melhor deste desafio precisamos entender o que é a inclusão, sendo assim, é preciso ressaltar que trata-se de algo que perpassa o atual sistema escolar estabelecido que se denomina um sistema inclusivo. Para Mantoan (2003), atualmente ainda estamos vivendo um período de integração, o que se contrapõe a ideia de inclusão. 

A distinção entre integração e inclusão é um bom começo para esclarecermos o processo de transformação das escolas, de modo que possam acolher indistintamente, todos os alunos, nos diferentes níveis de ensino (MANTOAN, 2003, p, 17).

A inclusão se esbarra em conceitos já instaurados, ou seja, o racionalismo e as formalidades do sistema educacional. Porem a educação inclusiva propõe uma ruptura de base no sistema educacional e exige uma transformação de pensamento, “a inclusão, portanto, implica mudanças desse atual paradigma Educacional para que se encaixe no mapa de educação escolar que estamos retraçando" (MANTOAN, 2003, p,12).

Mantoan (2003) aponta que as diferenças culturais, étnicas, religiosas, de gênero, ou seja, a diversidade humana tem sido cada vez mais manifestada e é preciso entender o mundo e a nós mesmos. Desta forma a escola não pode ignorar as diferenças nos processos que formam e instruem os alunos. Nesse sentido, a autora destaca que a inclusão implica em mudanças paradigmáticas, tendo em vista que prevê uma inserção radical completa e sistemática, em que “todos os alunos sem exceção devem frequentar as salas de aula do ensino regular" (MANTOAN,2003, p,16).

Nesse contexto, entendemos que a escola inclusiva precisa estar estruturada para atender as necessidades de todos os alunos, sendo assim, a inclusão escolar consiste em uma quebra de paradigma e envolve um radicalismo, pois exige mudanças no intuito de acabar com as subdivisões dos sistemas escolares e modalidades do ensino especial e ensino regular.

Nesse âmbito, o autismo tem sido tema de importantes debates, tanto em nível nacional quanto global, em que diversos atores – alguns pais e familiares, profissionais, acadêmicos, gestores, os próprios autistas e outros ativistas – têm promovido ampla discussão, a partir de diferentes posições, sobre a organização de políticas de cuidado e o arcabouço legal de garantia de direitos desses sujeitos.

Cabe esclarecer que o transtorno do espectro autista (TEA) se caracteriza segundo o DSM-5 como um transtorno do neurodesenvolvimento, sendo que suas características são o déficit persistente na comunicação, na reciprocidade sócio emocional, déficit nos comportamentos comunicativos não verbais, padrões restritos e repetitivos de comportamento, apego a rotinas, interesses fixos e restritos fora da normalidade e intensidade ou foco, hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais.

O referido documento, preceitua ainda que esses sintomas devem estar presentes de modo precoce no período de desenvolvimento, podendo não serem plenamente perceptíveis até que as demandas sociais comecem a manifestar exigências. No entanto, o DSM-5 destaca que tais sintomas afetam o Funcionamento social e profissional e causam prejuízos significativos.

Nesse contexto, destaca-se a atuação dos movimentos sociais de autistas e pais de autistas em busca da inclusão desses estudantes tanto em nível educacional quanto no âmbito social.  No que diz respeito aos movimentos sociais, o que se percebe, a partir de autores como Touraine (2006) e Gohn (1997) é que movimentos sociais não se define de uma maneira simplicista uma vez que o tema traz em si certa complexidade histórica.  

Nesse sentido, Gohn (1997) aborda de modo detalhado os principais autores e teorias relacionadas aos movimentos sociais, dentre estes está o paradigma marxista na análise dos movimentos sociais, que a autora define da seguinte forma:

O que é destacado nos estudos marxistas contemporâneos é que os movimentos não surgem espontaneamente. O que gera os movimentos sociais são organizações de cidadãos, de consumidores, de usuários de bens de serviços, que atuam junto às bases sociais mobilizados por problemas decorrentes de seus interesses cotidianos.  (GOHN,1997, p,147)

Segundo a autora os movimentos sociais podem ser compreendidos numa perspectiva contemporânea como:

 ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam formas distintas de a população se organizar e expressar suas demandas (GOHN, 2011, p.335 ).

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