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A História da Educação

Por:   •  11/4/2018  •  Ensaio  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 – 2018.1

Disciplina: História da Educação

Coordenador (a): Maria de Lourdes Silva

Postar na Plataforma até 24/02/2018

Nome: Raquel Gama de Carvalho

Matr.: 17112080121

Email: raquelcomq@hotmail.com

Polo:  Itaguaí

Cidade onde reside: RJ

 

Caros alunos e alunas,

 

De um modo geral, os alunos costumam se perguntar ou perguntar aos professores porque estudamos história. Eu diria que a história é um modo de inserção na vida pública e de qualificação da participação política e social de cada um de nós. Através da história é possível denunciar injustiças e entender seus processos instituintes, embora nem sempre seja possível corrigi-los. Contudo, é a partir dela que nós alicerçamos nossas volições e ações para colaborar na construção de um mundo mais sensato e digno. A disciplina de História da Educação tem por objetivo refletir sobre processos diversos relativos ao campo educacional em nosso país ao longo do tempo e pretende contribuir, de modo particular, para uma maior compreensão dos debates e ações em torno da escola pública em nossa sociedade. Esperamos que a disciplina História da Educação traga contribuições positivas para a formação pessoal e profissional de cada um de vocês.

É bom lembrar que as ADs são tão importantes quanto as APs e esperamos uma intensa participação de todos. Em nossa disciplina as ADs têm peso 4 e as APs têm peso 6.  Um bom semestre e bons estudos para todos nós!

 

Maria de Lourdes Silva – Coordenadora de História da Educação

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1ª Questão: Observando a pintura sobre a 1ª missa no Brasil, de Victor Meirelles, percebem-se elementos da composição que demonstram os esforços dos jesuítas para educar-catequizar os povos nativos do Brasil. Associando a pintura à leitura do texto da primeira aula, “Educação jesuítica: contexto, surgimento e desdobramentos”, de Carin Carvalho, faça uma análise do projeto de educação jesuítica na América Portuguesa e:

  1. Explique o projeto da Companhia de Jesus no contexto das Reformas Religiosas europeias; (1,0) Resposta: A Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero, no Sec. XVI, transformou-se em uma luta pela liberdade de pensamento e atuação política e social, trazendo a necessidade de um novo sistema de ensino, que possibilitasse principalmente igualdade. Em resposta aos ataques à época, a Igreja decide contra-atacar, para retomar seu poder e impedir o avanço das Reformas, que atingiam seus interesses econômicos e políticos. Com o objetivo de dominação ideológica e doutrinária, em 1540, é criado a Companhia de Jesus ou Jesuítas, reorganizando a estrutura educacional. Pretendiam manter sua hegemonia anterior a Reforma de Lutero, era necessário que o crédito da ação do homem fosse em nome de Deus e sua individualidade e liberdade criativa fossem anulados e tanto o clero e alta burguesia se dobrassem ao sistema da Contra Reforma.

  1. Identifique como se articulava a ação educativa dos jesuítas com o projeto colonizador do Estado português; (1,0) Resposta: O envio de Jesuítas a Colônia Portuguesa, visava o adestramento dos gentios, já que eram vistos com tábuas brancas, ou seja, aculturados, entediam que era possível fazer com que se submetessem às ordens e interesses do Governo. Através da Catequização, implementavam os conceitos culturais que acreditavam ser necessários para alcançar os objetivos e interesses. A educação não era um meio de desenvolvimento do intelecto e sim de subjetivação e submissão. Era necessário que os índios obedecessem às ordens, fossem disciplinados, aceitassem de forma pacífica o trabalho escravo e tivessem o catolicismo como referência religiosa.
  1. Descreva dois momentos distintos da educação jesuítica recuperando seus métodos, propostas e finalidades. (1,0) Resposta: Os Jesuítas, ao desembarcar no Brasil em 1549(Padre Manoel da Nobrega), tinha um ensino pragmático, tendo métodos que reforçavam comportamentos de obediência aos interesses de dominação dos colonizadores. De forma a tornar esse processo mais natural possível, os Jesuítas se apropriavam da forma de vida dos gentios, conhecendo seus costumes, língua e formas de adoração, para que pudessem introduzir em sua rotina, seus objetivos de facilitar a implementação do sistema escravista- mercantilista de Portugal. A catequização, leitura e escrita e memorização eram os métodos utilizados. De 1570 a 1759(Orientação do Real Colégio das Artes de Coimbra), o Ratio Studiorum, que consistia na proposta de educação tradicional assistencialista do homem, reforçavam poucos autores, sempre ligados à Igreja e utilizavam técnicas de repetição e memorização, enfatizando a importância da noção hierárquica das relações, do silencio, disciplina, atenção, controle e meritocracia. O objetivo era a conformação do aluno da sua essência universal e imutável.

2ª Questão: No texto “A construção da escola pública no Rio de Janeiro imperial” de Tereza Fachada Levy Cardoso, temos alguns aspectos da formação da escola pública brasileira. Entre outras afirmações, a autora nos diz que a “educação pública não significava educação popular, comprometida com a cidadania e a constituição da nacionalidade” (2003, p. 10).

 

Com base no texto, responda:

  1. Após a expulsão dos jesuítas, a partir da segunda metade do século XVIII, como se organizou a educação no Brasil? Resposta: De forma centralizada, que visava a manutenção do sistema absolutista e mercantil. Marques de Pombal, realizava uma reforma educacional que atendia aos interesses anglo- portugueses e houve uma lacuna a ser preenchida com a expulsão dos Jesuítas e o desmantelamento educacional que essa medida causou à educação. As Aulas Régias foram as medidas paliativas ao precário momento, eram aulas autônomas, isoladas, com professor único em sem articulação com outras disciplinas. Percebia-se um direcionamento altamente instrucional, já que Portugal visava a passagem dos meios mercantilistas para o capitalismo industrial. A criação do “Diretor Geral de Estudos” foi direcionada à nomeação e fiscalização dos professores, o que deixava claro a intenção de uniformizar a educação.  

  1. Destaque como os debates do início do século XIX vincularam cidadania com a garantia de direito à educação. (1,5) Resposta: Os debates, feitos em Assembleia Legislativa de 1826, foram importantes para a criação da Lei de 15 de outubro de 1827, que passava a regulamentar o ensino primário, orientando as bases da educação na época. O vínculo com a cidadania se tornava muito difícil pela falta de abrangência da educação a todos, pois, apesar de gratuita, não era obrigatória e a responsabilidade da implementação e oferta do ensino não era do Estado. Com a instituição de um programa comum de estudos, a Lei molda uma escola Nacional, mas não tem alcance popular.

  1. As mudanças promovidas pelo Ato Adicional de 1834 para a educação nacional. (1,0)

Resposta: As principais mudanças, ocorridas com o Ato Adicional de 1834, estão na descentralização do ensino, a Câmara Municipal passa a administras as Escolas Menores e as inspeções de aulas e colégios se estendem às escolas particulares como direito. As avaliações de rendimento escolar dos discentes e desempenho dos docentes se tornam mais detalhadas, indo além da conduta moral. Os exames de admissão para o ensino, se tornam obrigatórios.

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