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A História da Educação

Por:   •  24/4/2019  •  Resenha  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  117 Visualizações

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História da Educação                        

Esta já consolidada uma distinção de primeira abordagem do campo de estudos históricos – educativos. Nele é distinguida a história da educação, a historia da pedagogia e a história da escola. Neste caso, o lema “história da educação”indica uma das partições dos estudos, com valor classificatório equivalente aos outros e subordinado com respeito o termo mais geral usado, seja ele “estudos-educativos” , seja o graficamente idêntico “história da educação”.

       Chegando-se á distinção nos subcampos, será logo evidente ao leitor que se trata de distinções esquemáticas de primeira referencias dos estudos que têm _ e não podem não ter _ múltiplos entrelaçamentos recíprocos.         

 A história seria referida aos processos educativos em qualquer que fosse o modo como ocorressem e independentemente do nível de consciência dos atores socais. Desse modo, seriam seus objetos de estudo da historia da infância – com as suasrelações familiares, suas relações nos processos produtivo, o imaginário no qual era compreendida e definida e assim por diante,  para dar um outro exemplo, a historia das relações formativas no trabalho – com a transmissão de saberes e as divisões e as divisões de tarefas, com as interiorizações das hierarquias e a formação de hábitos mentais e estilos de vida – pensemos nos tirocínios, nas oficinas artesãs e mesmo na manufatura e na própria indústria, nas varias formas de trabalho agrícola e de atividades laborativa. A maneira de consumir a historia da educação pode ser, portanto, muito diferenciada. Os seus objetos podem ser tanto processos conduzidos conscientemente – como, por exemplo, a educação dos filhos - quanto processos parcialmente consciente – como o adestramento profissional (que e contemporaneamente socialização, formação mental e cultural a introdução a vida adulta) -, quanto processos totalmente inconsciente ou que se apresentam como tais – como, por exemplo, o projeto e a venda de um produto (para o uso pressuposto, para os significados veiculados e as sugestões induzidas). Os seus objetos de estudo concernem indiretamente às instituições formais e mais diretamente aos usoscostumes sociais (o exercito, a escola, os institutos assistenciais, a organização esportiva e tudo quanto contribui para os processos de socialização: as formas  de devoção e penitência, os hábitos higiênicos, os costumes sexuais, os significados, as sugestões e os vínculos para os comportamentos da paisagem agrária e do território urbano, os ritos e festas e assim por diante.

 A história da pedagogia seria referida á historia das ideias pedagógicas. Uma velha solução é aquela de enfrentar o estudo das ideias dos pedagogos do passado. Como é óbvio, as elaborações que aspiram a ter uma relevância teórica devem ser discutidas também em nível de mérito, sobre o plano da sua elaboração. Mas atenção: história das ideias como objeto não implica necessariamente que ele seja desenvolvido segundo a história das ideias como método. Assim vem se afirmando um enfoque mais amplo e compreensivo. Cada ideia pedagógica deve ser contextualizada no seu tempo. E eis que a história da pedagogia passa pela historia das ideologias e das ideologias sociais – ou a leva em conta. Elas, por sua vez, tem sentido se reportadas ás sociedades onde nascem e às quais se referem e, em particular, às condições educativas (e a como são compreendidas). Eis que a historia da pedagogia se entende à história social da educação (e, ao lado dos pedagogos com pê maiúsculo, aparecem os educadores do cotidiano).

        A história da escola e das instituições educativas se configuraria como campo de estudos referido aos lugares formais de educação com uma consideração especial exatamente para a escola. Mesmo se o apelo às “instituições educativas” indique a consciência de que a escola não exaure a temática “institucional”, os estudos na direção não escolar não estão ainda satisfatoriamente desenvolvidos. Todavia novas atenções se apresentam (por exemplo, relativamente à assistência à miséria e ao abandono infantil), atingindo não somente o tipo de instituição estudada, mas também o modo de estuda-la. O enfoque tradicional voltado aos aspectos constitutivos de ordem legislativa ou normativa mostra-se por si só, parcial e insuficiente. Não poderá ser esquecido o complicado processo que leva dos comportamentos comuns às normas sociais e às normas jurídicas formais (lá onde existe um estado e uma pratica legislativa e jurídica de tipo moderno); contemporaneamente, não poderá ser esquecido também o simétrico e diferentemente complicado processo que se interpõe entre as normas jurídicas e as praticas sociais – nem é claro que um e outro tenham necessariamente causas de tipo pedagógico. (Pensemos, como um exemplo do primeiro problema, na passagem da difusão de praticas de alfabetização ao nascimento da escola como instituição, e, como um exemplo do segundo, nas relações entre consolidação formal da obrigatoriedade escolar e a difusão efetiva da escolarização como costume educativo). Além disso, a história das instituições não pode se limitar aos aspectos estritamente normativos: a instituição é governada (com formas de gerenciamento de decisões politicas, periféricas e centrais); é definida por espaços organizados, tempos administrados e modalidades internas de funcionamento; possui figuras profissionais e usuários próprios; possui relações externas com outras instituições, cm os contextos ambientais e a dinâmica social. Por outro lado, o conceito de instituição é um conceito ambíguo e mais complexo do que possa parecer: usamos instituição para indicar uma única escola e também para indicar o sistema escolar; e o que dizer das competências educativas da “instituição” municipal, das atividades da instituição eclesiástica, daquela militar? E não poderíamos chegar até as atividades formativas dos partidos e dos sindicados? E em determinados contextos históricos, certos eventos, festas ou ritos – religiosos civis esportivos, de diversão etc. –, não têm talvez um caráter ou um significado institucional? E, enfim, não se diz, também, que a família é uma instituição social? Eis que a historia da escola e das instituições educativas se alarga até a história social da educação (e as instituições formalmente definidas tornam-se lugares e espaços de determinação social e torna-se elástico o limite entre instituições educativas e aspectos educativos das instituições).

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