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A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  3/3/2019  •  Artigo  •  4.322 Palavras (18 Páginas)  •  130 Visualizações

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  1. PÉROLA ÍSIS NOGUEIRA ALVES (8007749)        
  1. Pedagogia

  1. A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – MÉTODO MONTESSORI

Tutor: Prof. Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas

Claretiano - Centro Universitário

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

2018

  1. A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – MÉTODO MONTESSORI

RESUMO: Este artigo visa apresentar a proposta pedagógica de Maria Montessori enquanto prática libertadora do ser humano, analisando os seus princípios e aplicações práticas, ressaltando a importância da autonomia para o desenvolvimento do conhecimento, através de uma pesquisa comparativa entre a bibliografia da autora Montessori e obras atuais relacionadas a pedagogia Montessoriana. Foi feita uma pesquisa bibliográfica usando os seguintes livros: A Criança, Mente Absorvente e Pedagogia Científica: a descoberta da criança, de Maria Montessori, e o livro Método Montessori: uma introdução para pais e professores, de Paula Polk Lilliard, além de diversos artigos relacionados ao método e ao princípio da autonomia.

1. INTRODUÇÃO

Existem várias concepções teóricas relacionadas ao desenvolvimento infantil apresentadas por diversos educadores e pensadores, entre elas o modelo pedagógico montessoriano, que é o objeto de estudo dessa pesquisa. O modelo se trata de uma pedagogia baseada em pesquisas científicas e empíricas que destaca a liberdade, a autoeducação e os estímulos físicos sensoriais.

Maria Montessori dedicou sua vida ao estudo do desenvolvimento infantil, compondo vários livros, sendo Pedagogia Científica (1909) o primeiro e mais conhecido, que expõe e descreve seu método. Idealizou e produziu um vasto material pedagógico, estratégias de ambientação do espaço e mobiliário, além de orientar o educador em sua atuação para que essa seja a mínima possível e assim a criança desenvolva a autonomia. Suas ideias disseminaram-se pelo mundo todo e existem diversas escolas montessorianas, porém ainda existe pouco conhecimento relacionado a formação do professor, o que causa certa rejeição dos profissionais.

A educação pública brasileira segue a linha tradicional, a qual é claramente defasada, principalmente em Matemática conforme indicadores do MEC, enquanto muitas escolas montessorianas particulares apresentam resultados bem satisfatórios. Pais e educadores comprometidos com a formação integral e social das crianças, precisam revisar suas práticas, aderindo a premissa “Criança independente é feliz” e visando construir uma base emocional que facilite o desenvolvimento futuro.

O Método Montessori defende a liberdade da criança escolher o que quer aprender, sendo o professor apenas um guia que prepara o material e os ambientes. Sendo “livre” para realizar descobertas, a criança aprende a se conhecer, encontrando interesses no aprendizado através de estímulos sensoriais físicos e mentais, logo busca máxima eficiência para realização pessoal e não por necessidade de aprovação externa. Essa base independente auxilia na aquisição futura de conceitos, além de contribuir para um emocional saudável, pois aprende a lidar com frustações e desafios, tornando-se uma pessoa resiliente.

Essa pesquisa bibliográfica proporciona uma base para futuros estudos de campo e investiga os princípios do método montessoriano que contribuem com o desenvolvimento da autonomia na educação infantil e sua importância no processo de construção do conhecimento, assim como descreve o método, os materiais e possíveis resultados de sua aplicação.

O estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica seletiva, possuindo como leitura base os três livros de Maria Montessori: Pedagogia Científica (1909), A criança (1941) e Mente Absorvente (1949) que descreverão o seu método apresentando os princípios para a aplicação. Após a leitura base para tomar conhecimento do assunto, foi feita uma análise de obras atuais relacionadas ao método montessoriano com o intuito de verificar validação atual dos conceitos. A seleção envolve artigos selecionados em diretórios universitários procurando encontrar tendências na documentação obtida, assim como categorizando os dados para encontrar campos de sentido, identificando e selecionando fatos de significação para o tratamento analítico. Todos os dados foram submetidos a análise interpretativa, sendo as conclusões expostas apresentando um resumo das análises mais importantes, além de expor as limitações e as recomendações. Em síntese é apontado a importância do princípio da autonomia na construção do conhecimento em crianças na educação infantil.

2. DESENVOLVIMENTO

Maria Montessori

Nascida em 1870, em Chiaravalle, Itália, Maria Tecla Artemesia Montessori, não decidiu cedo que seria educadora. Possuía habilidades em Matemática, levando-a cursar o ensino técnico de Engenharia, porém apaixonara-se por Biologia, e decidira ser médica. Houve necessidade de se conversar com o reitor da universidade para que uma mulher pudesse fazer o curso. Ao contrário do que se pensa, Montessori não foi a primeira mulher a se formar médica na Itália, mas a terceira e a segunda a exercer a profissão de médica na Itália e durante toda a graduação sofreu a segregação típica da sociedade da época.

Formada, em 10 de julho de 1896, Dr.ª Montessori foi trabalhar na Psiquiatria. Em diversas visitas a asilos, percebeu que o tratamento dispensado às crianças era desumano e buscou compreender as crianças e seu desenvolvimento, encontrando e encantando-se sobremaneira com as informações de Séguin sobre a sensibilidade sensorial da criança pequena e com os materiais que o pesquisador havia desenvolvido, a partir dos quais surgiram muitos dos que seriam, mais tarde, os materiais de desenvolvimento, utilizados em salas montessorianas por todo o mundo.

Aos vinte e oito anos, Montessori defendeu no Congresso Médico Nacional, em Turim, a tese de que a causa principal dos atrasos apresentados pelas crianças portadoras de distúrbios de comportamento e aprendizagem era o seu ambiente ausente de estímulos para o desenvolvimento adequado. Montessori envolveu-se com a Liga para a Educação de Crianças com Retardo (por forte que hoje nos pareça o nome, à época não seria considerado assim) e lá conheceu o médico Giusseppe Montesano, com quem foi escolhida para a codireção de uma nova instituição: a Escola Ortofrênica. Ortofrenia é o nome que se dava aos processos de tratamento das necessidades especiais apresentadas pelas crianças.

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