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A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Por:   •  18/9/2019  •  Monografia  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  170 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Graziele Pereira Rodrigues[1]

grazielerodrigues0018@hotmail.com

Elenice Israel da Silva[2]

elenice.silva@uniube.br

RESUMO

O presente trabalho tratou sobre a importância da brincadeira no processo de ensino e aprendizagem. Sabe-se que a brincadeira é uma prática social e que faz parte da cultura do ser humano. Além de fazer parte do divertimento da criança, ainda pode ser considerado como uma ferramenta muito eficiente utilizada pelo docente. O trabalho é de abordagem bibliográfica, a pergunta problema que define a pesquisa é: Qual é a influência da brincadeira como instrumento metodológico no processo de ensino? Como objetivo geral: Entender a brincadeira como facilitador da aprendizagem. Os objetivos específicos foram: analisar a postura do docente enquanto educador e a importância do seu papel.

Palavras-chave: Brincadeira. Criança. Educador. Cultura.

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a brincadeira pode ser considerada como uma prática sócio educativa que influi diretamente no processo de ensino e aprendizagem da criança. Essa metodologia também pode contribuir para que o fracasso escolar seja cada vez menor e que a qualidade do ensino cresça significativamente.

O mundo contemporâneo demanda grandes mudanças. A tecnologia avança a cada dia em todas as áreas. E na educação não deixa de ser diferente. Pode-se considerar essa área, uma das mais importantes na vida do ser humano. E assumir o papel de educador é um grande desafio.

As modernidades exigem recursos dinâmicos e atraentes. O ensino tradicional acaba dando espaço para outros investimentos que auxiliam a qualidade do ensino. Uma delas, é a brincadeira. Esse é um instrumento mais poderoso do que se possa imaginar. Porém, não é somente deixar a criança brincar de qualquer forma. Ou seja, não é impor (isso nunca funciona) e sim, deve-se orientá-la para que ela por si só consiga se direcionar no caminho certo, respeitando seu tempo, sua individualidade e buscando envolve-la em um ambiente acolhedor.

É necessário que o professor saiba desenvolver metodologias adequadas e atraentes para que o ensino seja realizado com qualidade e consequentemente, a aprendizagem seja efetiva.

Diante do exposto, percebemos que o professor é peça fundamental no processo de ensino e aprendizagem e que o ensino exige inovações.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A brincadeira

De acordo com Bahia (2009) a brincadeira é a principal característica da infância. Ela está sempre presente na vida das pessoas e com o passar dos tempos, vai se aperfeiçoando e se transformando de acordo com as modernidades que vão surgindo. Além disso, a brincadeira é algo que faz parte da cultura do ser humano.

Segundo Áries (1991) nas sociedades antigas, a brincadeira era encarada como algo “moral” visto através dos moralistas e também pela igreja, onde estava associada aos prazeres da carne, ao azar e ao vício. Infelizmente, nessa época, a criança era vista como um “adulto em miniatura” e as maiores de 4 anos participavam das mesmas brincadeiras dos adultos. Não existia separação. Somente muito tempo depois, foi entendido que a criança é um ser puro e que necessita dos cuidados do adulto, de maneira respeitosa.

No final do século XIX e início do século XX iniciou-se o processo da brincadeira com a inserção de materiais pedagógicos. Esse foi um período de grandes transformações. A tecnologia começava a “engatinhar” (ÁRIES, 1991).

Segundo Kishimoto (1998) a brincadeira no âmbito infantil, teve como pioneiro o docente alemão Friedrich Froebel, reconhecido como o “psicólogo da infância”. O estudioso considera a brincadeira como essencial nesse período da vida da criança e completa que essa atividade promove o desenvolvimento intelectual e físico, além de propiciar os momentos de interação e afetividade com outras crianças.

Kishimoto (1998) destaca ainda, que as ideias de Friedrich Froebel teve impacto em todos os países na questão da criação dos jardins de infância. Porém, depende muito da cultura de cada um deles para desenvolver as metodologias adequadas no processo da brincadeira no ensino e aprendizagem.

Ainda de acordo com as referências de Kishimoto (1998) sobre Froebel, a brincadeira permite uma gama de variações, podendo ser, principalmente, livre, que é fundamental para que a criança tenha mais autonomia e orientada, onde o docente irá orientá-lo para que o ensino seja mais rico em experiências.

De acordo com Bahia (2009) a imaginação e a imitação são aspectos predominantes na brincadeira. Por exemplo, fingir que está dormindo ou criando comidinhas imaginárias. A criança utiliza as ações do cotidiano, se espelhando no adulto para tentar reproduzir as brincadeiras. Isso pode ser considerado como uma metodologia de ensino.

2.2 A brincadeira como instrumento pedagógico na construção do conhecimento

Segundo Bahia (2009) e como já mencionado anteriormente, a brincadeira é essencial no processo de ensino e aprendizagem, especialmente, na infância, onde tudo é novidade. Inclusive, a brincadeira traz outros benefícios, como, o desenvolvimento da criança em todos os aspectos.

A brincadeira cria na criança uma nova forma de desejos.  Ensina-a a desejar, relacionando os seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel na brincadeira e suas regras.  Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade (VYGOSTSKY, 1984, p.114).

Bahia (2009) destaca que a ideia de Vygotsky (1984) sobre a brincadeira não é apenas relacionado ao prazer e sim, como facilitador da aprendizagem. É imprescindível que o docente compreenda as necessidades e gostos da criança, para que seu trabalho seja realizado da melhor forma possível e com qualidade.

De acordo com as concepções de Piaget (1998) o jogo é fundamental na vida da criança. E em cada faixa etária, o jogo é visto de forma diferente. O autor explica que as atividades lúdicas são elementos obrigatórios das atividades cognitivas da criança, tornando-se indispensáveis.

Cole (2014) reforça que a brincadeira cria uma “zona de desenvolvimento proximal”. Ou seja, é o desenvolvimento determinado pela condição de resolver um problema e o atual desenvolvimento potencial, através de se resolver o problema sob a supervisão de um adulto.

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