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A INCLUSÃO DO ALUNO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NO ENSINO REGULAR

Por:   •  17/4/2019  •  Artigo  •  1.498 Palavras (6 Páginas)  •  231 Visualizações

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A INCLUSÃO DO ALUNO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NO ENSINO REGULAR

Carla Figura Wille1

RESUMO: Introdução: A inclusão da criança portadora de deficiência no ensino regular tem sido um dos maiores desafios da educação no mundo todo. A educação das pessoas com deficiência, especialmente aquelas com maior nível de comprometimento, tem por finalidade básica proporcionar condições que favoreçam o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, visando a sua autorrealização, aprendizagem, inclusão social e independência. Dentro da escola deve-se mudar as práticas discriminatória que é um verdadeiro desafio, onde necessita transformações no modo do professor e aluno avaliarem o processo de ensino e aprendizagem. Essas práticas necessitam a negação do caráter padronizador da aprendizagem e eliminam todas as demais características excludentes das escolas comuns, que trabalham com propostas pedagógicas conservadoras. Visto que, uma prática inclusiva envolve a cooperação entre todos os alunos, é também reconhecer que ensinar uma turma é trabalhar com uma grande diversidade, reconhecendo a importância de cada um. Desta forma, nas subdivisões de uma turma, os alunos portadores de deficiência podem e devem interagir com qualquer grupo de alunos, sem formar grupos separados de apenas alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagens. Para que aconteça realmente uma proposta educacional inclusiva, o professor precisar contar com o apoio da direção da escola e de especialista (orientadores, supervisores educacionais entre outros), que adotam uma gestão escolar inclusiva e participativa. Sendo assim, para elaboração deste trabalho, optou-se pelo tema “A inclusão do aluno portador de deficiência no ensino regular”. Objetivo: entender o processo de inclusão do portador de deficiência na escola regular, bem como da importância do professor e da família neste processo. Materiais e Métodos: a pesquisa qualitativa e bibliográfica tendo o suporte metodológico em Fonseca (2002) e Gil (2007) e os estudos teóricos embasados em Fonseca (1999), Boneti (1993), Sassaki (1999), Mantoan (1997), entre outros. De grande valor onde pode-se conhecer através da bibliografia especializada o processo de inclusão de portadores de deficiência no ensino regular, e da importância do professor e da família neste processo. Resultados e discussões: com a atenção dada à situação do atendimento feito pelas escolas brasileiras, onde a educação para todos é um compromisso assumido pelo nosso país no combate à exclusão de qualquer pessoa do sistema educacional, sendo que as escolas vem desempenhando relevante papel no processo de inclusão das pessoas com deficiência, ao efetivar na prática. Alguns alunos exigem apoio adicional, outros adaptações, outros ainda, equipamentos específicos, recursos estes possíveis de serem ofertados pelos diferentes segmentos da sociedade. A inclusão social do indivíduo com deficiência, se constitui em uma questão pertinente da sociedade, promovendo a criação de condições que favoreçam a sua autonomia. A política da inclusão social baseia-se em princípios diferentes do convencional que são: a aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana, aprendizagem por meio da cooperação que implica na conquista do seu espaço social, mediante as interações que se estabelecem no interior dos grupos sociais, através de uma participação real das pessoas como membros ativos e produtivos da sociedade. Para Baptista (2006, p.26) a prática da inclusão “propõe um novo modelo de interação social, no qual uma revolução de valores e atitudes exige mudanças na estrutura da sociedade e da própria educação escolar”. Pois é na escola que as diferenças são vivenciadas pelas crianças, e que pode ser confirmada e valorizadas, fomentando a solidariedade entre todos os alunos e contribuindo para a melhoria da qualidade de ensino. Já Sassaki (1999), em sua análise afirma que a cultura escolar muitas vezes exclui e desvaloriza a cultura viva da qual participa a criança em seu processo de socialização, transformando o que seria um diálogo entre diferentes culturas, num monólogo onde a voz da criança não é ouvida. A escola, entretanto, pode-se constituir em um espaço privilegiado que permite à criança revelar e afirmar sua cultura no seu processo de socialização, por meio das trocas efetivas e significativas, tanto sua identidade individual quanto aquela do grupo ao qual pertence. Deste modo, estará contribuindo através da criação de um espaço real de ação e interação, com a inclusão social da criança. De acordo Schwartzman, (1999, p.233), a educação de uma criança deficiente é “uma atividade complexa, pois exigem adaptações de ordem curricular e rigoroso acompanhamento dos educadores e pais, e sua evolução gradativa deve ser respeitada”. A inclusão deste aluno deve ser planejada coletivamente, envolvendo alunos, pais, e avaliado sob as perspectivas de todos os envolvidos, assim como requer de currículos adequados, adaptados, com a prática pedagógica flexível, com arranjos e adaptações que favoreçam o maior desenvolvimento possível, quanto ao ajuste sócio educacional em termos de nível de independência e de qualidade de vida para o aluno. A inclusão do portador de deficiência no ensino regular alerta para a promoção de um ensino que corresponda não somente as necessidades específicas deste aluno, mas que corresponda também aos interesses e necessidades de todos os alunos da classe. Conforme Mendes (2002), para atender às necessidades educacionais dos alunos é necessário que a escola se modifique. Caberá a ela atender a uma parcela social que, até então, esteve excluída de seus projetos e planos de trabalho, ainda que estivesse presente em suas dependências, seja na classe especial, na sala de recursos ou na classe comum. Para atender estas necessidades dos portadores de deficiência, requer a adaptação do ensino, que entre outros aspectos significa alocar os recursos humanos na escola, para trabalharem conjuntamente no sentido de desenvolver métodos e programas de ensino adaptados a nova situação, bem como para atuarem em conflitos e desafios que toda a situação educacional apresenta. Conclusão: a presença de crianças portadoras de deficiência não se constitui num problema para a escola, mas uma possibilidade de aprendizagem e enriquecimento para todos (BONETI, 1993). O professor deve analisar qual o tipo de dificuldade e fazer as devidas adaptações para que se construa o processo de ensino e aprendizagem. Por isso, considera-se que o processo educativo que se dá dentro da escola, seja ela de qual for a faixa etária, deve estar revestido com movimentos, cores, sons, emoções, relacionamentos com pessoas e dados concretos, além de permitirem que a aprendizagem se constitua por meio de outras abordagens. A escola deve ajustar-se a cada criança e não a criança adaptar-se ao ritmo do processo educativo. Uma escola centralizada na criança é a base para a construção de uma sociedade centralizada nas pessoas, que respeita tanto a dignidade como as diferenças de todos os seres humanos. Os portadores de deficiência desafiam a escola na sua maneira de ensinar, de levar o aluno aprender um determinado conteúdo curricular, que vise a construção do conhecimento. Pois o aluno portador de deficiência tem sua maneira própria de lidar com o conhecimento, e não segue os modelos que a escola deseja. Na verdade, não corresponder com que a escola deseja pode vir acontecer com qualquer aluno, mas os alunos com deficiência denunciam a impossibilidade da escola em atingir o seu objetivo padronizado. Não existem receitas sobre a melhor forma de incluir os alunos portadores de deficiências, mas é preciso acreditar no potencial de cada criança. Entende-se que para haver mudança é preciso reconhecer que são necessários esforços para que se desfaçam crenças tão arraigadas. Um primeiro passo é conscientizar as pessoas que ninguém é perfeito e de que a condição humana é um ser incompleto, pois com o outro as pessoas se completam, bem como reveza o predomínio do ser diferente. Segundo Mantoan (1997), a visão do mundo infantil se constrói com base no diálogo entre a criança e grupos sociais com os quais interage, estando a família na sua referência de base. Visto que, a integração familiar ajuda a criança portadora de deficiência a alcançarem seu potencial mais alto. Essa integração se traduz em realizar para a criança um futuro mais independente. Uma das características das famílias bem integradas, é que estão altamente envolvidas em apoiar os programas de atendimento do seu filho. Pois, os pais que participam ativamente contribuem muito para que o programa tenha êxito (MANTOAN, 2001). Conseguir a integração da família com especialistas e até mesmo a escola, buscando um trabalho em conjunto em prol do desenvolvimento da criança.

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