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A INSERÇÃO DA LÍNGUA INGLESA NO CURRÍCULO DOS ANOS INICIAIS: INICIATIVA, DESAFIOS E PERSPECTIVAS SÓCIO INCLUSIVAS

Por:   •  11/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.925 Palavras (12 Páginas)  •  360 Visualizações

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A INSERÇÃO DA LÍNGUA INGLESA NO CURRÍCULO DOS ANOS INICIAIS: INICIATIVA, DESAFIOS E PERSPECTIVAS SÓCIO INCLUSIVAS

RESUMO

Este projeto tem a finalidade de analisar a inserção da disciplina de Língua Inglesa como componente curricular por parte das políticas socioeducativas no Ensino Infantil e Ensino Fundamental I, em uma das escolas municipais da rede de ensino de Fernandópolis-SP. Com isso pretende-se discutir a importância da disciplina nos anos iniciais para o melhor desenvolvimento das habilidades comunicativas dos alunos, a oferta da disciplina no ensino público para comunidades menos privilegiadas, a fim de favorecer a inclusão social e garantir o efetivo sucesso desta ação. Além disso, deve-se analisar o aporte pedagógico utilizado no ensino desde componente observado o disposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira e legislação atual para verificar quais desafios advém dessa implantação e por fim coletar da comunidade escolar (docentes, equipe gestora, e secretaria da educação) as crenças e expectativas sobre o ensino em questão. O estudo poderá ser relevante pois existem diversos trabalhos acadêmicos dedicados à qualidade da formação, a composição curricular, e a metodologia do docente que leciona a língua estrangeira, mas é pouco investigado o seu campo de atuação e os desafios de ensinar crianças cada vez mais jovens devido ao fenômeno crescente da inserção desta disciplina nas escolas de todo o país, sobretudo nos níveis de Ensino Infantil e Ensino Fundamental I.

Palavras chaves: Currículo, Língua Estrangeira, Inglês, Ensino Infantil e Ensino Fundamental.

APRESENTAÇÃO DO TEMA

A aquisição de uma língua estrangeira é um portal para oportunidades no mundo moderno globalizado, sobretudo o inglês cuja importância tem se afirmado pela exigência deste saber para a qualificação profissional e o entendimento das linguagens tecnológicas e sociais. As políticas educacionais a incluem nos currículos escolares, pois a oferta desta disciplina no ensino público tem sido considerada parte importante na formação dos alunos, até mesmo nos anos iniciais.

O ensino de Língua Estrangeira no currículo do ensino público no Brasil passou por diversos processos históricos, sociais e epistemológicos, com avanços e retrocessos (PAIVA 2003, p.64) criando-se ao longo do tempo, a partir de estudos, currículos que objetivavam contemplar as necessidades do aluno para atuar ativamente na sociedade. De acordo com Souza (2001) estudar mudanças nos currículos na atualidade se fazem importantes pois sua composição molda e define as competências e sobretudo a atuação do indivíduo na sociedade. Ademais Souza (2001, p.2) nos faz atentar para a discussão pois “recentemente, o debate sobre tempos, espaços e saberes escolares vem marcando o campo da educação brasileira e internacional”.

A inserção do inglês no currículo do fundamental no primeiro ciclo e ensino infantil não é obrigatória de acordo com a lei 9.394/96 (BRASIL,1996) no entanto, a oferta precoce da disciplina tem sido um fenômeno crescente por iniciativa de muitas escolas em todo o país. Desde o advento da municipalização , teve-se maior abertura na escolha dos componentes curriculares observando a importância socioeconômica local e as competências e habilidades desejáveis para o desenvolvimento do aluno.

Com base no exposto, o ensino da Língua Inglesa no currículo dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Fernandópolis – SP tornou-se objeto de pesquisa pela iniciativa da inserção da disciplina nos anos iniciais para os alunos da escola pública, a partir do maternal até o quinto ano do ensino fundamental.

Neste estudo pretende-se discutir, a importância da inserção desse componente desde os anos iniciais para o melhor desenvolvimento das habilidades comunicativas dos alunos como oportunidade de inclusão social, e investigar como se ampara o processo de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa no município de Fernandópolis-SP, já que os PCN’s e documentos oficias preveem o ensino apenas a partir do segundo ciclo, bem como coletar as crenças por parte dos docentes e gestores acerca das expectativas advinda desta prática.

Finalmente um questionamento importante é que teoricamente, o aluno desta rede terá tido oportunidade de aprender língua estrangeira por muitos anos, haja vista que o ensino inicia no maternal (ensino infantil) e vai até o quinto ano do Ensino Fundamental e dará continuidade no segundo ciclo até o Ensino Médio, com isso terá sido 15 anos de estudo de uma determinada Língua Estrangeira, terá este aluno competências e habilidades suficientes?

Deste questionamento surge a necessidade de verificar se as pessoas envolvidas neste processo creem que o ensino da disciplina poderá gerar igualdade de oportunidade para os alunos da rede e contribuir efetivamente para a inclusão social, haja vista os desafios para a adaptação da abordagem e metodologia utilizada de acordo com a faixa etária em questão, não prevista pelos documentos oficiais e nem no preparo do docente.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Uma das bases epistemológicas que sustentam este projeto é a discussão da importância da inserção da Língua estrangeira no ensino infantil e nos primeiros cinco anos do Ensino Fundamental da rede pública, de modo a entender e justificar a crescente tendência em incluir a disciplina para alunos cada vez mais jovens.

Para esclarecer essa importância vou apropriar-me da teoria sócio histórica de Mikail Bakhtin e a relacionar com o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança de Lev Vigotsky, de modo que possamos entender a necessidade da inclusão da Língua estrangeira desde cedo no cotidiano escolar do aluno e justificar a inserção da disciplina no currículo do Ensino Infantil e Fundamental de primeiro ciclo.

A partir do entendimento da língua(gem) como parte integrante do indivíduo e da sociedade ela pode ser enxergada como o “produto da interação entre dois indivíduos socialmente e, pode-se acrescentar, historicamente organizados” (AMORIM, 2014, p.359) uma vez que “ A situação social mais imediata e o meio social mais amplo determinam completamente e, por assim dizer, a partir do seu próprio interior a estrutura da enunciação” (VOLOSHINOV/BAKHTIN, 2006, p.117) assim presume-se a importância do domínio da linguagem pelo indivíduo como parte da sua

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