A PEDAGOGIA COMO CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PEDAGOGIA COMO CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO

FRANCO, Maria Amélia do Rosário Santoro. Pedagogia Como Ciência da Educação. 2 ed. Revista e Ampliada. São Paulo. Cortez, 2008. 168p.

Maria Amélia Santoro Franco, pós-doutorado em Pedagogia ( 2011), doutora em Educação pela USP (2001); Mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP( 1996); graduada e licenciada em Pedagogia pela PUCCAMP (1968). É pesquisadora 2 do CNPq; pesquisadora do GEPEFE (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação do Educador) na USP e pesquisadora na Universidade Católica de Santos. Tem experiência na área de Educação, investigando a formação de professores a partir dos seguintes recortes: a cientificidade da Pedagogia; modelos colaborativos (formativos) de investigação educacional; epistemologia da prática pedagógica e da pratica docente. Tem se dedicado a pesquisas sobre a epistemologia da pesquisa-ação e suas possibilidades na compreensão/transformação da prática docente. Tem vários livros publicados.

A obra Pedagogia Como Ciência da Educação, elaborada pela doutora em educação Maria Amélia Santoro Franco, aborda diversas análises acerca da pedagogia e sua trajetória histórica com ênfase nas áreas de ciências, artes, filosofia etc., reafirmando as cientificidades e importância da pedagogia, apoiada a pratica educativa reflexiva.  

No decorrer de 168 páginas, a obra está dividida em quarto capítulos, sendo que o primeiro capítulo relata os caminhos históricos da Pedagogia inclusive algumas compreensões da história da pedagogia como ciência da educação, no segundo, a pedagogia como ciência da educação, especificidade do objeto de estudo, também  a metodologia formativo emancipatória, terceiro, pedagogo: cientista educacional?, e reflexões quanto a formação de pedagogos, e no quarto pedagogia: questões contemporâneas, bem como o que pode e deve ser a pedagogia hoje.

Fundamentada por alguns pesquisadores, Maria Amélia percorre no primeiro capítulo a trajetória histórica da pedagogia, às vezes tratada como arte, como ciência, como técnica aplicada, evidenciando muitas dificuldades no debate de sua epistemologia. Para estruturar, organizar melhor essa questão a autora aborda três concepções: A pedagogia filosófica com suas três dimensões históricas, (metafísica, social e idealista dialética), enfatizando que a ação pedagógica é voltada para a educação integral do homem, em todas as suas dimensões, com o intuito de melhorar as condições de relações interpessoais, tanto de vida como de sentido. A pedagogia técnico-científica baseada no positivismo e absorvendo diversas influências filosóficas, psicológicas e sociológicas e de seus teóricos, tem seus fundamentos metódicos experimentais que inicia no racionalismo empirista, sua perspectiva é a normatizar e prescrever a prática educativa voltada para a inserção social dos educandos. A Pedagogia crítico-emancipatória, sustentadas na teoria marxista, propõe uma ação pedagógica para formar indivíduos na e para a práxis, conscientes de seu papel na conformação e transformação da realidade sócio histórica. Portanto, nas três abordagens dessas configurações, a pedagogia se mostra como ação social de organização da educação de uma sociedade, é também “refletidora”, organizadora ou transformadora da pratica docente. A autora ainda afirma que diante dessa sociedade brasileira, marcada por intensas desigualdades sociais, culturais e políticas, só poderá ser exercitada a ação educativa mediante a emancipação dos sujeitos, assim a humanização será possível pela transformação das condições que produzem essa realidade discriminatória.

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