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A PRÁTICA DE ENSINO

Por:   •  6/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  69 Visualizações

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PRÁTICA DE ENSINO 

Aluna: Elisiane Ribeiro da Silva dos Santos

RGM: 26231191

Polo: Itaboraí

Tutor: Antônio Leonardo de Souza Silva

PRESSUPOSTOS E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DOS GESTORES NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E EDUCACIONAL.

Introdução

A questão do analfabetismo no Brasil retrata uma infância perdida, pois milhões de crianças, apesar da proibição do trabalho infantil na legislação brasileira, faziam parte da agricultura familiar e outros tipos de geração de renda e assim eram obrigadas, muitas vezes, a abandonar a escola, devido essa necessidade de sobrevivência da família e falta de políticas que facilitassem o acesso e a permanência, bem como uma educação que não visasse apenas o simples ler e escrever.

Tal fenômeno ocorreu e ainda ocorre atualmente, mesmo que em menos proporção que nas décadas anteriores. Tal trajetória desencadeou no enorme quantitativo de jovens e adultos que não tiveram seus direitos de desenvolvimento e de aprendizagem respeitados desde a infância - especialmente afrodescendentes pelo contexto histórico social de exclusão e racismo muito expressivo na realidade brasileira, como fruto também da escravidão e seus reflexos.

Desenvolvimento

De acordo com Bittar e Bittar (2012) as décadas de 30 e 40 foram marcadas pelos ideais capitalistas de necessidade de formação de mão de obra para abastecer  o desenvolvimento econômico do país, além de uma integração entre educação e valores moralistas que perpetuassem as ideologias sociais que favoreciam o controle sobre a sociedade.

Esse período na história da educação demarca um período de grande desigualdade social e até os anos 60 foram realizadas diversas reformas educacionais, incluindo a primeira legislação que regeria os sistemas e concepções de ensino e da infância no Brasil (atualizada nos anos 90) – porém as desigualdades ainda eram reforçadas nas práticas educacionais e socioculturais.

Isto acontecia devido ao fato de que o ensino se subdivida ainda com os seguintes focos: na educação primária (pensando a infância apenas com foco no cognitivo e muito tradicional) e na seletividade do ensino fundamental que promovia a elite, mantendo seu status na economia, nas artes, na formação mais abrangente, enquanto os menos favorecidos que não tinham possibilidades de acesso a escolas de formação mais integral ou transporte, meios mínimos de subsistência etc. para permanecer na escola, eram cada vez mais excluídos da progressão escolar e na vida.

Os índices de evasão e distorção idade x série eram fatores de exclusão social, principalmente diante dos alunos negros que em sua maioria viviam nas escórias da sociedade, sem condições básicas em seus direitos humanos, a discriminação se fazendo muito evidente, sendo oferecido os trabalhos mais braçais já que os demais eram oferecidos àqueles que tinham os melhores currículos (ROMÃO, 2005). E mesmo que estes também já os tivessem, o racismo que ainda se faz enraizado nas relações sociais no Brasil, reforçando até hoje as desigualdades, tanto na educação como em todo âmbito social.

Considerações Finais

O panorama histórico aqui apresentado não demonstra a vasta trajetória da educação brasileira no Brasil, especialmente a pública. Esta que demonstra a possibilidade de oferecer a todos os brasileiros o acesso à educação de forma justa e igualitária, porém mesmo com tantas legislações que abarcam essa tentativa, ainda se verifica, evidentemente na Educação de Jovens e Adultos um retrato obscuro das desigualdades sociais tão presentes nas realidades dos educandos.

A população afro-brasileira viveu e vive uma transformação, ainda que a passos lentos, de sua trajetória de inclusão social, claramente se sabe que a desigualdade atinge a todos, independente de sua etnia ou raça, porém o contexto brasileiro é demarcado pela escravidão e suas correntes de discriminações e preconceitos no seio das relações sociais em todas as esferas. E na educação, a Lei 10.639/2003 é um atravessamento nessas questões, trazidas para a escola.

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