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A Pedagogia Soviética

Por:   •  22/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  9.248 Palavras (37 Páginas)  •  712 Visualizações

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Universidade federal de alagoas

Centro de educação

Curso de licenciatura plena em pedagogia

Alexandra de Lima Oliveira

Danielle Costa dos Santos

Karollayne Maria da Silva Barbosa

Lourenne Machado de Lima

Maria Laís Ferreira de Omena

Tatiane Amorim Cerqueira

    A pedagogia soviética da década de 1920

Maceió

2017

Alexandra de Lima Oliveira

Danielle Costa dos Santos

Karollayne Maria da Silva Barbosa

Lourenne Machado de Lima

Maria Laís Ferreira de Omena

Tatiane Amorim Cerqueira

A pedagogia soviética da década de 1920

Trabalho elaborado para a disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação ministrada pelo prof. Wilson Correia Sampaio, como requisito parcial para obtenção de nota.

 

 

Maceió

2017

Introdução

O trabalho desenvolvido tem como objetivo apresentar de forma clara todo o processo da Pedagogia Soviética na década de 1920. O trabalho está divido em três partes: contexto histórico, Pedagogia Soviética (os autores), e a conclusão. Devido a enorme variedade de questões acerca de tão complexo tema, consideramos válida a análise de diferentes textos. Ressaltamos, contudo, que as afirmações feitas durante o trabalho, referem-se tão somente ao texto, sem revelar em ocasião alguma, opiniões pessoais dos integrantes do grupo.

Contexto Histórico

A Insurreição de 1905

A revolução russa de 1905 foi um movimento espontâneo, antigovernamental, que se espalhou por todo o império russo, aparentemente sem liderança, direção, controle ou objetivos muito precisos. Geralmente é considerada como o marco inicial das mudanças sociais que culminaram com a revolução de 1917. Já antes de 1905, o Império Russo passava por uma grave crise política. Desde a emancipação dos servos (1861), o país vivia uma rápida transição do feudalismo para o capitalismo. Os servos haviam sido libertados e passaram a ter o direito de comprar as terras onde trabalhavam. Entretanto, os ressarcimentos devido aos seus senhores, como compensação dos direitos recém-adquiridos, levaram-nos, na prática, a permanecer na mesma situação de miséria. A construção da Ferrovia Transiberiana e as mudanças econômicas levadas adiante por Sergei Witte atraíram o capital estrangeiro e estimularam uma rápida industrialização nas regiões de Moscou, São Petersburgo, Baku, bem como na Ucrânia, suscitando a formação de um operariado urbano e o crescimento da classe média. Essas classes eram favoráveis a reformas democráticas no sistema político. Entretanto, a nobreza feudal e o próprio czar procuraram manter o absolutismo russo e sua autocracia intactos a qualquer custo. Finalmente, o desempenho desastroso das forças armadas russas na Guerra Russo-Japonesa (1904 - 1905) intensificou essas contradições e precipitou os acontecimentos, sendo essa derrota considerada como causa imediata da Revolução de 1905. No domingo do dia 22 de janeiro de 1905 (9 de janeiro, segundo o calendário juliano, vigente no país, na época), foi organizada uma manifestação pacífica e em marcha lenta de um milhão e meio de pessoas, liderada pelo padre ortodoxo e membro da Okhrana, Gregori Gapone, com destino ao Palácio de Inverno do czar Nicolau II, em São Petersburgo, com o objetivo de entregar uma petição, assinada por cerca de 135 mil trabalhadores, reivindicando direitos ao povo, como reforma agrária, tolerância religiosa, fim da censura , a presença de representantes do povo no governo e melhores condições de vida. Segundo algumas fontes, durante a caminhada, eram cantadas músicas religiosas, e também a canção nacional “Deus Salve o Czar”. O grão-duque Sergei Alexandrovitch ordenou à guarda do czar que não permitisse que povo se aproximasse do palácio e que dispersasse a manifestação. Entretanto a massa não recuou. A guarda, então, disparou contra a multidão. A manifestação rapidamente se dispersou, foi um massacre e apesar de não se saber quantos haviam sido mortos, a população indignou-se com a atitude do czar, que, até então, era bem visto por seus súditos. O episódio ficou conhecido como "Domingo Sangrento" e foi o estopim para o início do movimento revolucionário. Os vários grupos sociais descontentes com a situação da Rússia se mobilizaram para protestar. Cada grupo tinha seus próprios objetivos, e mesmo dentro de uma mesma classe social, não havia direção geral. Os principais grupos descontentes eram os camponeses, por motivos econômicos; os trabalhadores urbanos, também por motivos econômicos e contra a desigualdade; os intelectuais e liberais, que reivindicavam direitos civis; as forças armadas (economia) e as nacionalidades minoritárias, que reivindicavam liberdade cultural e política. Os distúrbios se estenderam por todo o ano, atingindo picos de agitação no início do verão e no outono, culminando em novembro. Arrendatários queriam aluguéis mais baixos; trabalhadores contratados exigiam melhores salários; pequenos proprietários queriam mais terras. As atividades variaram desde ocupações de terra, algumas vezes seguidas de violência e incêndio, pilhagem das grandes propriedades e caça e desmatamento em áreas proibidas. Na região de Samara os camponeses criaram sua própria república, que foi sufocada por tropas do governo. O nível de animosidade de cada região era diretamente proporcional às condições dos camponeses. Os com terra de Livland e Kurland atacaram e queimaram, enquanto outros, que viviam nos distúrbios de Grodno, Kovno e Minsk, com melhores condições de vida, foram menos violentos. No total, 3 228 distúrbios necessitaram de intervenção militar para restaurar a ordem, e os proprietários sofreram prejuízos de aproximadamente 29 milhões de rublos. Os trabalhadores urbanos usaram a greve como instrumento de luta. Houve imensas greves em São Petersburgo, imediatamente após o Domingo Sangrento. Mais de 400 000 trabalhadores estavam parados ao final de janeiro. A ação rapidamente se alastrou para outros centros industriais na Polônia, Finlândia e na costa báltica. Em Riga, 80 militantes foram mortos em 13 de janeiro e alguns dias depois, em Varsóvia, 100 grevistas foram alvejados nas ruas. Em fevereiro havia greves no Cáucaso e, em abril, nos Urais e mesmo além. Em março, todas as instituições acadêmicas foram obrigadas a fechar as portas pelo resto do ano, fazendo com que muitos estudantes radicais se juntassem aos trabalhadores grevistas. Uma greve dos ferroviários, no dia 8 de outubro, rapidamente se transformou em greve geral, em São Petersburgo e em Moscou. A 13 de outubro, mais de 2 milhões de trabalhadores estavam em greve e praticamente não havia mais estradas de ferro em funcionamento.

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