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AS DIFERENTES IMAGENS SOBRE NOÇÃO DE FAMÍLIA

Por:   •  13/11/2017  •  Artigo  •  3.938 Palavras (16 Páginas)  •  308 Visualizações

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INTERAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA: diferentes olhares sobre eventos do dia das mães[1]

Estêvão Barbosa dos Santos[2]

Vania Cristina Marques[3]

RESUMO

Este artigo visa possibilitar reflexões sobre escola x família: festas e eventos dos dias das mães. Temos como objeto algumas análises de uma escola municipal localizada na região periférica do município de Sinop Estado de Mato Grosso. Como aporte para os diálogos foram utilizados as autoras Eni orlandi, Bolognini, Pfeiffer e Lagazzi entre outros. O artigo possibilitou uma reflexão sobre qual a visão dos profissionais da educação em relação a festas de datas comemorativas na instituição e como a instituição promove a interação com as famílias e acredita-se que seja um desafio possível na sociedade atual.

Palavras-chave: Interação. Escola. Família.

INTRODUÇÃO

Atualmente a participação da família no contexto escolar vem sendo cada vez mais desafiador para a instituição, pois a necessidade de aproximação, muitas vezes, é confundida com posições ideológicas, sejam elas religiosas ou políticas, conforme Orlandi, (2007, p. 46) “Podemos começar dizer que a ideologia faz parte, ou melhor, é a condição para a constituição do sujeito e dos sentidos. O indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia para que se produza o dizer.”. Neste sentido o dizer que por ora se põe é que a família pode ser uma forte aliada aos profissionais da educação frente a tantos desafios que o cenário educativo nos interpela, podemos enumerar diversos, no entanto, destacaremos o contexto da aprendizagem de conceitos, a vivência de procedimentos e de atitudes.

Entre tantos eventos propostos pela instituição pública de ensino, propomos refletir em específico o dia das mães para tratarmos dessa interação entre escola e família. Para tanto urge uma rápida compreensão das diferentes formações de famílias constituídas na atualidade e a melhor maneira para, poder auxiliar no processo de ensinagem. Neste sentido, pautamo-nos em Oliveira (2009, p. 78), que nos afirma que “É necessário pensar a família, reaprender o que significa ser família, entender que ela possui suas especificidades e suas complexidades”.

No primeiro momento dissertaremos epistemologicamente sobre o tema aqui proposto, onde nos pautamos em alguns teóricos para nos apropriarmos do tema sugerindo, assim algumas formas de interação entre escola e família. Posteriormente, trataremos sobre os resultados obtidos na pesquisa, necessariamente as entrevistas realizadas com profissionais da atual instituição.

METODOLOGIAS; SUJEITOS DA PESQUISA

Esta pesquisa teve como objetivo observar e descrever a interação entre escola e família no âmbito da comemoração dia das mães. A pesquisa aconteceu através de questionários, contemplando profissionais da educação.

Os sujeitos da pesquisa foram: dois professores, uma coordenadora e uma auxiliar de nutrição para este estudo abordaremos, qual imagem que os mesmo fazem sobre festa do dia das mães na escola

OS MÉTODOS USADOS NA PESQUISA

Para a realização deste estudo nos servimos do estudo de caso, o qual Chizzotti, (1991, p. 102) define como:

O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a seu respeito ou propor uma ação transformadora.

Também nos servimos da abordagem metodológica da pesquisa qualitativa, que dá ao pesquisador a possibilidade de uso de questionários entrevistas e observação para uma maior interação com objeto de estudo. Segundo Triviños, (1987, p.131) “Na pesquisa qualitativa, de forma muito geral, segue-se a mesma rota ao realizar uma investigação. Isto é, existe uma escolha de um assunto ou problema, uma coleta e análise das informações.”.

Na coleta de dados nos servimos da pesquisa bibliográfica que, de acordo com Cruz, (2010, p.69) “[...] pode-se afirmar que a pesquisa bibliográfica visa ao conhecimento e à análise das principais teorias relacionadas a um tema e é parte indispensável de qualquer tipo de pesquisa [...]”, assegura que “[...] procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses.” (Idem, p. 74). 18

DIA DAS MÃES: uma propaganda encantadora

Podemos aqui elencar várias situações para que a escola faça eventos festivos nesta data, porém a que mais se destaca são as relações midiáticas da contemporaneidade, a mídia televisiva faz parte do cotidiano da sociedade, com base em: BOLOGNINI, PFEIFFER E LAGAZZI, (2009) podemos afirmar que a tríade, escola, estado e igreja ganha um forte aliado aos seus poderes de interpelação da sociedade, ainda que inconscientes, acreditam fielmente que se a mídia mostra torna-se um amor platônico.  

A mídia mostra a mãe como algo muito presente, e insubstituível, fomentando o mercado do consumo nessas datas, profissionais da educação muitas vezes se preocupam com lembranças a serem entregues, sendo que poucos perguntam se todas as crianças tem uma mãe, ou se conceito de mãe é realmente o mesmo para todos assim produzem e reproduzem os ideais do capital. O Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 25, caput, ECA). Reconhece a existência de três espécies de família: a natural, a extensa e a substituta. família natural: assim entendida a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes, família extensa: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade, família substituta: para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção.

Como sujeitos são formados por ideologias, considerados sujeitos históricos ideológicos as autoras ORLANDI e RODRIGUES (2015, p. 22) afirmam que:

O assujeitamento é a própria possibilidade de ser sujeito. Essa é a contradição que o constitui: ele está sujeito à (língua) para ser sujeito de (o que diz), a ideologia interpela o indivíduo em sujeito e este submete-se à língua significando e significando-se pelo simbólico na história [...] outro modo de dizer isso, é que decorre do vínculo radical do sujeito ao simbólico, é dizer que o indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia.

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