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ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO DE FACE

Por:   •  1/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.267 Palavras (14 Páginas)  •  320 Visualizações

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ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO DE FACE
Larysse Silva

A gente vê muito isso aí quando estamos no hospital, na parte de buco-maxilo. Mas também alguém pode ter a sorte de atender um paciente que sofreu politrauma numa estrada (deu exemplo do engavetamento desta semana). Então essa aula é pra dar uma noção de como tratar o ocorrido em questão, mas vocês têm que aprofundar seus conhecimentos.

A abordagem organizada e sistemática é responsável por evitar de 25 a 30 % as mortes causadas por trauma.

Tipos de morte por trauma:
-Morte em minutos ou segundos: Laceração do cérebro, tronco cerebral, porção superior da medula espinhal, coração, aorta ou outros vasos calibrosos; existe uma grande agressão aos órgãos vitais do pct (cérebro, músculo cardíaco, pulmão), então de não ocorrer o socorro nas primeiras horas, o pct pode morrer.
-Primeiras horas após o trauma (golden hour): Morte por lesões do sistema nervoso central ou hemorragias intracraniana, mais demorada (rápida avaliação e tratamento podem salvar o paciente); seria um hematoma intracraniano que se não for feito atendimento rápido e remover o coágulo que ta comprimindo o cérebro, pode evoluir pra uma seqüela (fala, movimentação dos membros...)
-Dias ou semanas após o trauma: Lesão que não foi observada, algum corpo estranho que estava no corpo do pct, pode haver bactérias que causam intoxicação (septicemia), falência múltiplas de órgãos ou embolia pulmonar.

Tipos de traumas
-Severo: Vias aéreas comprometidas, respiração inadequada, hemorragias e danos ou colapsos do sistema circulatório (5% dos traumas e 50% das mortes); também necessita de intervenção imediata.
-Urgente: Traumas de abdômen, estruturas orofaciais (podem causar um bloqueio das vias aéreas do pct- tem que remover prótese, resto de dente, resto de fragmento ósseo), tórax ou extremidades que necessitam de intervenções cirúrgicas, mas não alterem os sinais vitais de imediato (15% dos traumas); uma das primeiras coisas que a gente tem que observar num pct politrauma são as vias aéreas e a coluna cervical.
-Não-urgente: Não oferecem risco de morte imediato, com necessidade de intervenção cirúrgica ou tratamento clínico, solicitações de exames laboratóriais, exames radiográficos, observação por dias ou semanas (80%); se o pct não precisar de cirurgia, ele vai ser acompanhado durante algumas semanas, e ter uma possível alta depois dessa avaliação, geralmente essa avaliação é entre 30 a 45 dias após ocorrido o trauma.

O objetivo do atendimento emergencial é o reconhecimento das lesões que oferecem risco de morte e a aplicação de medidas para a manutenção da vida, até que o tratamento definitivo possa ser iniciado.  Então o atendimento inicial é a manutenção da vida, depois é que o pct vai ser encaminhado para as especialidades. Não existe nada exato, mas às vezes você tem que se colocar à frente pra poder salvar a vida do pct.

Baseado no Atendimento Inicial ao Traumatizado de Face, foi elaborado um plano de atendimento a esses pcts: ATLS- Advanced Trauma Life Support (Suporte de Vida

Avançado Causado Pelo Trauma). Existe uma série de sequência que nós temos que seguir e obedecer, toda a equipe de médicos, enfermeiros, cirurgiões dentistas, pra ter um atendimento organizado e sistemático desse pct, pra ter êxito em salvar a vida do pct.

                     ATLS:

  1. Preparação do ambiente onde a gente vai atender o pct;
  2. Triagem
  3. Exame primário (ABC)
  4. Reanimação
  5. Exame secundário (da cabeça ao dedo do pé)
  6. Reavaliação
  7. Cuidados definitivos

PREPARAÇÃO
existe uma fase do atendimento chamada pré-hospitalar. Geralmente quem faz esse atendimento é o pessoal do SAMU. Esses profissionais (médicos, paramédicos, enfermeiros) são responsáveis pelo atendimento do pct que garantem sua vida na fase extra-hospitalar. E um ponto importante na fase extra-hospitalar, é que no momento do acidente, a equipe tem que observar o ambiente que foi ocorrido o acidente, porque senão, o próprio pessoal socorrista pode ser vítima de um acidente.

Fase intra-hospitalar
- planejamento antecipado da equipe médica; então quem atende na fase extra-hospitalar, já entra em contato com o hospital e diz: pct vítima de politrauma, região mais acometida foi a encefálica... Trauma craniano, encaminha pro hospital tal. Trauma ortopédico, encaminha pro hospital tal. Foi trauma de cirurgia geral, hospital tal.
- equipamentos organizados e testados
- cristalóides aquecidos (RL); é importante que até o soro fisiológico esteja aquecido, porque o pct politrauma pode ter hemorragias e dar uma baixa na temperatura corporal dele, então é importante essas substâncias aquecidas.
- laboratório e radiologia; colher amostra de sangue do pct, saber qual é o vaso sanguíneo, se ele precisa fazer transfusão, alguma doença.
- equipe médica protegida pelos EPI’s.

TRIAGEM

Então, depois da fase de preparação, onde acontece a comunicação entre a fase hospitalar e os profissionais, e a classificação de acordo com o tipo de tratamento e recursos disponíveis. Aí vem a triagem, pct tem traumatismo tal, vai pra hospital tal, vai ser atendido pela ortopedia, ou otorrino, etc., tem que haver essa comunicação. Nós temos 2 tipos de situações:

-Pacientes e gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento do hospital. Nesse caso, a prioridade vai ser dada aos com risco de vida eminente e politraumatizados.
-
 Pacientes e gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento do hospital                 prioridade aos pacientes com maiores possibilidades de sobrevida. Se eu tiver uma catástrofe de tamanha tal, e que com a quantidade de hospitais e profissionais eu não consigo atender a demanda pra socorrer os pcts, eu vou priorizar pcts que tenham tempo de sobrevida maior (jovens de 15, 25 anos do que um idoso, porque o jovem ainda pode contribuir com a sociedade do que um idoso).

EXAME PRIMÁRIO

A- Primeira coisa que a gente tem que observar são as vias aéreas e a proteção da coluna cervical, ver se não tem nada obstruindo a região de orofaringe e proteger a coluna cervical pra não causar danos, lesão com seqüela grave (paralisia, tetraplegia).

B- Observar respiração e ventilação, ver se o paciente ta respirando bem, se ele não ta taquipneico ou bradipneico.

C- Circulação com controle da hemorragia, observar se tem área com coágulo sangrante, fazer contenção do sangramento.

D- Incapacidade do pct se comunicar, em virtude do estado neurológico (embriaguez, uso de droga ilícita)

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