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Alfabetização na Educação Infantil

Por:   •  11/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.663 Palavras (19 Páginas)  •  168 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Resumo:

Palavras- chave: leitura, escrita, alfabetização infantil.

INTRODUÇÃO

Pensar as questões referentes à alfabetização atualmente, pressupõe pensar no contexto geral que envolve todo o processo social, tendo em vista que alfabetizar não é uma referencia apenas intrínseca ao processo de sala de aula, antes, é um processo que envolve inúmeros fatores, e decorrente destes, têm-se resultados amplamente satisfatórios, ou em contra partida, insuficientes para a progressão das etapas do ciclo escolar.

A questão central que norteia a problematização deste trabalho esta voltada para as dificuldades apresentadas por alguns alunos no processo de alfabetização. Sabe-se que inúmeros fatores interferem no desenvolvimento cognitivo de um individuo, o convívio na família, a saúde, noções de lateralidade, entre outro, são alguns dos exemplos que atingem diretamente ou indiretamente o processo de alfabetização.

 O processo de alfabetização é sem dúvida um dos grandes desafios a ser vencido pela escola nos dias atuais. A prática da ação docente revela que em algumas instituições ocorre um processo de desvalorização do sentido da alfabetização, passando a esta apenas valores de ordem fonética sem nenhuma relação com o real, o que a carreta em grandes problemas para o aluno, que quando se defronta com uma linguagem rica e significativa.

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Não é possível, hoje, se pensar em alfabetização, sem antes levar em consideração os referenciais teóricos que fundamentam esta especificidade da educação. Muitos estudos atualmente embasam e fundamentam as teorias a respeito da construção do processo de alfabetização na relação professor-aluno que se desencadeia no âmbito de sala de aula como os princípios do construtivismo e do socioconstrutivismo.

Construtivismo é a aplicação pedagógica dos estudos que reformulou em base funcional as questões sobre pensamento e linguagem. O conhecimento é construído através da interação do sujeito com o objeto. Assim a criança se apodera de um conhecimento, se agir sobre este, pois aprender é modificar, descobrir, inventar.

O socioconstrutivismo é uma teoria que vem sendo desenvolvida a partir dos estudos de Vigotsky e seus seguidores. Os resultados deste, sobre a aquisição de linguagem como fato histórico e social enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a construção do conhecimento. O centro do trabalho passa a ser, então, o uso e a funcionalidade da linguagem, o discurso e as condições de produção. VIGOTSKY (1989, p.123).

Nos dias atuais há uma convergência, das ideias piagetianas e vigotskyanas enfatizando a construção do conhecimento, numa visão social, histórica e cultural, para Piaget o desenvolvimento cognitivo passa por quatro fazes distintas. São os estágios do desenvolvimento proposto por Jean Piaget, segundo Gonçalves (2007):

O 1º Estágio, Sensório-motor: (recém-nascido e o lactente- 0 a 2 anos).

A criança conquista seu mundo através da percepção e dos movimentos, de todo o universo que a cerca.

2º Estágio, Pré-operatório: (a 1º infância dos 2 a 7 anos): O mais importante é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar as modificações nos aspectos intelectual, afetivo-social da criança (interação social).

3º Estágio, período das operações concretas. (a infância propriamente dita dos 7 aos 11 ou 12 anos): a criança apresenta a capacidade de reflexão, que é exercida a partir de situações concretas no seu desenvolvimento mental, ela adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais.

4º Estágio. Período das operações formais: (a adolescência- dos 12 em diante): passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato; o indivíduo realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. E cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre os aspectos que gostaria de reformular. “Capacidade esta de reflexão espontânea, que descolada da realidade é capaz de tirar conclusão de puras hipóteses”. Valle (2013, p. 25 e 260)

“A duração de cada fase é individual e depende do contexto em que a criança vive (dos estímulos, do meio ambiente, da interação social). É assim que o homem desenvolve sua capacidade cognitiva". BRAGANÇA (1996, P.03).

Por sua vez, Vigotsky (1988. P. 97) conclui;

 A função da linguagem sempre relacionada ao aspecto social, Para ele, a criança não consegue vencer cada uma dessas fases se ficar isolada. Os contatos com outras crianças, com adultos, com os meios de comunicação, enfim com tudo o que a circunda e a estimula, aumenta seu repertorio e dão significado ao mundo que a cerca. Ele apresenta o conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP) como sendo a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independe de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com individuo mais capazes.

O conceito de ZDP não está somente relacionado com as interações que ocorre em sala de aula. Em qualquer situação de interação, na qual pessoas com mais experiências proporcionam às outros instrumentos que irão permitir desenvolver habilidades e conhecimentos, o fortalecimento da ZDP pode ser percebido como, por exemplo, na própria relação de pais que atuam como mediadores na resolução de problemas dos filhos.

Já os estudos sobre a Psicologia da linguagem escrita, desenvolvido por Ferreiro e Teberosky, possibilitam desviar o centro do trabalho do professor para o ser que aprende e a sua relação com o objeto de aprendizagem. Ferreiro foi colaborador de Piaget e realizou investigações cientificas que deixam transparente a ideia de que a criança reconstrói o código linguístico e reflete sobre a criança. Ela desenvolveu trabalhos sobre as hipóteses de pensamento que a criança pode apresentar a respeito da linguagem escrita ela não propõe uma nova pedagogia ou um método, mas suas pesquisas deixam claro que o que leva o aprendiz à reconstrução do código linguístico não é o cumprimento de uma série de tarefas ou os conhecimentos das letras e das silabas, mas uma compreensão do funcionamento do código.

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