TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Autismo, aprendizagem e inclusão: como o ambiente escolar pode ajudar na reabilitação de crianças diagnosticadas com T.E.A. (Transtorno do Espectro Autismo)

Por:   •  21/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.065 Palavras (9 Páginas)  •  658 Visualizações

Página 1 de 9

INSTITUTO DARWIN – CEMAR – CENTRO EDUCACIONAL ROSA MARQUES

LATO SENSU

MARIA FRANCINETH DO SOCORRO SILVA DE LIMA

Autismo, aprendizagem e inclusão: como o ambiente escolar pode ajudar na reabilitação de crianças diagnosticadas com T.E.A. (Transtorno do Espectro Autismo)

GURUPÁ-PA

2018


INSTITUTO DARWIN – CEMAR – CENTRO EDUCACIONAL ROSA MARQUES

LATO SENSU

MARIA FRANCINETH DO SOCORRO SILVA DE LIMA

Autismo, aprendizagem e inclusão: como o ambiente escolar pode ajudar na reabilitação de crianças diagnosticadas com T.E.A. (Transtorno do Espectro Autismo)

Obra acadêmica apresentada na disciplina de Metodologia do trabalho científico como requisito de avaliação do Curso de Lato Sensu, sob orientação da Maria Edna da Rosa Pereira Damasceno.

GURUPÁ-PA

2018


INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a incidência de casos de autismo tem crescido de forma significativa em todo o mundo (SCHECHTER; GRETHER, 2008). Em países como os Estados Unidos, a média de idade das crianças diagnosticadas tem sido de 3 a 4 anos (CHAKRABARTI; FOMBONNE, 2005). Considerando as taxas de 60/10.000 ou a mais recente taxa de 1%, pode-se estimar que entre 1 a 2 milhões de brasileiros preencham critério para o espectro autista, sendo de 400 a 600 mil com menos de 20 anos, e entre 120 e 200 mil menores de cinco anos (IBGE, 2000).

O autismo é definido como um transtorno complexo do desenvolvimento, do ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que se manifesta em graus de gravidade variados (GADIA, 2006). De acordo com Oliveira (2009), ““autos” significa “próprio” e “ismo” traduz um estado ou uma orientação”, isto é, uma pessoa fechada, reclusa em si. Assim, o autismo é compreendido como um estado ou uma condição, que parece estar recluso em si próprio.

O termo “autismo” perpassou por diversas alterações ao longo do tempo, e atualmente é chamado de Transtorno do Espectro Autista (T.E.A) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (APA, 2014).

As características do espectro são prejuízos persistentes na comunicação e interação social, bem como nos comportamentos que podem incluir os interesses e os padrões de atividades, sintomas que estão presentes desde a infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo (APA, 2014).

As subcategorias fazem parte do TEA, e o comprometimento pode ocorrer em três níveis de gravidade. No nível um, o indivíduo exige apoio; no nível dois, exige apoio substancial; e no nível três, exige muito apoio substancial (APA, 2014).

O T.E.A é considerado um transtorno que vai além da sua complexidade, distante de ser definido com exatidão, pois não existem meios pelos quais se possa testá-lo, muito menos medi-lo. Em outras palavras, as pesquisas realizadas atualmente estão distantes no sentido de apresentarem a “cura” para o autismo, acompanhando o indivíduo por todo seu ciclo vital.

Este artigo trata de relatos de mães de crianças diagnosticadas com T.E.A. e de pesquisas online sobre a reabilitação, aprendizagem e inclusão de crianças com autismo e como a escola ou ambiente escolar pode ajudar ou ajuda nessa recuperação. A partir da abordagem deste tema, em alguns momentos, haverá comparações entre o desenvolvimento das crianças atípicas em relação às crianças consideradas típicas e propostas de metodologias que ajudem os professores de crianças especiais a desenvolver atividades que possam integrar ainda mais todos os alunos.

A partir destes relatos toma-se noção de como as pessoas são mal informadas não só sobre o autismo, mas sobre diversos transtornos, síndromes e doenças raras que tornam crianças, jovens e adultos os chamados P.N.E. (Pessoas com Necessidades Especiais) ou simplesmente especiais.

AUTISMO, INFORMAÇÃO E INCLUSÃO

A inclusão escolar voltada para crianças, jovens e adultos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (T.E.A.) sempre merece total atenção. Mas como se dá esse processo? O que pais, professores e outros profissionais podem fazer para impulsionar a entrada desses alunos nos ambientes educacionais?

É sempre válido lembrar que a inclusão é algo muito importante e significativo na vida de quem recebe a ação. Esta etapa é imprescindível na vida dos estudantes de maneira geral, pois ele passa a lidar com situações bem diferentes dentro da sala de aula. Pois, cada indivíduo atípico é único, assim como os indivíduos considerados típicos. Portanto, em primeiro lugar deve-se avaliar o nível cognitivo, psicopedagógico e funcional, pois cada quadro dentro do T.E.A. é singular e deve ser tratado com particularidade.

Torna-se importante ver se dentro daquela pessoa com T.E.A. a alfabetização é o aspecto mais importante. Pois muitas vezes as atividades de habilidades sociais e de Atividade de Vida Diária (AVD) tornam-se mais importante do que a aquisição da leitura e escrita, principalmente em quadros mais graves do T.E.A. Lógico que uma decisão dessa deve sempre levar em conta uma avaliação multidisciplinar em conjunto com família e escola, tendo como objetivo uma melhor qualidade de vida para quem é a pessoa mais importante desta história: a pessoa com T.E.A.!

Vale salientar que por mais que o mundo esteja na era da informação, as pessoas de modo geral, ainda são pouco informadas sobre o autismo, o que sabem advém de uma novela de um canal aberto em que havia uma personagem com T.E.A. chamada Linda. Ou seja, as pessoas que estão no espectro ainda são muito estigmatizadas e há relatos de mães em que quando informam a outros indivíduos sobre o filho ser autista, elas ouvem a seguinte resposta: “ah é mesmo? Coitadinho, mas nem parece!” E outros ainda se confundem dizendo: “ah..., mas ele nem tem aquela carinha!”, se referindo à Síndrome de Down.

Para se ter uma noção, cada indivíduo com T.E.A. é muito diferente de outro indivíduo com T.E.A., isso porque o autismo possui graus e variações diferentes. Com isso as dificuldades, habilidades e interesses também são diferentes, enquanto alguns tem dificuldades diretamente na comunicação, outros possuem dificuldade na fala¹.

Nota¹: Comunicação é diferente de fala.  Um processo comunicativo não deixa de existir na ausência do verbal. Contudo, quem não fala precisa ser organizado pela fala do outro.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.7 Kb)   pdf (139.7 Kb)   docx (22.5 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com