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BRASIL: CATEQUESE E INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

Por:   •  24/5/2015  •  Dissertação  •  697 Palavras (3 Páginas)  •  375 Visualizações

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BRASIL: CATEQUESE E INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

A história do Brasil não pode ser desvinculada dos acontecimentos da Europa, pois a colonização resultou da necessidade de expansão comercial da burguesia enriquecida com a Revolução Comercial.

No Brasil, os portugueses começaram pela extração do pau-brasil e a partir de 1530 teve início a colonização e ao plantio da cana-de-açúcar, onde esta expandiu-se recorrendo ao trabalho escravo dos índios e em seguida ao trabalho escravo dos negros africanos.

A estrutura econômica da época era centrada no poder do senhor do engenho e dessa maneira, a educação neste contexto, não constituía uma meta prioritária, pois os papéis desempenhados na agricultura não exigia formação especial. Mesmo assim, a Europa enviou religiosos para o trabalho missionário e pedagógico para que os colonos fossem impedidos de desviarem da fé católica. Naquela época a igreja era submetida ao poder real e portanto, era um instrumento importantíssimo na política, pois facilitava a dominação da metrópole.

No Brasil, foram os Jesuítas que mais obtiveram resultados significativos nas atividades pedagógicas, eles promoveram maciçamente a catequese dos índios, a educação dos filhos dos colonos, a formação de novos sacerdotes e o controle da fé e da moral dos habitantes dessa nova terra.

No início, muitas foram as dificuldades enfrentadas, os europeus viam nos índios a impossibilidade de torná-los civilizados, porque eram rudes, sem lei e sem fé. Já os missionários os viam como uma folha em branco, em que podiam impor os valores cristãos. Logo perceberam que seria mais fácil começar a catequisar os filhos dos indígenas, os curumins, pois nestes a influência do pajé não era tão arraigada. Os curumins aprendiam a ler e escrever ao lado dos filhos dos colonos, era utilizado diversos recursos para atrair a atenção das crianças, como música, teatro e poesia. Dessa maneira, aos poucos, as crianças aprendiam a moral e a religião cristã. Não demorou para que o choque entre os valores da cultura indígena e a dos colonizadores portugueses acontecesse.

O índio se encontrou a mercê de três interesses: a metrópole desejava integrá-lo ao processo colonizador; o jesuíta queria convertê-lo ao cristianismo e o colono queria usá-lo como escravo para o trabalho.

No início, os missionários se surpreenderam com as ocas, onde duzentas pessoas viviam sem divisões que preservassem a intimidade das famílias, sem repartições de tarefas, onde tudo podia e tudo se fazia. Fizeram locais para trabalho, descanso, culto e para família. Introduziram regras de higiene, maneiras de comer, condenaram o adultério, a embriaguez e lutaram contra a nudez. Os jesuítas, por considerarem os nativos como crianças que precisavam de limites, se achavam no direito de fazer uso de sanções violentas trazidas da Europa. Era usado o açoite, o tronco e até mutilações dependendo da gravidade da culpa, sendo estas penalidades públicas e exemplares.

A instrução da elite se dava através dos jesuítas conquistando primeiramente a mulher e os filhos do Senhor da casa-grande, pois assim conseguiam manter a religiosidade da família. Era tradição das famílias portuguesas que o primogênito herdasse o patrimônio do pai, o segundo estudasse na Europa e o terceiro fosse padre. Outra

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