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COMPREENDENDO A ESCOLA NA SUA COMPLEXIDADE

Por:   •  17/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.551 Palavras (15 Páginas)  •  166 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No atual cenário político, social e econômico que o país se encontra e consequentemente, em que a educação se encontra, faz-se necessária a frequente discussão e reflexão sobre o real papel da escola e seus colaboradores educativos, em especial as funções e as contribuições do supervisor escolar diante das múltiplas faces que a educação se insere.

Porém, é necessário primeiramente a compreensão da escola na sua complexidade, conhecer o contexto social que está inserida, levando em conta as condições, recursos, desigualdades regionais ou das capacidades locais, como também a diversidade de abordagens e questões que a envolvem.

Partindo disso, passa-se a pensar no supervisor escolar, baseando-se na perspectiva dos desafios que ele enfrenta em seu cotidiano. Uma supervisão muitas vezes, pautada na exigência de documentos legais, na ação supervisora efetivada na visão do próprio supervisor e dos profissionais com os quais atua, bem como a desejável ação do supervisor baseada nos aportes teóricos.

Como consequência, surge a ambivalência, a dualidade de sentimentos em relação ao seu fazer, bem como, a necessidade de refletir sobre sua prática a fim de encontrar um novo caminho para que seu papel contribua verdadeira mente para o processo de ensino-aprendizagem no desenvolvimento educacional.

COMPREENDENDO A ESCOLA NA SUA COMPLEXIDADE

Pode-se dizer que a escola é uma organização cuja função se encontra na necessidade de preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais: O seu papel é difundir a sabedoria e esta é necessária para o funcionamento da sociedade. Reduz a ignorância e, por isso, permite que os indivíduos tenham uma conduta esclarecida. Assegura a adaptação profissional, pois qualquer profissão requer uma quantidade considerável de conhecimentos. 

Cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. É garantir a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo. Estas aprendizagens devem constituir-se em instrumentos para que o aluno compreenda melhor a realidade que o cerca, favorecendo sua participação em relações sociais cada vez mais amplas, possibilitando a leitura e interpretação das mensagens e informações que hoje são amplamente veiculadas, preparando-o para a inserção no mundo do trabalho e para a intervenção crítica e consciente na vida pública.

A Constituição Federal de 1988 no artigo 205 afirma que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Com base nisto, a LDBEN - 1996 TÍTULO I Da Educação Art. 1º dita que “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Agir nela é também agir sobre os atores escolares e elementos simbólicos que a constituem, e isso requer entendimento dos processos que nela ou com ela decorrem e das finalidades que lhe são socialmente cometidas. A escola muda na medida em que é compelida a mudar pela necessidade da função social que exerce, em ritmos, circunstâncias e elementos que se tornam difíceis de identificar e integrar.

O conhecimento do cotidiano escolar é necessário por duas razões.

Primeiro, porque sendo conhecido é possível conquistá-lo e planejar ações que permitem transformá-la, assim como lutar por mudanças institucionais no sentido desejado [...] Segundo, porque o cotidiano, sendo conhecido, pode fornecer informações a gestões institucionais democráticas que queiram tomar medidas adequadas para facilitar o trabalho ao nível cotidiano das escolas e melhorar a qualidade do ensino aí realizado. Penin (1987,p.161)

DESAFIOS DA SUPERVISÃO NO COTIDIANO ESCOLAR

A história da educação brasileira aponta as várias tentativas de resolução dos problemas recorrentes ao longo de sua existência. Foram várias as teorias criadas e uma gama de mecanismos que prometiam – e prometem – promover a incidência do ensino com a aprendizagem, do processo pedagógico com o sucesso.

Dentre os mecanismos encontrados pelos pensadores da educação – pessoas engajadas na busca por melhor qualidade do ensino – está a supervisão escolar. A palavra supervisão é etimologicamente explicada da seguinte maneira: super (sobre) + visão (ação de ver), ou seja, ação de ver sobre, visão sobre, visão abrangente. A supervisão está relacionada à visão panorâmica de alguma coisa que, neste caso, são as ações promovidas no contexto educacional.

O profissional licenciado em pedagogia é tão necessário ao bom andamento das atividades escolares quanto o professor que atua diretamente com o corpo discente, e depara-se com alguns entraves que são específicos de sua área de educação. Para o pedagogo, cabem as atividades a ele atribuídas em forma de lei, na “prestação de contas” que deve ser dada à secretaria de educação, uma vez que está sempre preocupada com os resultados quantitativos, como aquelas que surgem da necessidade diária particular de cada escola, pois se em determinada escola não faltam professores, o empecilho pode estar no aspecto físico, na falta de espaço para estudos e reflexão sobre o fazer pedagógico. Conforme Cavagnari (apud VEIGA, 2001, p. 100) diz:

Muitos projetos especiais que ficaram no papel tanto pela dificuldade em integrar os docentes como pela falta do estudo periódico. Por outro lado, quando se fazem estas capacitações, em sua maioria, são discutidas longe da realidade que a escola está vivendo.

Além das limitações acima citadas, ressalta-se aqui

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