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CRASH - FILME

Por:   •  7/6/2016  •  Resenha  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  304 Visualizações

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CRASH – FILME

Quando se fala na vivência cotidiana liga-se a grupos sociais, pois vivemos em pluralidade nas relações em sociedade. Estamos constantemente nos relacionando com outros indivíduos, isso reflete na combinação de regras e condutas que fazem do “isolamento” um acervo cada vez mais raro. Em vista disso percebe-se um caminho cujo enredo do Comportamento e Padrão ético assume ás “rédeas” do âmbito social.

O filme “CRASH” é uma trama de caráter impactante, toca literalmente numa ferida que perdura na sociedade. Mantém-se atual e reflexivo em face aos preconceitos que permeiam todo o desenrolar da história. Como num jogo de xadrez que peças são dispostas no tabuleiro (de emoções), cada “movimento” trás uma perspectiva de conflitos, de situações imprevisíveis e de atitudes que procuram ferir ao seu oponente (indivíduo). Um roteiro cujas relações se manifestam conforme os personagens “tropeçam” (passam) uns nos outros, no acaso da vida diária. Percebe-se uma inconsciência no modo como conduzem suas vidas, pois o grau de intolerância e de egoísmo fica claro tanto na linguagem quanto nas ações. Pessoas de diferentes classes sociais, origens e status refletem suas dores mais íntimas, ocupam o mesmo cenário e o mesmo solo acabam-se por se relacionar indistintamente.

Os processos de subjetivação apresentados no filme tangem as questões da intolerância e da violência dos personagens. Ao logo das cenas, percebe-se que todos são os protagonistas no âmbito em que um “eu” racista e um “eu” intolerante mergulha no dinamismo de encontros e desencontros. Um exemplo interessante seria os dois policiais que patrulham juntos: o Matt Dillon demonstra sua truculência molestando uma negra rica e humilhando seu marido, em contrapartida o policial Ryan fica inquieto desde o primeiro instante com a ação do parceiro, posteriormente ele pede para ser afastado da parceria, nem que para isso tenha que fazer a ronda sozinho.

Neste cenário de “abuso” do policial o filme nos reserva em um momento posterior uma inversão de papeis, pois esse mesmo policial é colocado diante de sua vítima (Christine) inicial. Um acidente automobilístico unem seus destinos de forma marcante, pois com a vítima presa no interior do veículo o policial exerce a sua função de salvaguardar pela vida do próximo, sem perceber que arriscaria a sua vida para salvar a mulher que molestou. Inicialmente há uma recusa por parte dela, ele assusta-se ao reconhecê-la e nem por isso deixa de tentar ajuda-la. Um instante de tensão assume o resgaste, o tempo é o inimigo de ambos, pois o carro está á caminho de uma inevitável explosão. Matt Dillon e Christine são dois personagens que nos levam a refletir sobre o aspecto da vivência em sociedade, pois determinadas ações possuem um poder muito grande sobre a vida de outro indivíduo, e não tão somente sobre a nossa. Assiste-se a dois contatos distintos entre eles, isso evidencia as raízes de uma institucionalização cada vez mais aflorada no dia a dia da sociedade.

Entretanto o seu parceiro Ryan, que é tido como “moralmente correto”, ao estar numa determinada situação de adversidade é autor do homicídio de um jovem negro (Chris Ludacris Bridges). O policial dá carona numa estrada a esse jovem, sem saber que ele era um dos assaltantes

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