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Cuitura um conceito antropológico

Por:   •  12/6/2017  •  Resenha  •  961 Palavras (4 Páginas)  •  243 Visualizações

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Roque de Barros Laraia é antropólogo e professor emérito da Universidade de Brasília. Com grande experiência em questões indígenas, chegou a ocupar o cargo de presidente da FUNAI interinamente durante um mês. É também membro do corpo editorial de diversas revistas acadêmicas da Universidade de Brasília.

Ao abordar o tema cultura logo percebemos que há uma grande divergência de opiniões, acredito que não é fácil para a antropologia tratar de um fator dotado de tão grande complexidade. Diante dessas diferenças que Laraia tenta desconstruir algumas teorias que surgiram ao logo do tempo por alguns conceituados antropólogos.

 Ao iniciar o livro Laraia traz opiniões de vários antropólogos que ao longo do tempo investigaram diferentes sociedades chegando a uma conclusão de que as diferentes genéticas não pode se fatores determinantes dos diversos padrões culturais da sociedade.

Os dois primeiros capítulos da primeira parte tratam, respectivamente, do determinismo biológico e do determinismo geográfico. Afirmando que o determinismo biológico é responsável, pelo comportamento do ser humano.

Laraia desconstrói tal ideia mostrando que os antropólogos contemporâneo não  acreditam nesse conceito afirmando que o comportamento de cada um é construído de um aprendizado, ou seja, adquirido no ambiente em que foi educado que é um processo chamado de endoculturação. Segundo Felix Keesing, qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, e com a convivência ela aprenderá os costumes daquele ambiente. Já o determinismo geográfico acredita que o ambiente físico dar condições a  diversidade cultural.Ou seja,segundo a antropologia dentro de uma sociedade pode ser vivenciado várias culturas.

O terceiro e o quarto capítulos da primeira parte explicam o que é a cultura e seu desenvolvimento. Logo capitulo quinto mostra a sua origem.  Onde Roque cita uma frase de Edward Tylor, na qual tentou definir o termo: “Tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Tylor era um defensor do evolucionismo: a ideia de que a cultura desenvolve-se de maneira uniforme, ou

seja, todas as sociedades passam pelas mesmas etapas, as mais atrasadas percorrem caminhos que já foram percorridos pelas mais avançadas. Stocking e Boas criticam esta ideia por não levar em conta o relativismo cultural. Boas desenvolveu o chamado particularismo histórico, ou seja, cada cultura segue seu caminho de acordo com os acontecimentos históricos que

enfrentou. Por sua vez, a origem da cultura é uma das primeiras preocupações

dos antropólogos. O autor resume: “o homem produziu cultura a partir do momento em que seu cérebro, modificado pelo processo evolutivo dos primatas, foi capaz de assim proceder”. Dessa forma, alguns pensadores destacam a importância da habilidade manual – possibilitada pela posição ereta, proporcionando maiores estímulos ao cérebro e desenvolvendo a inteligência humana –, outros acreditam que ela surgiu com a convenção da primeira regra ou com a capacidade de gerar símbolos. O capítulo um da segunda parte fala sobre um fenômeno que ocorre em todo o mundo: o etnocentrismo, isto é, analisar e criticar outras culturas com uma visão criada pela nossa própria cultura, fazendo com que achemos que o nosso modo de vida é o mais correto, mais natural. A partir daí, o autor destaca, no segundo capítulo, a apatia. Esta seria o oposto do etnocentrismo. “Em lugar da superestima dos valores de sua própria sociedade, numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença nesses valores e, consequentemente, perdem a motivação que os mantém vivos e unidos”, explica. Roque também dá ênfase à importância de entender que um hábito cultural somente pode ser entendido a partir do sistema a que pertence. Por exemplo, nossa

sociedade dispõe de materiais e tecnologia que nos permitem afirmar que a Terra gira

em torno do Sol numa órbita elíptica. Entretanto, os povos que não contam com esses

materiais são forçados a tirar conclusões a partir da observação. Assim, afirmarão que

o Sol gira em torno da Terra, pois é esta a sensação.

Para concluir, no último capítulo da segunda parte, o autor fala sobre a

dinâmica da cultura. Os homens questionam seus próprios hábitos e modificam-nos,

fazendo, então, com que sua cultura mude no espaço de tempo. Existem dois tipos de

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