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Educação infantil

Por:   •  27/4/2016  •  Dissertação  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  259 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas/MG

CEP 37130-000

Fone: (35) 3299-1000. Fax: (35) 3299-1063

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CURSO: PEDAGOGIA (MODALIDADE À DISTÂNCIA) - 4º PERÍODO

Disciplina:        FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DA ALFABETIZAÇÃO I

Professor (a): RENATA S. DOS SANTOS

Nome do aluno (a): GENÍ MONEDA CONSOLINI        

Pólo/Tutor (a): FABIENE MARCIANA PEREIRA

Atividade Proposta: RESGATANDO AS MEMÓRIAS INDIVIDUAIS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO – TAREFA 1-  FMAI.DOC

Meu processo de alfabetização

        Chegou a hora de ir à escola. Não freqüentei a pré-escola, pois onde morava não havia escola de educação infantil. Já ingressei logo na primeira série. O meu primeiro dia de aula ficou em minha lembrança, pois era muito tímida e insegura, sentia medo do novo, mas minha mãe e meus irmãos me encorajavam.

        Entrei na escola com 06 anos de idade, na primeira etapa,  relembro como foi a minha alfabetização. Fui alfabetizada no modelo tradicional rígido, em uma escola pública, onde o professor era o único detentor do conhecimento e escolhia até a cor que devíamos usar para colorir os desenhos.

        O professor era bom, e seguia a lição da cartilha, já vim com algum conhecimento de casa, pois naquela época meus irmãos e meus pais já ensinavam alguns números e também escrever o nome, quando fui para escola já sabia escrever meu nome.  Recordo-me do primeiro professor com carinho, pois era muito amável, me tranqüilizava, me incentivava a aprender, lembro-me que tinha muita confiança nele.

        Comecei a escrever e a ler com cartilhas, que na época era a Cartilha Sodré, contornando as letras do alfabeto pontilhado, além do caderno de caligrafia que tínha que fazer corretamente respeitando o espaço. A lição da cartilha era “tomada” pelo professor e se não soubesse ler a palavra, repetia a lição e isso era constrangedor.

        O professor nos mandava fazer várias cópias, algumas no caderno de caligrafia, que eu detestava. E assim copiando textos, famílias silábicas, juntando sílabas, fui alfabetizada.  Fiquei feliz quando comecei a juntar e ler as primeiras palavras. Com  o passar dos dias, comecei a ler tudo o que via pela frente!

        A lição era passada na lousa, todos tinham que copiar, e no final do dia o professor levava os cadernos para corrigir em casa e eram entregues na próxima aula, onde continha anotações e um carimbo com desenho de algum personagem de alguma história e suas recomendações, como Ótimo, Parabéns, Mais Atenção, e assim por diante.

        Me lembro, também que lia muitas histórias da cartilha, e tinha que prestar a atenção, pois quando terminava de ler perguntava se todos tinham entendido a gente dizia que sim e ele logo tomava uma pergunta sobre as histórias, ou mandava escrevermos algo sobre a história no caderno.

        Mais constrangedor ainda, era quando não sabia a tabuada décor, me lembro de que o aluno era colocado separado dos outros até aprender decorar a tabuada que era tomada todos os dias, logo no começo das aulas.

        Não me lembro de haver rebeldia entre alunos e professores, mesmo porque os alunos não tinham a palavra, tudo era imposto pelo professor e sacramentado pelo Diretor, este então era a autoridade máxima dentro da escola.

        Recordo-me também que quando o Diretor entrava na sala de aula, erámos obrigados a ficar de pé até que ele pedisse para sentarmos novamente. Só víamos a presença do Diretor quando cantávamos o Hino Nacional, logo que chagávamos a escola, isso era obrigatório, todos os dias, e nas aulas de Educação Moral e  Cívica (hoje já nem existe mais) eram também tomados os Hinos, que erámos obrigados a saber décor.

        Lembro-me com orgulho do  meu uniforme, pois achavam muito bonito e muito elegante todos vestidos iguais. Em dias de comemoração, o professor explicava o que estávamos comemorando, tinha sempre um desenho para pintar e expor na escola, era tudo muito organizado, tenho isso nas minhas lembranças.

        Quanto aos métodos usados, eu diria que para mim foi bem aproveitados, e o que aprendi nunca mais me esqueci, pois vejo hoje em dia que os jovens e até celebridades do futebol não sabem nem cantar o Hino Nacional, que era um método rígido de ensino, sim, era, porém o que se aprendia não se esquecia, porque era cobrado diariamente, tinha sim o constrangimento do não saber, do difícil de aprender, mais isso impulsionava a gente a procurar maneiras de aprender.

        Também me lembro de que havia aulas de  “reforço”, mas que não eram ministrados por professores mais por alunos considerados mais inteligentes, uns ensinando os outros.

        Porém, apesar dos métodos rígidos, os alunos respeitavam o professor. Sempre gostei muito de ler, e isso me ajudou muito em todas as séries.

        Nas primeiras séries, com a leitura, eu descobria novos lugares, fantasiava pessoas, fatos e momentos; nas séries de ensino fundamental e médio a leitura me auxiliava na realização de trabalhos e projetos, e até hoje a leitura é de extrema importância para o meu desenvolvimento.

        Mas voltando para a história da minha formação; os anos foram passando, com eles muitos professores, alguns me deixaram marcas boas, que gosto de lembrar, outros nem tanto. Alguns me motivaram, confiaram em mim, outros me desanimavam com suas atitudes. Algumas aulas eram legais, outras monótonas, mas cada uma contribuiu da sua maneira para o meu aprendizado.

        Chegou minha adolescência, período difícil, cheio de descobertas, anseios, mudanças físicas e psicológicas, não tinha muita liberdade de falar sobre isso com minha mãe, pois, apesar de ser muito atenciosa, carinhosa e dedicada, minha mãe era também muito rígida, não pensava duas vezes se tivesse que nos corrigir. O que aprendi em relação a essas mudanças físicas foi com amigas e minhas irmãs. Cada dia tinha uma novidade, uma curiosidade, uma verdadeira mistura de sentimentos.

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