Educação para a cidadania na comunidade escolar
Por: MEAV • 1/2/2016 • Trabalho acadêmico • 3.600 Palavras (15 Páginas) • 319 Visualizações
Educar para a cidadania
ÍNDICE
Introdução …………………………………………………………………. 3
1. Educação, Cidadania e Multiculturalismo ……………………………… 4
2. Os valores e a educação para a cidadania……… ……………………… 7
3. Educação para a cidadania na comunidade escolar……………………… 8
Conclusão …………………………………………………….………….... 11
Bibliografia ……………………………………………………………… 12
INTRODUÇÃO
A Educação para a cidadania tornou-se, nos últimos anos, um tema obrigatório no campo pedagógico e de certa forma a todo público que está ligado á Escola. Educar para a cidadania é um processo que decorre ao longo da vida. Como pode "educar-se" o adolescente, ser em mudança e transformação, neste mundo de transformação e mudança? Será que há exemplos e modelos significativos? Que valores? A família e os pais em particular são os primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos e são os principais transmissores dos valores que estão na base das atitudes e dos comportamentos que enquadram o exercício da cidadania. «Para além da escola e da família, a comunidade é em todas as suas vertentes um factor que cada vez mais influencia e condiciona os comportamentos e as atitudes de cada cidadão, sendo portanto essencial que a educação e a formação que são ministradas tenham em conta esse enquadramento que, em muitos casos, é determinante para o modo como cada um atua no seio da sociedade a que pertence. A par da família e dos pais, a escola constitui a outra estrutura organizadora da sociedade onde a criança e o adolescente têm a oportunidade de se educar e formar e onde se encontram e convivem com o outro ou outros, ou seja com aqueles que desconhece e com quem vai passar a viver em conjunto no seio da sociedade à qual pertence». (Marçal Grilo, 2008).
1. Educação, Cidadania e Multiculturalismo
A educação é tão antiga como a própria Humanidade, parecendo constituir um dos primeiros sustentáculos da própria sobrevivência do Homem.
«O Homem só consegue ser homem através da educação. Não é mais do que aquilo que a educação faz dele. É importante sublinhar que o homem é sempre educado por outros homens, os quais, por sua vez, também foram educados». (Savater, 1997,p.137).
Todos nós temos uma responsabilidade com as gerações futuras. Compete-nos preparar os jovens para a vida adulta, preparando-lhes um tipo de sociedade onde seja possível viver.
«Educar é um ato humanizador. A educação deve ser entendida como um ato que procura a educação integral de cada ser humano, abarcando a educação física (corpo), a educação moral (caráter), a educação intelectual (conhecimentos) e a educação religiosa. Nesta perspectiva, não há educação sem uma abertura à transcendência, aos valores espirituais, morais e religiosos. (…) A educação tem como tarefa mais nobre motivar para a construção da responsabilidade, em prática progressiva de liberdade, guiada por valores que se tornam convicções, resultando em reconhecimento e gozo de si próprio, em reconhecimento dos outros e em vontade de articulação social alegre e empenhada». (Lopes, 2013)
Hoje, a par da Escola aparece a Comunicação Social, recebemos informações e conhecimento a partir de muitos canais, como a internet e a televisão. Mas será que os mídias educam? Os conhecimentos ampliam-se, e mudam vertiginosamente, pelo que é imprescindível ter uma predisposição e ser capaz de refletir sobre essa informação e descartar as menos válidas, ter uma mente capaz de ordenar o que se sabe, e não uma mente simplesmente cheia de dados e de notícias. Por isso, é urgente e importante criar, nos nossos jovens, a capacidade de refletir e organizar toda informação que lhes chega e é imposta.
Para se fazer uma eficaz análise à situação actual da educação, é necessário atender a três vectores: os pais, a sociedade e a escola.
«A família e os pais em particular são os primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos e são os principais transmissores dos valores que estão na base das atitudes e dos comportamentos que enquadram o exercício da cidadania.
A par da família e dos pais, a escola constitui a outra estrutura organizadora da sociedade onde a criança e o adolescente têm a oportunidade de se educar e formar e onde se encontram e convivem com o outro ou outros, ou seja com aqueles que desconhece e com quem vai passar a viver em conjunto no seio da sociedade a que pertence.» (Marçal Grilo, 2008)
«A sociedade tem de assumir-se como sociedade educativa, na qual a aprendizagem tem de funcionar como principal fator de desenvolvimento e de emancipação. Só é desenvolvida a sociedade que estiver apta a aprender mais e melhor, se não houver essa consciência o caminho será de atraso e de incapacidade de resposta para os grandes desafios da modernidade». (Medeiros, 2009, p.52)
Falar de cidadania implica, necessariamente, um esforço de definição do seu conceito e das diversas formas de entender o que lhe é inerente. A cidadania, na sua origem, constitui-se como a essência da vida em sociedade, como o conjunto de acções que convêm a um cidadão. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define Cidadania, do ponto de vista jurídico, como «condição da pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política». Trata-se de uma definição que, no entanto, é completada, no mesmo dicionário, por uma outra relativa á condição de cidadão em que se referem não apenas direitos, mas também deveres quando se afirma que cidadão é «o indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos».
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