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Estudo Exploratório

Por:   •  11/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  420 Visualizações

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ESTUDO EXPLORATÓRIO: FÁBULAS 

 

INTRODUÇÃO  

Este estudo exploratório é um recurso de pesquisa, utilizado para realizar um estudo preliminar de certo objeto, neste caso um gênero do discurso, com a finalidade de nos familiarizar com o objeto que está sendo pesquisado. Este estudo exploratório tem como objeto de pesquisa, a Fábula, que é um gênero do discurso.  

 

 

FÁBULAS 

 

Quando falamos em fábula, logo nos vem à mente as fábulas de Esopo e La Fontaine, considerados os principais fabulistas conhecidos por nós. Porém, não foram os primeiros a escreverem “fábulas”. As fábulas são contadas aproximadamente há mais de 2800 anos. Por serem transmitidas oralmente, não se sabe ao certo quem as criou, mas são originárias do Oriente, que as utilizavam como doutrinamento religioso. Esopo, escravo grego, é o considerado o escritor mais antigo, viveu no século VI A.C, e por conta do período e da situação em que vivia, através das fábulas buscava transmitir o que queria. La Fontaine mais tarde, reconta muitas das fábulas criadas por Esopo, dando um refinamento literário nelas.  

A principal função das fábulas é transmitir uma lição moralizante. Conforme, Esopo ia observando os comportamentos, ações, costumes do povo ele contava as historia em forma de fabula, e transmitia valores éticos, morais, estéticos. Por ser um escravo, suas obras se direcionavam ao povo, aconselhando – os. La Fontaine, por ser burguês, direcionava suas obras para os palacianos, buscando apenas diverti – los.  

As fábulas apresentam características próprias. São textos curtos com linguagem simples, bem humoradas, relacionadas com o cotidiano e predominantemente, composta por duas partes, a narrativa e a moral, as duas partes se completam. Como toda boa história, possui uma estrutura: onde começa apresentando o contexto da situação, mostrando os personagens da história logo depois parte para ação, onde surge um conflito que desequilibra toda ação inicial apresentada, surgindo um clímax que por fim e solucionado. E no final apresenta – se a moral da historia, que pode ou não aparecer explicitamente. Normalmente esta é a estrutura, podendo ser organizada em prosa ou verso, sempre escritas em terceira pessoa, pois o narrador apenas narra os fatos.  

Como já foi dito, cada autor tinha suas intenções ao criar as fábulas, Esopo que era um escravo, buscou denunciar comportamentos e ações que aconteciam no meio social, de forma sutil. Por isso utilizava – se da estrutura formal, e de recursos imagéticos, que no caso ele escolheu os animais. Os animais, com suas características próprias, assumiam situações do cotidiano humano e com isso Esopo transmitia noções de ética, verdades universais, problemas que ocorriam na época. Os diálogos aconteciam entre os animais, relatando um pouco das intenções do autor, que era dar conselhos e fazer revelações a quem as ouvisse. La Fontaine, era um burguês, reproduziu muitas das fábulas de Esopo, porém, tinha produções próprias, porem que se dirigiam ao povo palaciano, buscando diverti – los. 

Os recursos estilísticos das fábulas são de extrema importância, pois revelam marcas próprias das fabulas. Como já descrito os personagens são animais, geralmente são dois, e não possuem nomes próprios, ate por sigilo da época, por conta da fábula ter uma estrutura estática, os personagens na maioria das vezes seguem os limites de atuação. Conforme, os personagens passam de tempo, lugar e espaço, podemos perceber que a passagem do tempo, a marcação de espaço não acontece de forma efetiva, por que as fabulas foram escritas para serem usadas em qualquer época, por isso, as expressões que marcam o tempo cronológico, histórico e espacial, em geral são “um dia”, “certa vez”, “era uma vez”, não sendo feitas de forma direta. O principal tempo utilizado nas fábulas é pretérito perfeito (denotando a distancia do narrador em relação ao fato contado) que é o verso usual das narrativas. Os adjetivos constroem sentido do texto, caracterizando personagem, determinam conflito, fazem o desfecho da narrativa.  

Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar às fábulas diversas ideias, como: tempo, “depois de brincar”;  lugar, “tocou o leão para fora de sua casa”; modo, “ela aprendeu muito bem a lição”, quantidade, “a lebre teve a ideia de brincar um pouco”; negação, “o lenhador não ficou muito animado”; etc. Durante o estudo do gênero, observamos que nas fábulas a linguagem utilizada é a coloquial, principalmente porque, na maior parte dos casos, os diálogos entre os personagens se fazem muito presentes na narrativa em questão. 
Quanto às marcas sintáticas podemos traçar algumas características das fábulas analisadas. A maioria dos verbos das fábulas é de ação, que são verbos que indicam “o fazer” do indivíduo; ele realiza ações. Os tempos verbais estão em sua maioria no passado (pretérito perfeito simples e imperfeito),  e em uma das formas nominais, o infinitivo. Os verbos no infinitivo indicam ações em que não há um determinado tempo e terminam em “ar”, “er” e “ir”.  Foi observado nas fábulas alguns verbos frequentes, são eles:  era, foi, ver . É interessante destacar que cinco das seis fábulas analisadas tinham na “moral da história” verbos no presente.  
A maioria dos períodos são compostos, ou seja, contém mais de uma ação verbal. Exemplos: “Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão dela em casamento”. (O leão apaixonado) 
“A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha...” (A raposa e a cegonha) 
São utilizados, na maioria das vezes, pronomes retos,   que atuam como sujeitos dos verbos. Os mais frequentes são: ela, ele. O objetivo de utilizar esses pronomes é não ter que repetir de forma direta os sujeitos da história. São exemplos: “
A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição”  (A raposa e a cegonha). 

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