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FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE UMA PROPOSTA CURRICULAR

Por:   •  8/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  319 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO-UFMA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE UMA PROPOSTA CURRICULAR

São Luís - MA

2017

Universidade Federal do Maranhão-UFMA

Centro de Ciências Sociais- CCSo

Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia

Disciplina: Currículo

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE UMA PROPOSTA CURRICULAR

Trabalho escrito corresponde parcialmente à nota da terceira avaliação da disciplina Currículo cujo objetivo é a familiarização com as teorias curriculares e a elaboração de fundamentos teóricos para uma proposta curricular.

INTRODUÇÃO

A educação é um processo contínuo em que são transmitidos valores, crenças, conhecimentos, ou seja, uma herança cultural. Dessa forma, a educação conclui-se em um processo de intencionalidades, orientadas por um conjunto de conteúdos com a finalidade de garantir a inclusão do educando na sociedade em que vive e assim poder tornar-se um agente transformador, um cidadão consciente e crítico, visto que por meio da educação, garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. 

De acordo com Burbano Paredes (1997), ao falar de educação, é necessário falar de currículo e sua importância nos aspectos que são fundamentais para assegurar o cumprimento das finalidades da educação. A proposta curricular é um documento base que orienta a ação docente em sala de aula. É um documento que dá a visibilidade de como é a escola a qual a proposta se refere, ou seja, o currículo é a identidade da escola e nele está inserido tudo aquilo que intervém no processo de ensino-aprendizagem, bem como as teorias e técnicas científicas.

Diante disso, esta proposta tem como finalidade a orientação do trabalho pedagógico, fortalecendo e enriquecendo, assim, a ação docente no Centro Educacional Monte Carmelo.

  1. CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA

O Centro Educacional Monte Carmelo, situado na Avenida Daniel de La Touche, 90, no bairro da Cohama em São Luís do Maranhão, foi fundado em março de 1998 pela assistente social Graciê Maria da Silva Beserra. A escola está fundamentada na lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, nos Parâmetros e Referenciais Curriculares, seguindo orientações que propõem a atuação no resgate dos valores humanos e cristãos, valorizando ainda, a vida e o homem como obra divina.

A escola apresenta uma estrutura com 04 salas para a Educação Infantil, 12 salas para o Ensino Fundamental, 01 sala de professores, 02 salas de coordenação, 01 sala de diretoria, 01 almoxarifado, 01 cozinha, 01 sala de artes, 02 dispensas, 01 cozinha, 02 salas de administração, 08 banheiros para alunos, 02 banheiros para funcionários, 01banheiro para visitantes, 01 biblioteca, 01 sala de vídeo, cantina, área externa para os momentos lúdicos e recreativos dos educandos e uma quadra poliesportiva para realização de atividades físicas. 

No turno matutino funcionam todas as turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. No turno vespertino funcionam todas as turmas somente do Ensino Fundamental. . A quantidade geral de alunos é de, em média, 650.  A escola é administrada por uma diretoria composta de quatro membros: Diretora geral, diretora pedagógica e dois diretores administrativos. A Coordenação pedagógica está dividida em níveis de ensino. A escola conta com uma equipe de 25 professores, uma equipe de faxina composta por 10 funcionários, conta também com uma 2 cozinheiras, 1 contador, 1 monitora de pátio, 2 supervisoras, 2 recepcionistas e 1 técnico em informática, 1 operador de áudio e vídeo, 2 porteiros e  2 pintores.

  1. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A escola referida neste documento tem uma visão sócio construtivista, desenvolvida com base nos estudos de Piaget (2007), em que o conhecimento é construído na interação do sujeito com o ambiente, em que vive. Busca o desenvolvimento integral do aluno, a partir da realidade em que este está inserido, através de uma educação libertadora. Pretende contribuir na formação de cidadãos livres, conscientes, críticos e plenamente capazes de transformar a realidade social agindo de maneira positiva sobre ela.

A relação ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla em que professor, aluno e conhecimento são elementos inerentes desse processo educativo.  Segundo Burbano Paredes (1997), esse processo educativo só é possível quando existe essa tríade. O ato de ensinar está carregado de intencionalidades da parte do educador, e é exatamente isso que configura uma ação docente: a intenção do professor.

Vimos que a instituição da qual estamos tratando, traz como proposta o desenvolvimento integral do aluno através de uma educação libertadora. Para Paulo Freire a educação libertadora, é compreendida como "um ato de intervenção no mundo" Freire (1967, p.122), está atrelada à consciência de escolhas das nossas ações: educar para a manutenção ou para a transformação dos valores predominantes. Assim como Freire, Henry Giroux (1986) defende a emancipação do sujeito como resultado da ação democrática da escola enquanto esfera pública, que se legitima pela autonomia de promover a participação comunitária e a valorização da cultura popular.

A dimensão política do currículo é efetivada a partir das concepções de ideologia, cultura, poder e intenções sejam explicitas ou ocultas, o que faz da escola um espaço onde se legitima aquilo se se pretende perpetuar na sociedade. Segundo Giroux (1986) as escolas são instituições históricas e culturais que sempre incorporam interesses ideológicos e políticos da classe dominante, ancorando a escolarização em uma visão de mundo limitada e mecânica; por esta razão é necessário ter professores com uma prática crítica, transformadora. Giroux (1992, p. 20-21) considera que: “repensar e reestruturar a natureza do trabalho docente é considerar os professores como intelectuais”. Devemos também “considerar os professores como atores reflexivos” (GIROUX, 1992, p. 21).

Portanto, os professores devem assumir seu papel como intelectuais transformadores, que podem usar o currículo a favor da emancipação e libertação. Giroux (1997) aponta o professor como intelectual transformador, isto é, um profissional capaz de questionar as condições e posições políticas, econômicas e pedagógicas de seu trabalho de maneira crítica, reflexiva e criativa, em busca da luta por mudanças sociais.  

Freire (1987) critica a educação bancária na qual os professores são aqueles que apenas depositam conhecimentos nas cabeças de seus alunos, os educandos estão ali apenas para receber aquilo que lhes são transmitidos, ou seja, o educador é o bancário que faz depósitos nos educandos. Em detrimento da educação bancária, a educação libertadora possibilita aos educandos uma mudança no processo de aprendizagem, visto que a educação libertadora abre espaço para a comunicação, um diálogo, aproxima professor e aluno, aluno e aluno, abre espaço para a problematização, questionamentos, reflexão sobre a realidade e busca de transformação da mesma.

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