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História da Educação

Por:   •  28/8/2019  •  Artigo  •  769 Palavras (4 Páginas)  •  843 Visualizações

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1-O projeto de sociedade burguesa, iniciado no século XV, refez uma série de paradigmas sociais e culturais que influenciaram profundamente a educação nos séculos seguintes. A principal influência foi a possibilidade de que poderíamos dominar e transformar a natureza por meio do desenvolvimento de nosso conhecimento empírico (prático). Com isso, ocorreu a dessacralização (retirar o aspecto de sagrado das coisas) da natureza, como vimos na unidade 9, que passou a ser concebida conforme os parâmetros da razão e do método que determinam o limite do conhecimento humano. Agora, fazendo uso do que vimos sobre a sociedade burguesa e ampliando a pesquisa sobre o tema, elabore um texto de no máximo 25 linhas  respondendo  a essa questão: como as teorias racionalistas (século XV) e empiristas (século XVI/XVII) abalaram o poder da pedagogia católica? Para tanto, analise como o conhecimento científico se relacionou com a teologia cristã: a católica e a protestante.

Emerge o projeto da sociedade burguesa, do século XV até o XVIII, percebendo as estratégias de deslocamento do discurso religioso para o discurso científico – este último baseado na razão e nos métodos experimentais. Essas transformações relacionam-se com a nova visão de mundo, que retira da aristocracia (a nobreza, a Igreja Católica) a sua hegemonia política e religiosa (baseada em laços religiosos, econômicos e sociais fundamentados nos hábitos feudais) e a transfere para a burguesia. Os diversos aspectos sociais, culturais e econômicos decompostos a partir dessa nova realidade colocam a questão da individualidade calcada na racionalidade (institui-se o indivíduo que consegue pensar sobre si mesmo e não apenas sob o ponto de vista religioso do destino, do pecado ou sob a condição social de imobilidade na relação entre o senhor feudal e os servos); a ampliação da circulação da informação e do dinheiro permite a ascensão social das classes inferiores, elevando a discussão sobre a igualdade dos direitos individuais e civis diante do Estado, o que culmina na eliminação do poder do rei (no caso da França). A reação católica contra os valores burgueses (a quebra das tradições, o resultado do trabalho voltado à propriedade privada e para o bem-estar, a relativização da ideia de pecado pelo domínio da matéria, da natureza, da medicina e das profissões liberais) não alcança uma efetividade ante projeto burguês de sociedade, que prevalece sobre o ideário aristocrático e religioso da nobreza.         

O racionalismo e o empirismo constituem novos paradigmas da filosofia moderna para conhecer a realidade. O racionalismo sustenta que há um tipo de conhecimento que surge diretamente da razão. É baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão. O Empirismo defende que o conhecimento humano provém da nossa percepção do mundo externo e da nossa capacidade mental, valorizando a experiência sensível e concreta como fonte do conhecimento e da investigação. Segundo os empiristas, o conhecimento da razão, da verdade e das ideias racionais é importante, mas desde que estejam ligados à experiência, pois as ideias são adquiridas ao longo da vida e mediante o exercício da experiência sensorial e da reflexão. O empirismo provoca uma revolução para a ciência. A partir da valorização da experiência, o conhecimento científico, que antes se contentava em contemplar a natureza, passa a querer dominá-la, buscando resultados práticos. Essas duas ciências racional e empírica vai propor formular leis e princípios que expliquem o funcionamento da realidade contradizendo com a pedagogia católica que constituía um corpo de verdades teóricas universais, de certezas definitivas, não admitindo erros, mudanças ou crítica. O racionalismo e o empirismo demonstraram essa mudança, onde o primeiro estava associado a razão humana (considerada uma extensão do poder divino), e o segundo está baseado na experiência, deixando assim de lado as explicações religiosas do medievo e criou novos métodos de investigação científica. O conhecimento científico se relacionou com a teologia cristã quando a ciência quis revestir a si mesma do poder de tudo explicar e descentralizou o monopólio intelectual da Igreja. O conhecimento gerado por esses e outros indivíduos lançava a ideia de que o homem não necessitava da chancela de uma instituição que o concedesse o direito de conhecer a Deus ou o mundo. Dessa maneira, se formou todo um histórico de tentativas e fatos que antecederam a consolidação do movimento reformista. Mesmo sofrendo diferentes ofensivas ao longo do tempo, a Igreja ainda conservou um conjunto de práticas que complicavam a estabilidade do poder clerical. A venda de indulgências, a negociação de cargos eclesiásticos e a vida amoral ainda foram questões que incentivaram a reforma protestante de Martin Lutero.

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