Leitura e Produção de Texto

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Unidade Brigadeiro

Pedagogia

CINTIA RAFAELA PEREIRA DE BRITO ........ RA: 1299512400

DAISY SILVA ROSA ASMUZ ...........................   RA: 6581297295

RAFAELA CRISTINA  ALVES .........................   RA: 6784442709

ZILDENE  DA SILVA SOARES ........................   RA: 6500237885

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Professor: Luiz Roberto Wagner

Leitura, uma porta para decifrar o mundo

Tutora: Jaqueline Wadas

SÃO PAULO, JUNHO DE 2013.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O QUE É LEITURA

Muitas definições sobre o que é leitura, algumas até poéticas, foram encontradas durante nossas pesquisas:

“Ler é melhor do que estudar” – “Cada vez que leio, descortino o mundo”, “ Sempre que releio um livro ele parece diferente...” “Ler é viajar sem sair do lugar...”entre outras.

Segundo Rojo (2002)

“(...) ser letrado e ler na vida e na cidadania é escapar da literalidade dos textos e interpretá-los, colocando-os em relação com outros textos e discursos, de maneira situada na realidade social; é discutir com os textos, replicando e avaliando posições e ideologias que constituem seus sentidos; é, enfim, trazer o texto para a vida e colocá-lo em relação com ela. Mais que isso, as práticas de leitura na vida são muito variadas e dependentes de contexto, cada um deles exigindo certas capacidades leitoras e não outras.”

Procuramos nos deter nos estudos acadêmicos e encontramos definições de leitura que apresentam a leitura com três focos diferentes. A saber:

Foco no autor:

É a que entende a leitura como uma atividade na qual o leitor deve captar as ideias do autor, considerado senhor absoluto de suas ações e do que dizer; o texto é produto do pensamento do autor e deve ser captado tal como o autor o concebeu.

Foco no texto:

Nesta concepção, cabe ao leitor o reconhecimento dos sentidos das palavras e estruturas do texto. O leitor realiza uma atividade de reconhecimento, de reprodução.

Foco na interação autor-texto-leitor:

Diferentemente das concepções anteriores, nesta, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeito. Leva-se em conta bem mais do que o conhecimento do código linguístico: as experiências e os conhecimentos prévios do leitor.

A leitura é, portanto, uma atividade complexa de produção de sentido. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais,

 “A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc.[...]”

          In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental:

Quanto às Estratégias de leitura, nossas pesquisas revelam a importância de se desenvolver algumas habilidades. São elas:

• Ativação de conhecimentos prévios: o leitor relaciona seu conhecimento sobre o assunto com o que o autor escreve no texto. Se houver falha nessa relação, haverá lacunas de compreensão, que será preenchida por outras estratégias, em geral de caráter inferencial.
• Antecipação ou predição de conteúdos: o leitor a partir da leitura, de suas finalidades, da esfera de comunicação, do suporte do texto (livro, jornal, revista, outdoor etc); da disposição na página, do título, fotos, legendas, o leitor levanta hipóteses sobre conteúdo e forma do texto, podendo antecipar muito de seu conteúdo.
• Checagem das hipóteses: ao longo da leitura, o leitor checa suas hipóteses, confirmando-as buscando novas hipóteses mais adequadas.
• Localização e/ou cópias de informações: ler para buscar informações em obras de referência, na internet etc), o leitor busca e localiza informações relevantes para armazenar por meio de cópia, recorte-cole, iluminação do trecho para utilizar depois de maneira organizada.
• Comparação de informações: ao longo da leitura, o leitor está constantemente comparando informações de várias ordens, advindas do texto, de outros textos, do conhecimento de mundo, de maneira a construir os sentidos do texto; essa comparação é importante para medir a relevância das informações que deverão ser retidas.
• Generalização: (conclusões gerais sobre fato, fenômeno, situação, problema etc, após análise de informações pertinentes): uma das estratégias que mais contribui para a síntese resultante da leitura é a generalização exercida sobre enumerações, redundâncias, repetições, exemplos, explicações etc.
• Inferência: quando há alguma lacuna de compreensão, provocada, por exemplo, por uma palavra, uma estrutura desconhecidas, descobriremos pelo contexto imediato do texto (a frase, o período, o parágrafo) e pelo significado anteriormente já construído, novo significado para esse termo até então desconhecido.
• Produção de inferências globais: Nem tudo está dito ou posto num texto. O leitor deverá lançar mão de pistas que o autor deixa no texto, do conjunto de significação já construída e de seus conhecimentos de mundo.

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RELATÓRIO : O QUE É LER, AFINAL?

Destacamos a leitura como uma atividade baseada na interação autor-texto-leitor. Por um lado é necessário considerar o texto, material e concreto a partir do qual se constitui a interação. Por outro, é preciso levar em conta os conhecimentos do leitor, condição fundamental para que haja a interação com maior ou menor intensidade, durabilidade, qualidade.

É por isso que se fala de um sentido para o texto e não do sentido do texto. Afinal, na atividade de leitura ativamos: lugar social, vivências, relações com o outro, valores da comunidade, conhecimentos textuais.

A leitura e a produção de sentido são atividades orientadas por nossa bagagem sociocognitiva: conhecimentos da língua e das coisas do mundo (lugares sociais, crenças, valores, vivências).

Ainda que a leitura seja, sim, uma atividade complexa, o que vemos hoje nos meios educacionais é a opção de não mais oferecer apenas textos “escolares”. Os princípios que orientam o trabalho com a leitura, tendem a respeitar o leitor; cada um com suas diferenças de processos.

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