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O AEE PARA ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Por:   •  20/5/2022  •  Artigo  •  4.150 Palavras (17 Páginas)  •  225 Visualizações

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O AEE PARA ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Resumo

O presente trabalho caracteriza-se por um levantamento bibliográfico, onde foram consideradas várias informações sobre a educação especial, inclusiva, bem como a deficiência intelectual, tendo como objetivo principal o processo de ensino e aprendizagem do educando com deficiência intelectual. Também aborda as formas de construção do conhecimento através do AEE – Atendimento Educacional Especializado.

Palavras-chave: deficiência intelectual, educação inclusiva, atendimento educacional especializado.

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a educação inclusiva vem sendo discutida de forma ampla nos meios acadêmicos, sociais e políticos, despertando e fomentando o direito das pessoas com necessidades educacionais especiais à educação. Resultado disso, temos diversas leis e declarações que garantem o compromisso com a educação inclusiva.

 Uma das mais conhecidas é a Declaração de Salamanca (UNESCO,1994), que assegura o direito destes alunos de frequentarem a escola, preferivelmente na rede regular de ensino e o dever do estado em oferecer e garantir o acesso. Realidade esta, que pode ser observada com base no Censo Escolar, o número de alunos portadores de necessidades especiais, que ingressaram em classes comuns do ensino regular, veem aumentando absurdamente. De 1998 a 2013, este aumento chega a 150% (BRASIL, 2014).

A implicação da educação inclusiva não deve somente considerar o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais em turmas comuns do ensino regular, mas sim, do seu aproveitamento acadêmico, o que se concretizará conforme a escola iniciar o processo de valorização a diversidade dos estilos de aprendizagem, em combate a homogeneidade do padrão de ensino-aprendizagem.

Como diz Glat e Pletsch (2010), a escola deve abarcar em seu projeto político-pedagógico e currículo, que subentendesse planejamento, metodologias, estratégias de ensino e avaliação, ações que sustentem uma aprendizagem significativa para todos os alunos, inclusive aqueles com necessidades especiais. Todo esse processo diligencia o envolvimento de todo corpo de educadores presentes e pertencentes aquele universo escolar, e nunca somente o envolvimento dos profissionais envolvidos especificamente com Educação Especial.

A LDB, em seu artigo 59, recomenda que as instituições de ensino devem garantir aos estudantes currículo, métodos, recursos e organização específica para o atendimento das necessidades dos mesmos, como também: garante a terminalidade específica aos que não atingirem o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, devido suas deficiências; e garante a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar (BRASIL, 2014; BRASIL, 1996).

Sabemos que um dos maiores problemas enfrentados no ensino dos alunos com necessidades educacionais especiais está na relação professor-aluno. O professor, por não possuir preparação adequada para lidar com esse aluno, acaba perdido, não sabendo como ensinar para este, se julgando, muitas das vezes como incapaz ou até mesmo se auto justificando, dizendo que o referido aluno é incapaz de aprender (CARVALHO, 2010).

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação especial é uma educação preparada para atender especifica e excepcionalmente alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de criticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. 

O termo educação especial designa tanto uma área de conhecimento quanto um campo de atuação profissional. De um modo geral, a educação especial trabalha com aqueles elementos de ensino e aprendizagem que não têm sido ocupação do sistema de educação regular, porém têm entrado na pauta nas últimas duas décadas, devido ao movimento de educação inclusiva.

 A educação especial vem trabalhando com a educação e aperfeiçoamento de indivíduos que não se favoreceram dos métodos de ensino usados pela educação comum do ensino regular.

No Brasil embasado nas Diretrizes curriculares da Educação Especial (2008), inclui-se em educação especial desde o ensino de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, passando pelo ensino de jovens e adultos, alunos do campo, quilombolas e indígenas, até mesmo o ensino de competências profissionais.

A educação inclusiva passou a estabelecer um novo olhar sobre as diferenças e, a partir dessa visão altera-se a posição das pessoas com necessidades educacionais especiais nos sistemas educacionais, em que o sujeito não se reduz à condição da deficiência e da incapacidade, mas, ao contrário, o fazer pedagógico é estabelecido a partir das capacidades e potencialidades que cada indivíduo tem de aprender e participar (DUTRA, 2006).

Conforme a Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, a educação inclusiva é entendida como

[...] a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida (BRASIL, 2001, p. 39-40)

É possível perceber que a inclusão não se refere apenas à escola, mas a todos os espaços comuns da vida.

São muitas as atividades educacionais de uma instituição escolar inclusiva, o que nos induz a acreditar que a educação precisaria ser inclusiva para todos e não somente àqueles com necessidades educacionais especiais.

Quando o assunto trata de educação especial sob o enfoque da educação inclusiva, é comum associarem ás escolas especiais, restringindo o publico alvo ás pessoas com necessidades educacionais especiais, com alguma deficiência física, psíquica, cognitiva e emocional, perdendo a essência da mesma.

De acordo com Mrech (1998) inclusão é:

- propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes comuns;

- propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico;

- perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes.

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