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O ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: a inclusão na educação infantil.

Por:   •  13/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.471 Palavras (10 Páginas)  •  482 Visualizações

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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

MARIANA GOMES DOS SANTOS

O ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: a inclusão na educação infantil.

 

São Paulo

2019

MARIANA GOMES DOS SANTOS

RA 3118101510

O ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: a inclusão na educação infantil.

Ensaio Estruturado, apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob orientação do Prof. Wendel Cassio Christal.

São Paulo

Setembro/2019

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo trazer informações sobre a inclusão dos alunos com transtorno do espectro autista na educação infantil, considerando aqui a faixa etária de 4/6 anos. A amplitude do espectro, o despreparo das escolas em sua maioria, incluindo gestão/corpo docente e equipe de apoio. Para este, me baseio em alguns artigos e livros, além da vivência na inclusão.

Palavras-Chave: Educação Infantil. Inclusão. Transtorno do Espectro Autista.

        

 

O conhecimento é poder. Utilize parte do seu tempo para educar alguém sobre o autismo. Não necessitamos de defensores. Necessitamos de educadores”.

    Asperger Women Association

Este ensaio estruturado baseou-se em informações sobre o processo de inclusão nas escolas de educação infantil, visto algumas experiências, leituras e observações no espaço escolar, em algumas EMEIs da cidade de São Paulo.

INTRODUÇÃO

Desde adolescente, quando realmente fui para a minha 1ª faculdade de Pedagogia, desenvolvi o interesse pela inclusão escolar, em trabalhar com crianças com necessidades especiais, optando na ocasião pela Educação Especial como parte da minha grade de formação. Por forças maiores, tive que abandonar o curso, seguir caminhos e carreiras diferentes daquela escolhida desde a infância, e deixei de lado por alguns anos o sonho de trabalhar na Educação Especial.

Hoje, estou em período final da graduação, e buscando novamente o caminho da Educação Especial, passando pelo interesse primário pelas Libras e me encontrando nos estudos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), como são essas crianças em seu amplo espectro, assim como suas necessidades pessoais, sociais e educacionais. Ter um filho dentro do Espectro, só veio a fortalecer que o caminho de minha escolha, era o que eu queria mesmo atuar e realizar. Fui complementar meus estudos na área, fiz a leitura de muitos artigos, teses, monografias e livros. Entender o mundo amplo do TEA requer muito como pessoa, mãe e profissional na área da educação.

A inclusão é linda na teoria, mas tirar do papel uma prática realmente inclusiva, há longos e dificultosos caminhos a percorrer, desde a formação dos professores, o espaço escolar, a gestão pedagógica e até a aceitação e parceria das famílias. O auxilio deve ser múltiplo, por todos os lados e sociedades que circundam uma criança dentro do espectro.

Assim, meu objetivo para este ensaio, é conceituar o transtorno do espectro autista, quais os processos que podem ocorrer para um trabalho de inclusão mais assertivo e porque não trazer a luz um pouco da realidade que vivencio na inclusão, com tantos sem preparo e alguns poucos com boa vontade/boa ação.

REFERENCIAL TEÓRICO

Para este ensaio, usarei como referencial teóricos alguns livros sobre Autismo; como por exemplo: “Mentes Únicas”, escrito por Luciana Brites e Clay Brites; “Manual do Autismo”, escrito pelo Dr. Gustavo Teixeira. Ao longo deste ensaio, serão utilizadas outras fontes.

DESENVOLVIMENTO

O termo Autismo tem origem grega, quer dizer “autós” ou “de si mesmo”, foi empregado dentro da psiquiatria, para denominar comportamentos humanos que centralizam-se em si mesmo, ou seja; voltados para o próprio indivíduo. (ORRU, 2012, p.17).

As primeiras citações e tentativas de explicar o termo autismo surgiram no início do século XX, quando o psiquiatra Eugen Bleur, em 1911, usou o termo para nomear a forma clínica mais radical e intensa do grupo das esquizofrenias em que o indivíduo atingiria. De lá pra cá, diversos cientistas, pesquisadores e profissionais da saúde e educação contribuíram para um maior entendimento não só do termo, mas também dos aspectos clínicos, comportamentais, sociais, educacionais e subjetivos presentes nessa condição.

A primeira publicação científica aconteceu em 1943, por Leo Kanner que descreveu autistas moderados e severos, a partir de um estudo com 11 crianças que correspondiam a uma série de características peculiares como obsessividade, estereotipias e ecolalias. E a segunda em 1944, por Hans Asperger, pediatra austríaco que descreveu os mesmos sintomas descritos por Kanner em sua obra “Autistic psycopathy in Childhood”, porém em seus estudos, as crianças mantiveram preservação cognitiva, mas dificuldades de comunicação social, nomeada então como Síndrome de Asperger (“autistas leves e com boa capacidade funcional”).

Asperger e Kanner descreveram os mesmos distúrbios, mas desconheciam um a obra do outro, sendo que a obra de Hans Asperger como estava escrita em alemão era desconhecida publicamente até sua tradução para o inglês e mencionada pela primeira vez por Lorna Wing em seus estudos sobre o autismo em 1980.

Em 1987, o autismo foi separado do quadro da esquizofrenia, que até então se entendia por apresentarem sintomas próximos, e classificado com um Transtorno pelo DSM-III-R (Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria).

Em 1995, na versão do DSM-IV, o autismo é considerado um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e também passa a ter inclusão dos quadros de Transtorno de Rett, Transtorno de Asperger e Transtorno Desintegrativo da Infância.

No DSM-IV, a categoria relacionada ao autismo era transtornos globais do desenvolvimento e incluía os seguintes diagnósticos: Transtorno autista (ou autismo “clássico”); Síndrome de Rett; Transtorno Desintegrativo da infância; Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação (TGD-SOE) (ou autismo atípico)

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