O Autismo e as Possibilidades no Ensino Lógico Matemático

[pic 1][pic 2]

AUTISMO E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ávila, Karine. RU 1921340.

POLO MONTENEGRO

UNINTER

Resumo

Este artigo tem como objetivo, mostrar através de pesquisas feitas com professores, familiares e alunos da rede pública, a atual situação e os desafios da inclusão da pessoa com deficiência na escola regular. Sabendo que a inclusão escolar proporciona a oportunidade de convivência com os demais alunos da mesma faixa etária e o princípio de igualdade, a deficiência em foco foi o autismo. Neste sentido, as pesquisas feitas mostram a necessidade do fortalecimento de uma cultura de interação, proporcionando a comunicação das crianças com autismo com o meio escolar, fixando a sua permanência no ensino regular e proporcionando uma educação de qualidade para todos.

Palavras-chave: Inclusão escolar. Autismo. Desafios.

Introdução

A educação no Brasil como em todo mundo vem sendo modificada, tomando novos rumos e acolhendo quem outrora era excluído do sistema regular das escolas públicas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394, em 1996, assegurou que a criança deficiente física, sensorial e mental, pode e deve estudar em classes comuns. Dispõe em seu art. 58, que a educação escolar deve situar-se na rede regular de ensino e determina a existência, quando necessário, de serviços de apoio especializado. Preveem também recursos como classes, escolas ou serviços especializados quando não for possível a integração nas classes comuns. O art. 59 contempla a adequada organização do trabalho pedagógico que os sistemas de ensino devem assegurar a fim de atender as necessidades específicas, assim como professores preparados para o atendimento especializado ou para o ensino regular, capacitados para integrar educandos portadores de necessidades especiais nas classes comuns. Portanto a educação inclusiva, se “configura na diversidade inerente à espécie humana, buscando perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos” (Wikipéia, acesso 10 de junho 2018).

Assim o autismo que se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, também acentua a restrição de interesse por atividades, causando o isolamento contínuo da criança e sua família. Entretanto a educação inclusiva quebra essa barreira aproximando a criança da realidade e ajudando em seu processo cognitivo, de expressão, de linguagem capacitando para enfrentar os desafios que irão aparecer na vida adulta. Todo cidadão tem direito a uma educação de qualidade, o maior desafio é a falta de qualificação dos professores, e um programa pedagógico que atenda todos.

Baseando-se nas pesquisas feitas com os alunos e professores da escola Municipal Jozué Machado dos Santos e as visitas de observação, pode-se ter uma ideia destes desafios e tecer parâmetros sobre a inclusão, especialmente dos alunos com autismo.

Desenvolvimento

O processo de inclusão, sempre apresenta desafios, pois o cuidado para não excluir os portadores de deficiências mesmo estando incluídos no ensino regular é constante, devido ao preconceito e a falta de informação dos pais, alunos e professores.

Autismo e a escola

O autismo é classificado pelo DSM-IV-TR (Associação Psiquiátrica Americana [APA], 2002) como um transtorno global do desenvolvimento, que se caracteriza pelo desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação e pela presença de um repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Os comprometimentos nessas áreas estão presentes antes dos três anos de idade, quando os pais, em geral, já percebem e preocupam-se com as limitações observadas, cada vez mais aparentes ao longo

do desenvolvimento. Desse modo, observa-se uma dificuldade qualitativa de relacionar-se e comunicar-se de maneira usual com as pessoas, desde cedo na vida. Estudos epidemiológicos apresentam uma prevalência de aproximadamente 1 em cada 200 indivíduos (Klin,2006), sendo esta quatro vezes maior em meninos do que em meninas. Somente no Brasil, embora não existam dados epidemiológicos estatísticos, é estimado pela Associação Brasileira de Autismo que aproximadamente 600 mil pessoas apresentam essa síndrome (Bosa & Callias, 2000), sem contar aqueles que não se enquadram em sua forma típica.

Assim conforme a pesquisa, os pais do menino Otavio de 10(dez) anos, falaram do desenvolvimento do filho desde o nascimento até agora, citando os desafios da comunicação e falando sobre a importância da escola nesse processo. A mãe fala do preconceito que sofreu, onde as pessoas tratavam seu filho com um incapaz, e que demorou até encontrar uma escola que atendesse as limitações do seu filho e o ajudasse a superar, por outro lado a professora comenta que a escola está o ajudando a minimizar esta limitação, tirando-o do isolamento em que se encontrava e conseguindo através do AEE (Atendimento educacional especializado) sucesso com Otavio além de um crescimento social importante com os demais colegas. “Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças, esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa’’. (MANTOAN, 2005, p. 24-26).

A escola em questão é municipal, encontra-se em um bairro de classe média, e atende atualmente a 36 crianças especiais, dede déficit de atenção até transtornos psíquicos mais graves. A diretora fala sobre esse desafio, que através do AEE conseguiram criar um cronograma de atendimento aonde é interligado com o a secretária da educação, onde contam com o apoio da secretária da saúde, disponibilizando fonoaudiólogos, psiquiatra e psicólogos. Também a secretária da educação faz mensamente cursos de capacitação com professores para o atendimento especializado, além de ter uma filial do AEE em cada escola integralmente contando com um profissional para atendimento aos pais e alunos.