O CONSELHO ESCOLAR COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA

O CONSELHO ESCOLAR COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA

SOUZA, Luciana Crosara de^[1]

SPIRANDELI, Fernanda de Fátima de Oliveira^[2]

RESUMO

Através da observação em uma instituição de ensino e dos materiais estudados na disciplina de gestão escolar, analisamos como se deu o funcionamento do Conselho Escolar, seus membros e quais as pautas que são tratadas nas reuniões. Através dessa observação buscamos definir qual tipo de gestão a escola adota e refletir se quais pontos precisam ser melhorados para contemplar a gestão democrática. Propomos uma ideia para se aplicar e tentar solucionar a lacuna da gestão na escola.

Palavras chave: Instituição de ensino. Conselho Escolar. Gestão democrática.

1.0 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre a concepção de gestão que a escola observada está aplicando e analisar se existem possíveis pontos que devem ser mudados para que ocorra a gestão democrática.

Buscamos também propor formas para eliminar as possíveis lacunas que existem nessa gestão e destacamos a importância da gestão democrática para a vida social do indivíduo.

Após esta breve introdução será apresentado o item gestão escolar, que está subdividido em dados da instituição pesquisada, realidade escolar, possíveis mudanças, em seguida será apresentado a metodologia, as considerações finais e as referências.

2.0 GESTÃO ESCOLAR

2.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO PESQUISADA

A escola pesquisada realiza o Conselho Escolar mensalmente ou extraordinariamente quando necessário. Ele possui 13 membros, sendo o diretor escolar o presidente do conselho e mais 04 segmentos divididos em:

Administrativo: 03 membros;

Pais ou responsáveis: 03 membros;

Magistério: 03 membros;

Estudantes maiores de 14 anos: 03 membros

A pauta das reuniões é destinada a tratar de assuntos como reforma (obras), problemas escolares que envolvam alunos, prestações de contas, funcionamento do ensino, dentre outros.

A instituição escolar segue a resolução do SEE nº 2.958 de abril de 2016.

2.2 REALIDADE ESCOLAR

A partir dos materiais estudados ao longo da UTA – Organização Escolar sobre gestão escolar e das observações feitas na escola, observamos que ela utiliza a gestão compartilhada ou participativa. Segundo Soares (2014, p. 62) a gestão participativa restringe-se ao nível da consulta e não da decisão propriamente dita, em uma relação imposta, de cima para baixo.

Justificamos essa gestão pelo fato de alguns membros do Conselho Escolar não exercerem de fato o seu direito de serem representados, em especial os pais, que participam das reuniões apenas como ouvintes (participantes) e não toma decisões com relação à gestão da escola.

Constatamos ainda que o fato dos pais não terem uma participação ativa, se justifica pela falta de incentivo por parte da instituição de ensino.

Segundo Soares (2014, p.118) “a escola primeiramente, precisa refletir se está de fato estimulando a participação da sua comunidade, alem de observar se tem um escasso conhecimento a respeito dos reais interesses e aspirações da comunidade”.

Portanto é dever da escola buscar ferramentas para que estimulem a participação concreta dos pais no meio escolar, mostrando a eles a importância de sua participação tanto para a vida escolar de seus filhos, como para toda comunidade, não apenas para concordar com opiniões impostas, mas sim para discutir e propor o que é melhor para a comunidade. Também é papel da escola buscar quais são as reais necessidades da comunidade, concepções sociais, econômicas, culturais, dentre outras.

Desta forma para que o conselho escolar funcione de forma igualitária e dinâmica, se faz necessária a efetiva participação dos pais no Conselho Escolar e para que isto aconteça de forma produtiva e eficaz se faz necessário a implantação da gestão democrática.

A gestão democrática deve contemplar as ações coletivas, da equipe dirigente, docentes, demais funcionários da escola, pais e alunos, através de uma relação transparente, o diálogo deve acontecer de forma aberta, onde todos os membros do conselho devem discutir e propor ideias de forma horizontal, onde ninguém é superior, e não pode contemplar opiniões individuais, mas sim coletivas, com o que for mais ideal para a comunidade escolar.