O ESPELHO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA PARA O MUNDO: PISA A AVALIAÇÃO QUE EXPÕE O BRASIL

O ESPELHO DA EDUCAÇAO BRASILEIRA PARA O MUNDO: PISA A AVALIAÇÃO QUE EXPÕE O BRASIL

Josué Coutinho de oliveira^[1]

Msc.Maridulce Ferreira Lustosa^[2]

RESUMO

Este artigo tem como objetivo investigar os principais motivos que levaram o Brasil a ocupar os últimos lugares no Programme for International Student Assessmet (PISA). A análise parte da discussão sobre este momento de derrocada da educação brasileira a partir do comparativo da metodologia aplicada no Brasil com a da Coréia do sul. É feita analise critica dos principais fatores corroborantes na história da educação brasileira a partir das principais problemáticas causadoras dessa derrocada e o comparativo  dos resultados apresentados pelo Brasil na avaliação PISA.

 

PALAVRAS-CHAVE: PISA, Educação, Metodologia

ABSTRACT

This article aims to investigate the main reasons that led Brazil to occupy the last places in the Programme for International Student Assessmet (PISA). The analysis of the debate over this moment of collapse of the Brazilian education from comparative methodology applied in Brazil to South Korea. Critical analysis is made of the main corroborative factors in the history of Brazilian education from the main problem causing this debacle and the comparison of the results presented by Brazil in the PISA assessment.

 
KEYWORDS: PISA, Education, Methodology

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é o de refletir sobre as mazelas da educação brasileira comprovada através do resultado da avaliação PISA.

As dificuldades no aprendizado e suas consequências para o desenvolvimento do nosso país nos leva a seguinte indagação: por que o Brasil se encontra entre os últimos colocados na avaliação no Programme for International Student Assessmet (PISA)? Ao analisarmos a historia da educação no Brasil verificamos o total abandono e despreparo durante séculos quanto à arte de ensinar. Devido à ineficiência do Sistema Educacional Brasileiro, a educação no Brasil caminha a passos largos para o caos educacional, resultando em uma falsa aprendizagem para os educandos.

A proposta deste artigo é discutir qual é a melhor prática pedagógica e o porquê de nossos alunos não estarem aprendendo. Identificar dentro do processo, onde estamos falhando, ou se há um conjunto de fatores intermitentes, quais os equívocos praticados pelo Estado, pelos professores, pela família e, por fim, pelos próprios alunos que na sua maioria, não demonstram interesse em aprender. Esta pesquisa bibliográfica baseia-se em CASTRO (2014) quando aborda a situação da educação brasileira, utilizando-se estatísticas e comparando a metodologia aplicada pelos educadores brasileiros em relação a outros países, também nos baseamos em SOUZA (2011) que trata das práticas educacionais utilizadas pelos educadores brasileiros e suas consequências para a educação em nosso país. Os autores concluem que o Brasil precisa repensar as praticas pedagógicas adotadas.

Estes aspectos nos levam a refletir sobre a situação do Brasil no contexto internacional educacional.

INFORMES GERAIS SOBRE O PISA

O PISA é um programa criado pelos governos de 30 países e têm como propósito medir o nível educacional de estudantes na faixa etária de 15 anos de idade. Esta avaliação aborda diversos aspectos educacionais.

A coordenação do PISA no Brasil é de responsabilidade do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O PISA foi instituído com a finalidade de produção de indicadores para contribuir com a melhoria da educação básica dos países participantes. O programa foi criado em 1997^[3], sendo colocado em prática a partir de 2000. O Brasil participa desde sua primeira edição como país convidado. Além do PISA, examinar conhecimentos e competências, também avalia os hábitos de estudo, ou seja, a forma de estudar, o que motiva os alunos a estudar e os diversos tipos de situações de aprendizado^[4].

PRINCIPAIS FATORES CORROBORANTES PARA A DERROCADA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Os desmandos com a Educação Brasileira tem berço histórico e continua até os dias atuais. De acordo com CASTRO (2014, p.41):

“[…] Somos herdeiros de uma sociedade elitista, em que a educação atendia apenas aos níveis mais altos. Criamos ensino superior antes de ter uma rede pública fundamental. Criamos ciência antes de alfabetizar a todos”.

Tal fato tem sido constatado com os resultados obtidos a partir da participação do Brasil no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) que têm por finalidade avaliar os estudantes dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e países convidados.

Os alunos brasileiros, a partir da primeira participação no PISA têm obtidos resultados pífios em comparação aos alunos de outros países. Nossos discentes apresentam dificuldades para entender e lidar com os modelos das questões apresentadas no Exame Internacional e o resultado disso é que o Brasil configura sempre nas últimas colocações no PISA.  De acordo com informação retirada da revista VEJA^[5], como bem escreve CASTRO (2014, p.35):

“[…] Um país no qual três quartos da população ativa não entende um texto escrito (pesquisa Ibope/ fundação P. Montenegro) não pode se dar ao luxo de desviar sua atenção da escola fundamental, na qual se permitiu a  consumação dessa catástrofe”.

  HISTÓRICO CRONOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Estes desmandos na educação brasileira vêm desde o início da construção da nossa trajetória conforme se pode ver através da escritora ARANHA (2006, p.140):

  Em 1549, chega ao Brasil o governador Geral Tomé de Souza acompanhado por diversos padres jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega, e em apenas Quinze dias após a chegada fundam, na cidade de salvador, a primeira escola elementar com o intuito de ensinar aos nativos a ler e escrever, marcando, desta forma, o início da História da educação no Brasil, sendo eles os primeiros responsáveis por uma educação organizada no país.