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O Estagio

Por:   •  12/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.258 Palavras (10 Páginas)  •  163 Visualizações

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No dia 02 de Maio de 2018 eu cheguei á escola municipal Tancredo Neves e fui recebida pela diretora (A) que nos encaminhou para a supervisora (R) para nos encaminharmos e orientarmos para realizar o estágio. Chegamos na instituição ás 7:00hs , a orientação se inciou as 7:45hs, a supervisora nos levou para conhecer a Sala de Apoio que tem como finalidade auxiliar alunos que possuem laudo no contra-turno de suas aulas, na sala havia um aluno e uma professora que o auxiliava em atividades, a diretora afirmou que o desenvolvimento dos alunos é muito significativo com as aulas que ali são realizadas, mas que infelizmente há muitos alunos que por não terem laudo, não podem ter este auxílio, enfrentando grande dificuldade no desenvolvimento de aprendizagem.

Em seguida a afirmou que nem todas as professoras são receptivas com estagiárias por se sentirem inibidas e sem liberdade de ensinar, e que por este motivo me encaminharia para uma educadora que estaria mais “receptiva” para me receber. A professora me levou então até a biblioteca e me apresentou a professora (G), as crianças estavam sentadas em grupos de quatro e lendo alguns livros que estavam em cima das mesas, a professora me explicou que aquela aula tinha como objetivo o incentivo a leitura e que as crianças fariam fichas de leitura dos livros que escolhessem, perguntei a ela se as crianças já liam com facilidade, a educadora respondeu que oralmente a maioria ainda não conseguia ler fluentemente e tinham dificuldade em compreender os sinais de pontuação (virgula, interrogação, exclamação etc), perguntei a ela se o espaço de leitura era somente na biblioteca ou se realizava rodas de leitura na sala também, a mesma respondeu que só na biblioteca, pois no ensino fundamental não se trabalha tanto com o lúdico como na Educação Infantil, ás 8:10hs , os alunos voltaram para a sala de aula.

A sala era organizada em fileiras com os alunos sentados separadamente, havia dois armários, e muitos painéis, com alfabeto, ajudante do dia, combinados, figuras geométricas, calendário, a educadora afirmou que a sala no período da tarde é utilizada pela turma de crianças de cinco anos e por isso a quantidade de painéis. Cada sala recebeu um nome de determinado país, devido á copa, o país da sala que eu estava era a Dinamarca.

A professora me apresentou para os alunos, em seguida iniciou uma atividade com uma tirinha para desenvolver a produção de texto, a atividade foi desenvolvida em grupo e a educadora foi registrando o texto no quadro para os alunos copiarem. Em seguida a professora distribuiu os livros didáticos para os educando, que ficam guardados no armário, a professora trabalhou fonema e grafema, desenvolvendo uma atividade de sílabas tônicas, as 09h15min foi dado o sinal para o intervalo, as crianças saíram correndo, o recreio é bem agitado a escola toca música durante o intervalo e oferece alguns jogos para as crianças. As crianças retornaram para sala ás 9h30min, a professora continuou com as atividades do livro sobre sílabas tônicas, no livro haviam algumas palavras que não faziam parte da realidade das criança como o nome de algumas frutas que as mesmas não conheciam (jenipapo e capuaçu), mesmo a professora explicando oralmente o que eram, os alunos tiveram certa dificuldade para compreenderem, ás 10h15min a professora passou problemas matemáticos que envolviam raciocínio lógico, a mesma afirmou que estava trabalhando esta atividade pois os alunos não conseguiram realizá-lo na avaliação diagnóstica.

O ensino por meio do livro didático é complicado quando possui palavras descontextualizadas, aparenta que o ensino é vazio e sem significado se a professora tivesse levado a fruta ou pelo menos a foto da fruta para as crianças e apresentado aonde é produzida, suas características a aula poderia ter ficado interessante e ela poderia ter pedido para as crianças pesquisarem frutas desconhecidas por elas e trabalhar novamente a sílaba tônica e realizado uma atividade com verdadeiro significado.

No dia 03 de Maio de 2018, a educadora iniciou ás 7hs: 00min a aula com um “projeto de leitura”, distribuindo um uma folha com dois textos, um com informação cientifica e o outro texto de ficção, pediu para os alunos fazer uma leitura silenciosa pedindo para os educandos atentarem á pontuação, em seguida pediu aos alunos que lessem em voz alta, primeiro individualmente e depois em grupo, a professora discutiu com os alunos os gêneros de cada texto, os educandos participaram bastante da discussão, a professora discutiu também a estrutura textual como o número de parágrafos, em seguida a professora passou uma série de perguntas no quadro, sobre os textos, durante este tempo os alunos se dispersaram bastante, depois que a professora passou as perguntas, ela começou a apressar os alunos falando em tom elevado: “Só mais três minutos!”, “ Vamos você não copiou nada ainda!” , pouco tempo depois a professora passou a correção.

Em seguida a professora distribuiu a tarefa de casa e distribuiu mais uma folha com atividades de r e rr, a grande maioria das crianças conseguiram realizar a atividade com facilidade, a professora para auxiliar os alunos que ainda não haviam conseguido realizar a atividade, explicou sobre a regra de rr, ás 9hs:30min os alunos saíram para o intervalo.

Na volta a professora continuou a mesma atividade, comecei a auxiliar um aluno, segundo a educadora, este não sabe ler, só realiza cópias e suspeita que ele tenha algum transtorno ou déficit, quando comecei a auxiliá-lo percebi que ele conhece as letras e possui um pouco de consciência fonológica, tem dificuldades em reconhecer algumas letras. A professora corrigiu a atividade, sempre apressando seus alunos. Ás 10hs:00min a professora iniciou o conteúdo de Matemática, passando algumas questões que envolviam raciocínio lógico e subtração.

É possível perceber que os alunos assumem o papel de agentes passivos na maioria do tempo, a professora os deixa falar em poucos momentos, pedindo silêncio o tempo todo, pedindo para que se sentem corretamente, que copiem de determinada forma, muitas vezes gritando, em determinado momento uma criança fez uma pergunta, e a outra apontou dizendo: “você faz muita pergunta!” e a outra respondeu: “Ah! Eu faço muita pergunta porque eu sou burro.” As crianças então sendo moldadas para não questionar, realizar atividades de forma mecânica, no qual a aprendizagem tem um sentido vertical, o educador assume a posição de comando e os alunos não têm espaço para troca de aprendizagem, assim como afirma (Baptista, 2004) “Os alunos só assumem a própria aprendizagem quando lhes é dada a oportunidade de uma participação ativa.”

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