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O Estágio em Matemática

Por:   •  4/5/2022  •  Artigo  •  3.849 Palavras (16 Páginas)  •  62 Visualizações

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Silva, Silva e Santos

A CASA SONOLENTA: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA ENSINAR PADRÕES MATEMÁTICOS NOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Luiz Fernando Ribeiro Almeida[1]

UEG

Roseli Araújo Barros[2]

UEG

RESUMO

O texto relata os resultados do projeto de iniciação científica (IC), cujo objetivo foi investigar as possibilidades de utilização da literatura infantil no ensino-aprendizagem da matemática com os alunos do quinto ano do Ensino Fundamental em uma escola pública municipal no interior do Estado de Goiás. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória com base na elaboração/desenvolvimento de uma sequência didática (SD), com base no livro “A Casa Sonolenta, escrita por Audrey Wood e ilustrada por Don Wood. A partir da história buscou-se apresentar, aos alunos, regularidade de acontecimentos em que é possível identificar um padrão de repetição e que o mesmo está associado a termos como: sequência, motivo, regra e ordem. Apesar das dificuldades no desenvolvimento da pesquisa, devido a pandemia da Covid-19, pode-se afirmar que associar literatura e matemática pode contribuir no aprendizado dos alunos e incitar o aluno para além do aprendizado, que se encontra no currículo escolar.

Palavras-chave: sequência didática; anos iniciais; matemática; literatura; Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

Desde março de 2020, o mundo vem sofrendo com uma disseminação comunitária da COVID-19[3], caracteriza como pandemia (BRASIL, 2020a). A doença causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, cujo quadro clínico varia de infecções assintomáticas a crise respiratória grave, exigindo medidas de distanciamento social e cuidados mais rigorosos com higiene pessoal, na tentativa de suavizar a contaminação da população pelo vírus (BRASIL, 2020b). Ante ao cenário, vem ampliando o uso da tecnologia digital em distintos setores como o trabalho no formato home office, alguns comércios adotaram as vendas pela internet e o sistema de ensino, público e privado, necessitou reorganizar-se para dar continuidade ao ano letivo.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG), com fundamento no Decreto estadual nº 9.633, de 13 de março de 2020, que decretou situação de emergência na saúde pública do Estado de Goiás em virtude da disseminação do Covid-19, publicou a Portaria nº 560/2020 (GOIÁS, 2020a), que suspendeu, a partir de março de 2020, as atividades acadêmicas presenciais em todas as unidades universitárias e campus da universidade. Além disso, a reitoria da instituição publicou a Portaria nº 563/2020 (GOIÁS, 2020b) que dispõe sobre o sistema de teletrabalho, implantado como forma de prevenção da disseminação do novo vírus.

Devido ao contexto pandêmico, as atividades de ensino, pesquisa e extensão na referida universidade precisaram ser adaptadas ao Ensino Remoto Emergencial (ERE),  com o uso de tecnologias digitais disponível como: reuniões (aulas em tempo real) pelo sistema de comunicação por vídeo, Google Meet; lousa digital interativa, desenvolvida pelo Google, o Jamboard; e plataforma de compartilhamento de vídeo, YouTube; e uma plataforma disponibilizada pelo Google, o Classroom.

Este texto tem como objetivo descrever/analisar as atividades desenvolvidas em um projeto de Iniciação Científica (IC) cujo objetivo foi investigar as possibilidades de utilização da literatura infantil no ensino-aprendizagem da matemática .

Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, com base na elaboração/aplicação  de uma Sequência Didática (SD),  com os alunos do quinto ano do Ensino Fundamental em uma escola pública municipal no interior do Estado de Goiás. Esta foi elaborada a partir do livro “A casa sonolenta”, de Audrey Wood e ilustração de Don Wood, cuja história apresenta regularidades de acontecimentos em que é possível identificar um padrão de repetição.

MATEMÁTICA E LITERATURA

Desde o nascimento, o homem tem necessidade de relacionar com o mundo ao seu redor, fazendo uso de alguns mecanismos para comunicação que podem ser sons, gestos e olhares e, outros modos de linguagem que possa estabelecer uma comunicação mais real. (SILVA, 2019).

A linguagem é uma das formas de comunicação mais eficientes que o homem utiliza para compreender o mundo. Por meio dela, a criança é exposta aos conhecimentos, adquirindo informação sobre o mundo que a rodeia. É na língua materna que a criança recebe parte das informações do mundo exterior e utiliza-a para comunicar com esse mundo, assim como cita Coura (2005).

Ao associar a Matemática com a Língua Materna relaciona-se a matemática com um modo de linguagem. Nesse sentido, Oliveira (2007) alude que, de modo geral, as pessoas tendem a pensar que a Matemática tem um significado, linguagem e comunicação outro, mas, essas duas temáticas se aproximam e complementam. Para Menezes (2000), linguagem e comunicação possuem uma ligação evidente, já que comunicar é a função central da linguagem, o que deixa uma brecha para discutir a eficácia da comunicação nas aulas de matemática.

Matemática e Língua Materna, enquanto disciplinas, são duas áreas curriculares importantes do Ensino Básico, ocupando lugar de destaque no currículo escolar e permeando toda a formação escolar. Mas, se em alguns momentos da formação elas se interagem em outros parecem tomar direções contrárias, desde o início do “processo escolar percebe-se, em nível de senso comum, uma ênfase nos aspectos que separam as duas, em detrimento, sobretudo, da Matemática – que aparece quase como a vilã da história” (COURA, 2005, p. 4). E por isso, quiçá, exista certa dicotomia entre Matemática e língua materna, o que talvez justifique alguns alunos alegarem o gosto por uma delas (MENEZES, 2011).

Mas, quando a criança chega à escola, a matemática que lhe é apresentada mostra-se distantes das outras áreas de conhecimento e do cotidiano dos alunos. Para Machado (2001, p.15), essas disciplinas ficam “estranhas uma à outra, cada uma tentando realizar sua tarefa isoladamente ou restringindo ao mínimo as possibilidades de interações intencionais”. Isto é, parece que a escola não valoriza o conhecimento interdisciplinar que a criança traz para a escola e desarticula a matemática das demais disciplinas, sendo considerada uma das mais difíceis de compreensão.

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