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O PAPEL DO LUDICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Por:   •  20/3/2021  •  Monografia  •  1.381 Palavras (6 Páginas)  •  131 Visualizações

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O PAPEL DO LUDICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Jéssyka Marcela Parreira¹

Resumo

O presente artigo visa compreender o papel do lúdico no desenvolvimento do educando especial, enfatizando a importância do mesmo na aprendizagem, contribuindo na formação cognitiva e até mesmo a interação da criança/adolescente na sociedade, favorecendo a interação com os colegas e propiciando situações desafiadoras, motivando perguntas e respostas e estimulando a criatividade de cada um.No ato de brincar o educando partilha experiências e trocas de conhecimentos únicas, de forma que dessa maneira conseguem desenvolver-se mais rapidamente de forma divertida sem a pressão mecanizada e sisuda dos ensinos tradicionais.É papel dos educadores e da família introduzir a brincadeira como forma de aprendizado, pois o conhecimento é um caminho longo que não deve terminar em sala de aula. A família também tem um papel crucial nesse desenvolvimento, ao perceber que através do lúdico há a formação de cidadãos críticos, incorporando até mesmo valores morais. Por meio de brincadeiras o professor consegue estimular diversas habilidades, ajudando-a na resolução de problemas e até mesmo na formação de caráter.

Palavras chave: Lúdico, aluno, aprendizagem, habilidades.

  1. Introdução

O presente trabalho propõe através da fundamentação de diversos autores expor a importância do lúdico na educação especial favorecendo a inclusão do aluno seja em sala de aula seja em meio a sociedade, e o desenvolvimento cognitivo do mesmo, auxiliando em um aprendizado mais rápido e dinâmico.

Desde muito cedo o brincar faz parte da vida da criança, sendo assim um dos primeiros contatos de compreensão do mundo ao seu redor. Quando brinca a criança aprende a socializar-se, tem seu primeiro contato com regras que podem ser impostas em um jogo e desenvolvem a capacidade de raciocínio, formulando perguntas e respostas.

É de extrema importância que a família entenda esse processo e continue atuando ativamente quando a escola não estiver presente. Assim escola e família podem e devem trabalhar juntos usando o lúdico como forma de inserção dessa criança na sociedade, estimulando através do jogo capacidades únicas de cada indivíduo.

  1. A Importancia Do Ludico Na Educaçao Especial

Brincar é muito mais do que um passa tempo no cotidiano da criança é inerente ao ser humano, é algo tão natural e básico que se torna quase instintivo. É através da brincadeira que a criança tem a possibilidade de trabalhar com a imaginação. O primeiro contato com o lúdico pode ser fundamental para a formação logica da mesma, através da brincadeira a criança tem um contato direto com questões relacionadas a interesses em torno do mundo que ainda é desconhecido, estimulando a imaginação e ajudando-as a interagir com o universo adulto.

As crianças com deficiências podem ser vistas por muitos como incapazes de se desenvolverem perante aos outros sendo considerados sem inteligência e submetidos a exclusão e métodos automatizados. Segundo D'Antino :

Na educação ainda se reflete a ideologia político-social de qualquer sociedade, há de se tentar compreender a educação especial que hoje temos de conformidade com a sociedade em que vivemos. Sociedade essa que tende a excluir as minorias e delas esperar sempre muito pouco. (...). Sabe-se que a ideias de isolar e segregar está presente em muitos que pensam na educação dos portadores de deficiência mental, por considerar que sua plena integração social jamais se consolidará numa sociedade competitiva que preconiza o desempenho, a produtividade, a vigor, a beleza, etc. (D’ANTINO,1997, p. 102):

As crianças com deficiência necessitam de estímulos especiais para desenvolver sua cognição, o fato de apresentarem um ritmo lento de aprendizado não fazem com que sejam incapazes de absorver e aprender junto com as outras crianças. É preciso que propostas pedagógicas sejam adequadas as suas condições e necessidades. O ensino não deve partir de atividades automatizadas e sim das concretas e lúdicas, o mais diversificado possível despertando o interesse deles no aprendizado, estimulando perguntas e respostas, visando sempre o progresso na aprendizagem.

O conhecimento que é adquirido através da brincadeira além de ser melhor absorvido pela criança fornece dados relevantes em seu modo de agir, podemos por exemplo medir o progresso de aprendizagem de um aluno através de jogos. O brinquedo encoraja a criança a reconhecer as limitações do elemento competitivo. O ser humano nasce com o espírito para brincar. A criança, que não consegue bons resultados na sala de aula, na maioria das vezes já vem de casa com problemas de ajustamento e insegurança, sendo capaz de encontrar nos jogos um bom meio para a satisfação das suas necessidades emocionais. Segundo PERRENOUD:

 A escola em que se aprende brincando, em que a aquisição dos conhecimentos não é sinônimo de sofrimento, de esforço e de competição, é uma escola que, geralmente, a geração dos pais não conheceu. Para aqueles que não estão familiarizados com as psicologias da moda, para aqueles cuja experiência do trabalho escolar e profissional torna pouco crível e mesmo incompreensível à ideia de que é possível aprender brincando, as novas pedagogias parecem pouco sérias. Sabe-se, em todas as classes sociais, que ela sem dúvida pretende tornar as crianças mais felizes, fazer com que elas vão à escola sem angustia, com prazer. (A pedagogia na escola das diferenças, p. 129).

Através do lúdico as crianças podem recriar sua visão de mundo e o seu modo de agir. Os jogos podem ser empregados no trabalho da ansiedade, pois, esse sentimento compromete a capacidade de atenção, de concentração, as relações interpessoais, a autoestima, e consequentemente, a aprendizagem. Através dos jogos competitivos e com a aplicação das regras, os limites podem ser revistos e as crianças desenvolvem conceitos de respeito e regras tudo isso de uma maneira prazerosa.

Aprender em si é lúdico, onde há a ampliação de horizontes de forma descontraída. Sem brincar o conhecimento se torna mecânico, de dificil absorção, pois sabe-se que um ambiente desafiador estimula o desenvolvimento. Lima diz que:

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