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CONTRUIÇÕES DA PSICOMOTRICADADE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E O PAPEL DO PROFESSOR

Por:   •  25/7/2017  •  Artigo  •  1.799 Palavras (8 Páginas)  •  298 Visualizações

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FACULDADE  CENTRO SUL PARANÁ

GRUPO EDUCACIONAL INEPE

CALIANDRA MÁIRA CARLESSO MAGERO

CONTRUIÇÕES DA PSICOMOTRICADADE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E O PAPEL DO PROFESSOR

VACARIA, JUNHO 2016

FACULDADE  CENTRO SUL PARANÁ

GRUPO EDUCACIONAL INEPE

CALIANDRA MÁIRA CARLESSO MAGERO

CONTRUIÇÕES DA PSICOMOTRICADADE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E O PAPEL DO PROFESSOR

Trabalho final da disciplina:  Neuropsicologia da Motricidade, do Curso de Especialização Latu Sensu em Neuropsicopedagogia  Clínica e Atendimento Educacional Especializado, ministrada pela  D.ra Maria Teresa Cauduro.

VACARIA, JUNHO 2016

ESTUDO DE CASO

Acompanhando o processo de inclusão nas escolas da Rede Regular de Ensino, há alguns anos e em diferentes setores: como professora da sala regular, professora do Atendimento Educacional Especializado e Supervisora da Educação Especial na Secretaria de Educação do Município de Vacaria, foram possível constatar inúmeras situações que me despertam angústias e outras que me motivam e fazem acreditar que a inclusão é  a solução para uma escola  de qualidade, mais justa e democrática, uma escola para todos.

O papel da escola regular é a escolarização de todas as crianças. E o da educação especial é complementar e não mais substituir a escola para alguns alunos.

Com a crescente demanda de alunos com deficiência na escola regular, percebe-se a escola como instituição, ainda muito conservadora, e a formação de professores ainda contaminada por muitos clichês e estereótipos, necessitando com urgência modificação da estrutura escolar.

Para a maioria dos profissionais que atuam em nossas escolas hoje, é difícil entender a possibilidade de se fazer inclusão total. Essa resistência é aceitável e compreensível, diante do modelo pedagógico-organizacional conservador que vigora na maioria de nossas escolas. Ninguém se arrisca a acolher a ideia de ministrar um ensino inclusivo em uma sala de aula de cadeiras enfileiradas, livro didático aberto na mesma página, uma só tarefa na lousa e uma só resposta válida e esperada nas provas. (MANTOAN, 2003, p.3)

Há uma minoria de professores, diretores que  acreditam  a inclusão de qualidade, não apenas o acesso, mas a permanência dos alunos com deficiência, onde a aprendizagem realmente aconteça.

Poucas vezes percebemos professores que busquem esta certeza através de grupos de estudos, cursos de aperfeiçoamento  e ainda em  sua prática diária.

Encontramos muitos que ainda utilizam-se do discurso de não estarem preparados para enfrentarem estas diferenças, na escola e em sala de aula.  Muitas vezes utilizando-se de conceitos e hábitos enraizados, os quais não lhe permitem fazer uma releitura da sua prática pedagógica  com o propósito da educação global do educando.

Portanto é fundamental que os professores que trabalham com os alunos com deficiência possam conhecer as  vantagens de estimulá-los através da psicomotricidade. Assim propiciando uma vida saudável e produtiva, integrando o desenvolvimento adequado do corpo, mente e espírito.

Trata-se de uma educação global que associando-se aos potenciais intelectuais, afetivos, sociais, motores e psicomotores da criança, lhe dá a segurança, equilíbrio e permite o seu desenvolvimento organizando corretamente as  suas relações com os diferentes meios com os quais tem de evoluir. ( VAYER, apud LAGRANGE, p.83)

Assim este estudo bibliográfico refere-se à contribuição da psicomotricidade no trabalho com alunos com deficiência, refletindo sobre sua a importância no processo de ensino aprendizagem, e enfatizando que por meio dela há uma educação que busca o desenvolvimento global do aluno, para que tenha autonomia, liberdade para aprender e que cada uma enriqueça a diversidade das experiências  vivenciadas.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A inclusão escolar surgiu contextualizando diversas transformações sociais, que ainda estão ocorrendo na história da Educação, inicialmente, deixando de lado o conceito de integração,  enfatizando  a normalização e o apoio ao exercício dos papeis sociais valorizados pelas pessoas suscetíveis a desvalorização social.

Não é possível definir com exatidão um marco do início do movimento de Inclusão Escolar, sabe-se que desde a década de 50 a escola inclusiva esta atuante em diversos países principalmente da Europa, e na década de 70 como marco nos EUA, segundo alguns autores este processo inicia-se com a implantação de uma política educacional que defendia a adaptação da classe regular de forma a inserir ali o maior número de alunos com necessidade especiais, associando os serviços especializados ao ensino regular.

No Brasil, até a década de 50, pouco se falava Educação Inclusiva.  A partir de 1970,  passou a ser discutida, através de muitas lutas, organizações e leis favoráveis aos deficientes e ganhou força a partir da Declaração de Salamanca (1994), da aprovação da constituição de 1988 e da LDB 1996.

Sabemos que ainda existem inúmeras resistências, a Educação Inclusiva ainda está longe de ser ideal, mas essas crianças deixaram de ser “invisíveis”, não estão mais escondidas em casa ou frequentando apenas serviços especializados, ocupam seu espaço nas escolas, e precisam  ser protagonistas de seu aprendizado.

O processo ensino aprendizagem para aos alunos com deficiência deve enfatizar o desenvolvimento global  do educando. Toda a escola inclusiva precisa propiciar a oportunidades para que o aluno vença suas dificuldades, deixando-o livre para explorar, aprender e viver, enriquecendo a vivencia de todos os alunos através da diversidade. É fundamental que o professor olhe para este educando dando-lhe oportunidades, acreditando no seu desempenho, potencialidades e habilidades, percebendo que seu desenvolvimento e crescimento vão muito além de suas limitações.

As crianças com deficiência possuem um bom potencial para atividades motoras, cognitivas e afetivas, apesar de suas limitações. Mas para tanto é necessário que os educadores criem variadas oportunidades, para que possam demonstrar, e ainda que haja um ambiente atrativo e diferenciado.

A psicomotricidade enquanto instrumento da educação inclusiva, volta-se  as  diferenças, entendendo o corpo, por meio dela há uma educação que busca o desenvolvimento global do educando, acolhendo a todos num espaço escolar que permita manifestações do objetivo e do subjetivo, do consciente e do inconsciente, percebendo cada uma das dimensões da existência e das relações humanas, e suas relações umas comas outras.

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