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O PROJETO INTEGRADOR

Por:   •  20/10/2020  •  Ensaio  •  3.183 Palavras (13 Páginas)  •  237 Visualizações

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RESUMO

Iremos discutir nesse trabalho sobre as deficiências visuais e auditivas, as diferenças entre elas, as dificuldades de aprendizagem e abordar algumas técnicas para facilitar o ensino e a aprendizagem, tendo em vista que a educação é sempre um processo de troca de informações. Vamos abordar metodologias de ensino com o foco na geometria por meio do Tangram e possibilitar que as dificuldades enfrentadas durante essas atividades possam ser minimizadas e que os docentes possam incluir as atividades em sua grade curricular com a finalidade de desenvolver o método e favorecer o ensino da Geometria para essa parcela de alunos, que são tão capacitados quanto os alunos sem nenhuma deficiência.  O processo de ensino demostrou que a representação plana e tridimensional, ou seja, a manipulação e construção das formas geométricas, aliadas ao uso da tecnologia facilitaram e potencializaram o ensino e o desenvolvimento dos alunos com deficiência.

Introdução

Na atualidade, a educação continua tendo um aspecto libertador e a globalização tem acrescentado grandes avanços tecnológicos e educacionais. A educação continua sendo a base de formação da sociedade e atualmente essa mesma sociedade tem estendido seu olhar para uma parcela da população que até pouco tempo atrás não era devidamente considerada e atendida. Alunos com deficiência física ou motora passaram a ter uma atenção especial para desenvolverem o intelecto e se aproximarem mais do desenvolvimento de alunos sem nenhuma deficiência. Dessa forma a escola passa a ser um local onde os alunos podem aprender os conteúdos propostos mesmo diante de todas as diversidades existentes em nossa sociedade.

O ensino da matemática para alunos com deficiência auditiva tende a ser mais proveitoso com a utilização de atividades lúdicas e adaptadas que correspondam as necessidades dos alunos e precisa ser realizadas em conjunto com a Língua de sinais regulamenta pela LEI Nº 10.436, de 24 de Abril de 2002. De acordo com Sá,

[...] os processos identificatórios da criança surda, então, começam na interação com outros surdos: neste relacionamento, a criança surda pode não apenas adquirir de modo natural a língua de sinais, mas também pode assumir padrões de conduta e valores da cultura e da comunidade surda. Tendo essa possibilidade a criança surda pode absorver não o modelo que a sociedade ouvinte tem para os surdos, mas o que os surdos têm a respeito de si mesmos (este é o principal benefício da experiência comunitária da surdez através da vida escolar precoce: a possibilidade de construção de sua identidade).

O diagnóstico tardio ou realizado levianamente, o acesso educacional de forma diferenciada dessa parcela de alunos e uma postura neoliberal da politica educacional inclusiva reforça as concepções enganosas com relação aos surdos e a surdez.  (MAGALHÃES ET AL, 2002; MACHADO, 2008). Conforme Freire (1995, apud Nunes, 2004), a falta da visão, não é um fator que possa ser um impedimento ao desenvolvimento; mas a necessidade de seguir por caminhos diferenciados. No entanto, a deficiência visual, bem como outros tipos de deficiência, propõe uma diferença que é considerada uma desvantagem na sociedade em que vivemos.

De acordo com Nunes (2008), por causa das discussões sobre a deficiência e suas características, é comum a preocupação com as palavras utilizadas de forma que não transmitam o sentimento de serem pejorativas nem preconceituosas. Haja vista, a preferência de algumas pessoas para a utilização do termo deficiente visual à palavra cego. Entretanto, esses termos não possuem o mesmo significado, pois o conceito de deficiência visual é mais amplo, já que contempla não só a cegueira como também a baixa visão. Embora existam pessoas que entendam o termo “cego” como preconceituoso ou pejorativo, não compartilhamos dessa ideia. A palavra será utilizada dentro do r seu caráter descritivo, ou seja, cego é aquele privado de visão. Segundo o dicionário de Houaiss.

Iremos abordar, com maior ênfase, uma parcela de alunos com deficiência visual e auditiva, que necessitam de uma educação adequada que proporcione uma inclusão e adaptação à sociedade. A necessidade de materiais adaptados e preparados para esse público, embora ainda escassos, são de suma importância para a viabilidade do processo educacional, bem com profissionais capacitados e que possam proporcionar a experiência educacional necessária para o publico descrito.

Fundamentação Teórica

Através de uma pesquisa bibliográfica partir de materiais já elaborados, como artigos científicos, livros, dissertações e teses já concluídas, bem como consultas a sites especializados além de uma visita ao Instituto Pró-Visão e a unidade de fonoaudiologia da Universidade PUCC–Campinas onde foi possível realizar uma visita nas unidades e observar metodologias de trabalho com a finalidade de acrescentar conhecimento  ao estudo para melhorar o desenvolvimento das atividades, além de fornecer uma bagagem intelectual para antecipar as dificuldades que podem surgir durante o processo de ensino e ao mesmo tempo fornecer o conhecimento necessário para sanar as dificuldades em prol do processo educacional eficiente e eficaz.

De acordo com Barbosa (BARBOSA, 2003):

Buscar os recursos mais adequados para trabalhar com alunos portadores de deficiência visual é tarefa que exige do professor enxergar além da deficiência, lembrando que há peculiaridades no desenvolvimento de todas as crianças, tendo elas deficiência ou não. A criatividade foi e continua sendo um elemento indispensável para o homem superar problemas e desafios gerados pelo seu ambiente físico e social. É encarada como uma construção do indivíduo em suas interações com as propriedades do objeto. O trabalho voltado para a criatividade auxilia muito o processo ensino-aprendizagem de Geometria. (BARBOSA, 2003, p 19).

O primeiro passo para iniciar os trabalhos é conhecer a diferença entre educação e educação inclusiva. O processo educacional ocorre em todo o tempo podendo ser formal, não formal ou informal, mas a educação inclusiva tem a necessidade de nos referendar a diversidade humana e tem por objetivo além da identificar os alunos, por suas características e necessidades próprias, a educação inclusiva visa o atendimento dessas necessidades, em salas de aulas, no sistema regular de ensino, possa coexistir, de forma a promover de fato a aprendizagem e o desenvolvimento de cada um numa prática coletiva e flexível. No entanto, se faz necessário uma mudança na estrutura e no funcionamento de muitas escolas, na formação dos professores e na participação mais intensa da família na escola. Quando tratamos de deficiência visual, materiais e recursos assumem uma função importante na educação.  Assim em relação aos professores cabe a cada um:

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