O Texto Sobre Educação em Tempos de Pandemia

Educação em tempos de pandemia

Sabemos que, diante da realidade pandêmica que nos deparamos no início do ano de 2020, todos nós que dependemos da área da educação, passamos por um processo de adaptação árduo, porém muito significativo e promissor. Vários foram os desafios, no entanto, superados apenas para alguns, visto que a realidade no país nos mostra várias limitações.

Com o decorrer do tempo, adotando os meios virtuais na educação, tanto na rede pública como privada, podemos perceber que para uns, não houve prejuízos, porém para alguns devemos admitir que houve sim, prejuízos incalculáveis que jamais serão contornados. A desigualdade no país pôde ser percebida as claras através da rede nacional de educação, pois os alunos da rede pública, principalmente os de educação infantil, séries iniciais foram os mais afetados, os professores, juntamente com suas secretarias de educação dos municípios, fizeram seus malabarismos, porém, não muito eficiente, a maioria das crianças não tinham acesso ao aparelho eletrônico, quando tinham, eram apenas o celular, que eram compartilhado com outras pessoas no seu lar, e muitas vezes nem acesso à internet de qualidade, quando tinham o acesso.

De fato, as dificuldades são gigantescas, pouco se fez ou se faz pela educação pública e de qualidade nesse estado democrático de direito, onde se assegura na nossa Carta Magna o direito à educação. É lamentável que tenhamos crianças a quase dois anos sem acesso a aprendizagem, ao convívio escolar, ao acesso a merenda escolar, muitas delas faziam desse vínculo sua única refeição, lamentável que se assista a tudo isso e não se faça nada.

A pandemia da covid 19 para alguns, trouxe algumas oportunidades, por exemplo, através do meio remoto, é possível participar de eventos, congressos, grupos de estudos, no país inteiro e até fora dele. É possível fazer duas faculdades e um mestrado sem fazer um único deslocamento, com um custo bem inferior, o que provavelmente se fosse presencialmente seria impossível, pois, de fato seria mui oneroso. Enquanto alguns evoluem diante dessa nova realidade, não podemos esquecer daqueles que não dispõem de um computador para assistir suas aulas, digitar seus trabalhos acadêmicos, alguns nem dispõem de um lugar pra sentar enquanto assistem uma aula. O que pensar dessa dicotomia?

Diante deste cenário, podemos perceber, que muitos se aproveitaram da situação, quem era rico, ficou cada vez mais rico e o pobre, cada vez mais pobre, a pandemia serviu para mostrar que apesar das diferenças de classes sociais, somos todos iguais, pois essa catástrofe atinge todas as classes, independente de raça, ideologia, sexo, classe social, escolaridade, cor, etc. somos todos vítimas de um sistema falho que comprometeu a educação básica em nosso país e em outros países subdesenvolvidos, onde houve o negacionismo acirrado.

Não só a educação básica foi afetada, como também o ensino fundamental maior e o ensino médio das escolas públicas, onde a maioria dos professores não tinham habilidades para lidar com as ferramentas que lhe foram disponibilizadas para trabalhar, é possível que em pleno século XXI, ainda exista professores que não saibam manusear um computador? Onde estão as capacitações das escolas públicas? Os gestores dessas escolas tomam conhecimento disso? É tolerável esse tipo de profissional ainda em sala de aula? É incompetência do professor, do gestor da escola, ou do próprio sistema?

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