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O Transtorno do espectro autista

Por:   •  20/8/2018  •  Artigo  •  4.053 Palavras (17 Páginas)  •  357 Visualizações

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TEA-TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:

Um desafio na alfabetização e no convívio escolar

Camila Griebeler Vieira

Elizelma Soares Teixeira

Emily Venturini da Silva

Jaqueline Maximiano Hert

Norvânia Marli Espanhol Vieira

Tutor (a) Externo(a) Maiara Dias Martins

Centro universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia (PED 1483) - Seminário interdisciplinar III

20/03/2017

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo descrever o TEA- Transtorno do Espectro Autista: um desafio na alfabetização e no convívio escolar, através de estudos em livros, revistas científicas e artigos da internet. Primeiramente buscou-se a definição de autismo e a origem desse transtorno invasivo do desenvolvimento. Em seguida, descreveu-se sobre as leis que protegem os portadores de necessidades especiais, com destaque para a lei 12.764 de dezembro de 2012, a lei dos autistas. Procurou-se também, descrever as principais características dos autistas e o que um professor deve saber para identificar um aluno com TEA, enfatizando a relação entre aluno e professor e o papel da escola inclusiva para uma abordagem educacional mais eficiente. Por fim apresenta-se o método TEACCH que tem como objetivo principal ajudar as pessoas com autismo a desenvolver autonomia e independência.

Palavras chaves: autismo, características, escola inclusiva.

1 INTRODUÇÃO:

Durante muitos anos, os portadores de necessidades especiais eram simplesmente isolados da sociedade, as pessoas “normais” pensavam: pra que educar alguém assim? Não serviria para nada. Mas é fato que isto não é verdade, pois na sociedade atual (mesmo que ainda tenha muito preconceito) existem pessoas com deficiências que frequentam escolas, faculdades e trabalham e contribuem com a vida em sociedade.

O autismo é um distúrbio neurológico e foi descrito pela primeira vez em um artigo escrito pelo austríaco Leo Kanner em 1943, onde observou um grupo de crianças com características parecidas entre si e denominou primeiramente de “autismo infantil precoce” pois os sintomas já se notava na primeira infância. Após Kanner ter escrito seu artigo, vários outros também escreveram sobre o assunto e desde então o autismo tem ganhado espaço nas leis, declarações e discussões sobre educação inclusiva e os direitos dos portadores de necessidades especiais.

As características do TEA (Transtorno do Espectro Autista) variam imensamente de acordo com o nível de desenvolvimento, mas é comum na maioria dos autistas a falta de interação social , comunicação e comportamento inadequado e repetitivo.

Por se um transtorno que se apresenta na criança pouco antes de fazer três anos de idade, é muito difícil para os pais aceitarem o diagnóstico, mas mesmo mesmo assim é importante que a família o trate normalmente levando em considerações suas capacidades. Na escola o aluno com TEA deve ser recebido sempre de maneira acolhedora e o professor deve criar um vínculo e manter um bom relacionamento com seu aluno e também com os pais, buscando sempre novos meios e técnicas para ensinar, respeitando sempre as peculiaridades do autista.

O método TEACCH é um método americano e até é o modelo mais eficiente para se trabalhar com os autistas, pois esse método baseia-se na adaptação do ambiente e dos recursos de forma que o aluno ocupe grande parte do seu tempo de maneira autônoma e independente.

Por fim destacou-se o papel da escola inclusiva na vida de um aluno com necessidades educacionais especiais, enfatizando alguns trechos da Declaração de Salamanca de 1994 na Espanha.

2 TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA: DEFINIÇÃO

O Transtorno espectro autista (TEA) é um distúrbio neurológico que afeta o desenvolvimento do comportamento, da comunicação e da linguagem de uma criança. O distúrbio pode aparecer em qualquer criança até os três anos de idade e se estende por toda vida independente de sua raça, cor ou crença e é quatro vezes mais comum entre meninos do que em meninas. As manifestações do transtorno variam muito de uma criança para outra criança, mais é comum na maioria delas  características principais como: dificuldade no convívio social, na aquisição e utilização da linguagem e falta de habilidades físicas e motoras. A síndrome é evidente até os cinco anos de idade, mas o quadro clínico pode mudar no período posterior a infância, ou seja, em alguns casos, crianças que tinham um nível grave do transtorno na infância podem se tornarem adultos conscientes de suas capacidades e também autônomos, que trabalham e constituem família. O Doutor Drauzio Varella em site define três tipos de níveis que o TEA pode ser classificado:

1) Autismo clássico – o grau de comprometimento pode variar de muito. De maneira geral, os portadores são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante;

2) Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) – os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.

3 ) Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – os portadores são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.

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